Com tantas empresas disputando os melhores profissionais dos seus setores, é importante criar meios para que sua vaga se destaque no mercado. Uma das melhores formas para isso é oferecer um bom pacote de benefícios. E o plano de saúde para funcionários, sem qualquer dúvida, é um dos que mais contam para os candidatos na hora de aceitar uma proposta de emprego.
A oferta de benefícios aumenta não só a capacidade de atrair e reter profissionais mais qualificados, como também contribui para tornar o ambiente corporativo mais positivo.
De acordo com uma pesquisa americana, 92% dos entrevistados afirmam que os benefícios são importantes para a satisfação geral do trabalho.
O mesmo estudo apontou também que, por causa dos benefícios oferecidos, 32% dos funcionários dificilmente buscariam uma nova vaga no mercado. Ou seja: investir nesse tipo de diferencial ajuda as empresas a evitarem os gastos gerados pela alta rotatividade de colaboradores.
Aqui no país, o plano de saúde é um dos maiores “sonhos de consumo” dos brasileiros, ficando atrás apenas da educação e da casa própria na lista dos itens mais desejados.
No entanto, muitas empresas têm dúvidas sobre como fornecer esse benefício aos seus funcionários.
É obrigatório contratar um plano de saúde? Os funcionários precisam assinar alguma coisa? A empresa deve oferecer o plano a todos os colaboradores?
Preciso oferecer o plano de saúde para todos os funcionários?
Antes de mais nada, é importante esclarecer um ponto: o plano de saúde é um benefício facultativo. Isso quer dizer que a legislação trabalhista não obriga as empresas a oferecê-lo.
Ainda assim, é comum que ele seja oferecido pelas empresas. E isso acontece por várias razões. Uma delas é que os planos de saúde empresariais têm valores mais atrativos do que os planos voltados para pessoas físicas.
Além disso, a empresa pode abater os valores investidos no benefício no Imposto de Renda a ser pago.
Por ser algo facultativo, cabe às empresas definirem as políticas internas sobre a oferta desse benefício aos seus funcionários.
Há empresas que só oferecem o plano aos funcionários já efetivados; outras entendem que todos os colaboradores devem ser beneficiados com o plano de saúde, independentemente de quanto ele receba e do seu setor.
Outra prática habitual é realizar um upgrade do plano para funcionários em cargos mais elevados, como gerentes e diretores. Há empresas que optam por oferecer um plano com coparticipação.
Muitas empresas permitem também a inclusão de dependentes dos colaboradores e outras também oferecem o benefício aos estagiários. Essa é uma forma eficiente de fazer com que seus programas de estágio sejam mais disputados, ajudando a captar os talentos que estão despontando no mercado.
Em algumas situações, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prevê também a possibilidade de incluir até ex-colaboradores (como demitidos sem justa causa ou aposentados).
Nesses casos, as despesas do plano de saúde não são arcadas pela empresa contratante, mas sim pelos antigos colaboradores. A gente detalha um pouco mais sobre esse assunto aqui.
O que sua empresa ganha ao oferecer plano de saúde?
Como falamos, um plano de saúde traz benefícios não só para os colaboradores, mas também para a empresa.
Com o alto custo dos planos individuais e a queda do poder aquisitivo, muitas pessoas só conseguem ter acesso a um plano de saúde caso este seja oferecido pela empresa na qual trabalham.
Assim, uma oportunidade profissional que oferece este benefício fica sempre em primeiro lugar dentre as preferências dos candidatos. Além disso, sua empresa também:
- Eleva a reputação como empregadora, melhorando a imagem no mercado. Isso ajudará a atrair cada vez mais interessados nos seus processos seletivos;
- Aumenta o engajamento e, consequentemente, a produtividade dos colaboradores;
- Promove o bem-estar e a satisfação dos funcionários;
- Contribui para a redução dos índices de faltas e afastamentos causados por problemas de saúde.
Ao apostar em políticas de valorização da sua equipe, sua empresa só tem a ganhar.
O funcionário é obrigado a aceitar o benefício?
Assim como a legislação trabalhista não obriga a empresa a oferecer o plano de saúde, o colaborador também não tem obrigação de aceitá-lo.
Afinal, pode haver pessoas que já tenham um plano de saúde. Também pode ser que algumas prefiram não ser descontadas, caso o plano oferecido tenha coparticipação ou seja parcialmente financiado pelos colaboradores.
Nesses casos, é possível abrir mão do benefício.
Para evitar problemas, é importante que seja feita uma comunicação por escrito, onde o colaborador formalize à empresa que não tem interesse no plano de saúde oferecido e peça a suspensão do desconto em sua folha de pagamento.
Como é feita a cobrança do plano de saúde empresarial?
Nem sempre os planos de saúde empresariais são completamente pagos pelo empregador.
Dependendo do contrato, é possível optar por planos onde os colaboradores financiem parte das mensalidades e/ou que o plano tenha coparticipação (ou seja, o beneficiário paga um valor à parte sempre que usa o plano).
Esses descontos podem ser feitos na folha de pagamento do funcionário, respeitando os os valores estabelecidos e as demais regras sobre plano de saúde na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A cobrança do plano será feita diretamente à empresa pela operadora de saúde responsável pelo serviço.
O valor a ser pago dependerá de alguns fatores, tais como:
- Abrangência geográfica (área em que a operadora se compromete a fazer as coberturas de assistência à saúde);
- Segmentação assistencial (tipo de coberturas previstas);
- Se há ou não coparticipação;
- Se será possível ou não incluir dependentes.
Tudo isso impacta diretamente na prestação dos serviços contratados e estes variam de acordo com as necessidades de cada empresa, considerando o que foi negociado com a operadora.
O que o plano empresarial cobre?
Isso vai depender da segmentação assistencial do plano contratado pela empresa.
Na maioria das vezes, o plano de saúde empresarial permite que os beneficiários realizem exames laboratoriais e de imagem, além de consultas com os médicos que fazem parte da rede credenciada.
Uma cobertura mais ampla também poderá incluir a internação, a realização de procedimentos mais complexos (como cirurgias, por exemplo) e a atenção ao parto (obstetrícia).
Se for possível incluir dependentes, é importante lembrar que a cobertura médica se estenderá a eles também.
Outro ponto fundamental é considerar os prazos de carência no plano empresarial. Além disso, seus funcionários poderão ter cobertura parcial temporária no caso de doenças pré-existentes.
Entender como funciona o plano de saúde para os seus funcionários não é complicado, mas é importante tirar todas as dúvidas antes de assinar o contrato.
Um ponto muito relevante é esclarecer que fatores a operadora levará em conta para realizar o reajuste após o primeiro ano de contrato.
O mais importante é avaliar bem as opções disponíveis no mercado e escolher aquela que for mais adequada para o que sua empresa precisa.
Precisa de mais informações para tomar essa decisão? Então confira no Blog da Sami as dicas mais importantes para escolher o plano de saúde ideal para os seus funcionários!