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AVC: O que é, sinais e como evitar

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Todos os anos, 5,5 milhões de pessoas morrem vítimas de AVC no mundo, número que faz o Acidente Vascular Cerebral ser a segunda causa de morte, atrás apenas das doenças cardíacas. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, um brasileiro morre a cada cinco minutos em decorrência do AVC, contabilizando mais de 100 mil óbitos por ano. 

A doença pode acontecer com qualquer pessoa, a qualquer hora, em qualquer idade, e em qualquer lugar. Mas a notícia que acalma e serve de alerta é a seguinte: 90% dos casos podem ser evitados com medidas como controle da hipertensão e do peso, exercícios físicos, alimentação saudável, redução do colesterol, redução da ingestão de álcool e corte do tabagismo. 

Neste artigo você vai entender o que é AVC, quais os fatores de risco e como agir diante dos sinais de alerta. Afinal, nessa situação, cada minuto faz diferença. O socorro rápido é determinante inclusive na extensão das sequelas.

Conteúdo deste artigo:

  1. O que é AVC?
  2. Qual é a diferença entre AVC isquêmico e hemorrágico?
  3. AVC e derrame são a mesma coisa?
  4. Quais os sintomas de AVC?
  5. Por que os acidentes vasculares afetam apenas um lado do corpo?
  6. Quais são as causas e os fatores de risco?
  7. O AVC é genético?
  8. Como é o tratamento?
  9. O AVC deixa sequelas?
  10. Como ocorre a reabilitação?
  11. Como evitar um AVC?

O que é AVC?

AVC é a sigla para acidente cardiovascular cerebral e ocorre quando uma artéria do cérebro é bloqueada ou rompida. As artérias são vasos sanguíneos que transportam sangue do coração para o resto do corpo e garantem que oxigênio e nutrientes cheguem em todas as células do corpo.

Então, quando há o bloqueio ou o rompimento desses vasos, o fornecimento de sangue a uma parte do cérebro é perdido.

Um AVC é classificado como doença cerebrovascular pois afeta não somente o cérebro, mas também os vasos sanguíneos que fornecem sangue ao cérebro.

Qual é a diferença entre AVC isquêmico e hemorrágico?

Quando se fala sobre a doença, é importante entender que há dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico e ambos estão relacionados ao que acontece com a artéria atingida.

A diferença é simples de entender: o AVC isquêmico – tipo mais comum, responsável por 80% dos casos – acontece quando há o bloqueio ou a redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria. Já o AVC hemorrágico acontece quando um vaso se rompe e o sangramento se espalha pela região do cérebro e, consequentemente, outras partes.

AVC e derrame são a mesma coisa?

Não. Nem todo o AVC é um derrame, mas todo derrame é um Acidente Vascular Cerebral. O AVC hemorrágico, aquele em que há o rompimento da artéria e o sangramento se espalha pelo cérebro, é considerado um derrame. Mas o outro tipo de AVC, o isquêmico, não é caracterizado como um derrame, já que nesse caso há o bloqueio da artéria, e não o rompimento dela.

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FOTO: ANNA SHVETS / PEXELS

Quais os sintomas de AVC?

Você já deve ter ouvido falar que o AVC tem sinais bem característicos, como problemas na fala e no equilíbrio. Alguns dos sintomas mais comuns, segundo a lista da Associação Brasil AVC, são:

  • Fraqueza ou formigamento em um lado do corpo, comumente em áreas como rosto, braço ou perna;
  • Alteração ou dificuldade na fala (se torna confusa e de difícil compreensão); 
  • Alteração na visão total (ambos os olhos) ou parcial (em apenas um olho);
  • Tontura, seguida ou não de mudanças no equilíbrio, na coordenação ou na forma de andar;
  • Dores de cabeça fortes e intensas, com início súbito e sem motivos aparentes.

Os sintomas acima podem não ser tão óbvios. Portanto, caso você desconfie que está sofrendo um AVC ou esteja perto de alguém com quaisquer sintomas, basta decorar a palavra SAMU (sigla para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).  É só lembrar da sigla e o que cada palavra representa em relação a sinais comuns de AVC. Confira abaixo:  

  • Sorriso – um dos lados do rosto pode parecer mais caído do que o outro, principalmente na região dos lábios e dos olhos;
  • Abraço – a pessoa afetada pode sentir falta de força ou formigamento, e apresentar dificuldade em levantar os braços e mantê-los assim;
  • Mensagem – pode ocorrer alteração na fala, incapacidade total de se comunicar ou dificuldade para entender o que lhe está sendo dito;
  • Urgência – ao notar qualquer um dos sinais acima em alguém ou em si mesmo, ligue para o SAMU (192) imediatamente.

