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Hipertensão: o que causa pressão alta e quais são as consequências

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Já pensou que, neste exato momento, o seu organismo pode estar sendo prejudicado por uma doença silenciosa? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo todo, cerca de 1,28 bilhão de pessoas entre 30 e 79 anos sofrem de hipertensão, sendo que metade delas nem sabe que tem problema. Diferentes fatores podem causar pressão alta, como má alimentação ou até mesmo estresse. 

“Daí a importância da atenção primária, que não atua apenas em períodos específicos ou diante de sintomas explícitos”, explica Tales Massato Shibata, gerente médico da Sami. “O médico da família acompanha o dia a dia para incentivar hábitos que promovem saúde e mapear o surgimento de eventuais fatores de risco e doenças”. 

Apesar de ser um mal silencioso, isto é, que pode não apresentar sinais no início da doença, a conscientização sobre a hipertensão vem aumentando cada vez mais, o que é importante para que a condição seja diagnosticada e tratada o mais cedo possível. 

Para saber mais sobre essa condição que afeta quase 30% da população adulta brasileira, confira os tópicos a seguir: 

  1. O que é hipertensão?
  2. Quais são os sinais de pressão alta?
  3. Quando ocorre a hipertensão?
  4. O que causa pressão alta?
  5. Hipertensão pulmonar
  6. Qual a relação do sal com a hipertensão?
  7. A hipertensão pode ser genética?
  8. Quem tem mais risco de ter pressão alta?
  9. Existe tratamento?
  10. O que é bom para pressão alta?
  11. A hipertensão pode causar outros problemas no organismo?
  12. Hipertensão pode deixar sequelas?
Mudança de hábitos e de estilo de vida e acompanhamento médico são fundamentais no tratamento da hipertensão. / Cottonbro

O que é hipertensão?

A hipertensão é caracterizada por um aumento da pressão sanguínea. O sangue bombeado pelo coração exerce uma certa pressão contra as paredes das artérias, o que é natural e esperado, já que esse é o mecanismo que permite com que o sangue circule pelo corpo. Porém, a pressão sanguínea pode sair do controle e causar um desbalanço. 

E quando a pressão sanguínea aumenta, o coração é o órgão mais afetado – por isso a hipertensão é considerada uma doença cardiovascular. Como a circulação está prejudicada pelo aperto nas artérias coronárias, o coração não recebe sangue e oxigenação suficientes.

Você pode estar se perguntando: então a hipertensão e a pressão alta são a mesma coisa? Sim. A diferença entre os dois termos se dá somente por pressão alta ser o nome popularmente conhecido, enquanto hipertensão soa um pouco mais técnico e é utilizado com mais frequência em consultas ou acompanhamentos médicos.

Quais são os sinais de pressão alta?

Como dito anteriormente, muitas vezes, a hipertensão é silenciosa. Exatamente por isso o diagnóstico tende a ser tardio. Entretanto, existem sintomas que são comuns em quem tem pressão alta:

  • Dores de cabeça;
  • Sangramento nasal;
  • Tontura;
  • Rubor facial;
  • Fadiga.

Quando a pressão atinge um patamar muito alto, alguns outros sinais costumam surgir e servem para denunciar a hipertensão, como:

  • Dores no peito;
  • Tonturas;
  • Zumbido no ouvido;
  • Fraqueza;
  • Visão embaçada.

Quando ocorre a hipertensão?

Para saber se está com hipertensão, é preciso medir a pressão arterial. O valor adequado é quando ela fica em 120 por 80 mmHg ou, como sempre ouvimos falar, 12 por 8. Se a pressão atingir 140 por 90 mmHg, ou 14 por 9, atenção: porque esse já é considerado um quadro de hipertensão.

Por isso, a recomendação é que todos os adultos façam a aferição da pressão arterial uma vez ao ano, mesmo sem qualquer sintoma. Pessoas com histórico de hipertensão na família ou que já sofrem de hipertensão precisam “medir a pressão” mais frequentemente, de acordo com a orientação do time de saúde.

E se ao conferir a pressão os números estiverem acima de 14 por 9 e acompanhados de dor no peito, falta de ar, dor de cabeça intensa ou redução de força ou sensibilidade, procure um pronto-socorro.

O que causa pressão alta?

Não é muito simples definir uma causa específica para a hipertensão. Porém, existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver o problema. O Ministério da Saúde aponta os seguintes fatores como principais fontes de risco para o surgimento da hipertensão:

  • Herança genética: a hipertensão é herdada dos pais
  • Obesidade, sedentarismo e falta de prática de atividade física: Isso porque com o aumento de peso há a sobrecarga e rigidez dos vasos que transportam o sangue pelo corpo. Sem contar que a prática de atividades físicas liberam substâncias como o óxido nítrico, essencial no relaxamento desses vasos.
  • Dietas pobres em vitaminas, minerais e nutrientes, mas com excesso de sal: O sódio, presente no sal, está diretamente associado ao aumento da pressão arterial;
  • Altos níveis de colesterol: o estreitamento das artérias faz o coração bombear com mais força. Quanto mais sangue o coração bombear e mais estreitas forem as artérias, maior a pressão arterial. 
  • Uso de substâncias químicas que causam dependência, como o cigarro e as bebidas alcoólicas;
  • Situações de grande estresse.

Hipertensão pulmonar

Quando falamos de pressão alta, é comum associarmos apenas às artérias que vão para o coração. Mas você sabia que a hipertensão também pode afetar as artérias do pulmão? Chamada de hipertensão pulmonar, essa condição é rara, sendo mais comum em mulheres entre 20 e 40 anos.

Apesar de não ter uma causa definida, essa doença geralmente surge devido a problemas cardíacos, HIV ou com o uso prolongado de alguns medicamentos, como os inibidores de apetite.

Além das artérias dos pulmões, a hipertensão pulmonar costuma atingir o lado direito do coração. Ela também é silenciosa, apresentando sintomas como fadiga, dificuldade respiratória, dores no peito, vertigem, tontura e desmaios somente em estágios mais avançados.

Qual a relação do sal com a hipertensão?

O sódio presente no sal faz com que o organismo retenha maior quantidade de líquido. Esse líquido, em excesso, faz com que os vasos sanguíneos sofram maior pressão. Por isso, uma recomendação que vale tanto para pessoas com hipertensão quanto para quem tem a pressão normal é reduzir o consumo de sal. 

Para você ter ideia, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é ingerir no máximo 5 gramas de sal por dia. Isso equivale a uma colher de chá. Sabe quanto o brasileiro consome? Entre 12 e 14 gramas. 

E é importante lembrar que esse sal não é apenas o sal de cozinha. É necessário considerar também o sódio presente nos alimentos industrializados.

A hipertensão pode ser genética?

Sim. Pessoas com familiares próximos que são hipertensos, como pais ou irmãos, principalmente aqueles que desenvolveram o quadro antes dos 55 anos de idade, devem sempre manter o olhar atento aos sinais de hipertensão. 

Já faz mais de 15 anos desde que o primeiro gene associado à hipertensão foi identificado. Pesquisadores da Universidade Queen Mary, na Inglaterra, explicam que essa descoberta torna o desenvolvimento de medicamentos, o rastreamento de sintomas e o diagnóstico precoce muito mais próximos, o que facilita o tratamento de pessoas que possuem casos da doença na família.

Quem tem mais risco de ter pressão alta?

A pressão arterial tende a aumentar conforme o avançar da idade, em homens e em mulheres. Na questão do gênero, antes dos 55 anos os homens têm maior chance do que as mulheres de desenvolver hipertensão. As mulheres, no entanto, são mais propensas a terem pressão alta após a menopausa. 

Estudos também apontam que a incidência de hipertensão é maior em pessoas negras. A principal hipótese é de que, na escravidão, as pessoas escravizadas morriam durante o percurso entre um país e outro por desidratação. Aquelas que tinham mais quantidade de sal no corpo conseguiam reter mais água no organismo, sobrevivendo ao trajeto. Essa predisposição genética teria passado de geração a geração até os dias de hoje. 

As consequências socioeconômicas também interferem nesse aumento da pressão arterial na população negra, já que o estresse (causado pelo racismo, falta de oportunidades e outros gatilhos) é um dos vilões da hipertensão.

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Existe tratamento?

Embora não haja cura para a hipertensão, é possível controlar o problema e ter uma boa qualidade de vida. É importante ressaltar que os tratamentos são individuais, e somente uma equipe médica qualificada e de confiança pode determinar o que é ideal para cada pessoa em cada situação.

A boa notícia é que, de forma geral, o tratamento da doença se dá pelo constante acompanhamento médico e por uma mudança de hábitos e de estilo de vida. 

E isso vale também para a prevenção da doença, que é feita através de medidas como: ter uma dieta saudável sem grandes quantidades de sal; cortar ou limitar o uso de substâncias químicas, como o cigarro e a bebida alcoólica; praticar atividades físicas com frequência para combater o sedentarismo e a obesidade; e evitar situações muito estressantes.

O que é bom para pressão alta?

Nos casos de diagnóstico de hipertensão, é fundamental cuidar do estilo de vida e fazer o acompanhamento médico. Se necessário, o médico pode prescrever medicamentos para regular a pressão e orientar sobre a duração do tratamento. 

Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser perene. Em outros, abandonar maus hábitos como o tabagismo e o uso de álcool e ao mesmo tempo investir em uma alimentação cardioprotetora e na prática de atividades físicas pode ajudar a baixar os ponteiros do medidor e liberar a pessoa do uso contínuo.

Cada caso é um caso. Só não podemos deixar que a doença, sorrateira como é, passe despercebida.

A hipertensão pode causar outros problemas no organismo?

Quando a hipertensão não é tratada corretamente, o coração e os vasos sanguíneos vão sendo progressivamente prejudicados, o que pode provocar outras disfunções no organismo. O coração, por exemplo, começa a trabalhar com mais força para bombear o sangue, o que pode resultar em ritmos cardíacos anormais e até em insuficiência cardíaca. 

A hipertensão também causa o espessamento das paredes dos vasos sanguíneos, o que deixa a pessoa mais suscetível a doenças como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e insuficiência renal.

Hipertensão pode deixar sequelas?

Quando diagnosticada e tratada a tempo, os sintomas da hipertensão, como dores de cabeça, fadiga, sangramento nasal e visão turva, tendem a desaparecer naturalmente. Porém, quando não é devidamente diagnosticada e tratada, a condição se torna fator de risco para doenças como AVC, infarto e insuficiência renal – essas, sim, podem deixar sequelas severas e até irreversíveis.

Por isso é tão importante começar o tratamento o quanto antes e segui-lo corretamente. Não deixe que a hipertensão atrapalhe a sua qualidade de vida.

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