Por que os acidentes vasculares afetam apenas um lado do corpo?

Os acidentes vasculares cerebrais, em geral, afetam apenas um lado do cérebro. Como os nervos no cérebro atravessam para o outro lado do corpo, os sintomas aparecem no lado do corpo oposto ao lado danificado do cérebro.

Quais são as causas e os fatores de risco?

As principais causas de um AVC estão relacionadas à qualidade de vida. Ainda que exista ligação com fatores como genética, doenças do coração e histórico de doença vascular prévia, os hábitos de vida têm conexão direta com a probabilidade de alguém sofrer um AVC. Veja quais são os principais fatores de risco:

  • Idade e sexo: qualquer pessoa pode enfrentar um AVC, mas a incidência cresce à medida que avança a idade. 
  • Histórico de doença vascular prévia: quem já teve um AVC ou outra doença vascular como o infarto (no coração) tem maior probabilidade de ter um novo Acidente Vascular Cerebral.
  • Doenças do coração: as doenças do coração aumentam o risco, especialmente as que produzem arritmias, quando os batimentos cardíacos ficam desregulados. Alguns exemplos de doenças do coração que aumentam o risco de AVC são infarto, fibrilação atrial, doença nas válvulas, cardiopatia chagásica (Doença de Chagas).
  • Tabagismo: na fumaça do cigarro há substâncias químicas que passam dos pulmões para a corrente sanguínea (e, consequentemente, percorrem todo o corpo). Isso faz com que todas as células sejam alteradas, o que inclui o sistema circulatório;
  • Diabetes: pessoas com diabetes devem manter uma dieta adequada e sempre tomar os medicamentos prescritos. Isso estabiliza os níveis de açúcar no sangue e  o risco de uma série de complicações na saúde podem ser reduzidos;
  • Sedentarismo: praticar atividades físicas é fundamental para diminuir os riscos de sofrer um AVC. O sedentarismo leva ao aumento de peso, o que deixa a pessoa predisposta à hipertensão, diabetes, níveis inadequados de colesterol no sangue, todos fatores de risco para AVC.
  • Colesterol: quando há excesso de gordura no sangue, há também a formação de placas nas paredes das artérias. As artérias se tornam mais estreitas, o fluxo sanguíneo diminui e pode levar ao AVC.
  • Álcool e outras drogas: assim como com o tabagismo, as substâncias químicas presentes no álcool e em outras drogas podem fazer com que uma pessoa seja mais propensa a ter um AVC. Quando consumido com frequência, o álcool mexe com o colesterol no sangue e estimula a hipertensão. O uso de drogas, como cocaína ou crack, pode gerar uma lesão nas artérias e picos hipertensivos.

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O AVC é genético?

Diversos fatores podem causar um AVC. Porém, um dos fatores que fazem com que a ocorrência do acidente vascular cerebral aumente é a base genética: pacientes com familiares que já tiveram doenças cardiovasculares estão mais propensos a sofrerem um AVC.

Como é o tratamento?

Como já dito no início deste texto, cada minuto faz diferença no tratamento do AVC. É que, durante um AVC, aproximadamente 120 milhões de células cerebrais morrem por hora. Se comparada com a taxa de perda celular que ocorre normalmente, é como se, em uma hora, o cérebro envelhecesse 3,6 anos. 

Os dados compilados pela Associação Americana do Coração mostram que, quanto mais rapidamente um acidente vascular cerebral for tratado, maior a probabilidade de o dano cerebral ser menos grave e melhores as chances de recuperação.

O tratamento imediato pode incluir medicamentos para diminuir a probabilidade de o sangue coagular ou para desintegrar os coágulos e, às vezes, diversos procedimentos para tratar artérias obstruídas ou estreitadas ou cirurgia para remover um coágulo.

O AVC deixa sequelas?

O Acidente Vascular Cerebral é a principal causa de incapacidade em adultos no mundo. Quando o AVC é isquêmico, com o passar dos dias ou meses a pessoa costuma recuperar parte da capacidade funcional. Além disso, existem determinadas zonas do cérebro que compensam, por vezes, as funções desempenhadas anteriormente pela zona lesionada. Mas isso varia de caso a caso. 

Os acidentes vasculares cerebrais que comprometem a consciência ou que afetam uma zona extensa do lado esquerdo do cérebro (responsável pela linguagem) podem ser particularmente graves.

Como ocorre a reabilitação?

A recuperação após um acidente vascular cerebral depende de muitos fatores, tais como a localização e a extensão dos danos cerebrais, a idade do indivíduo e a presença de outras doenças.

É comum que o processo de reabilitação para alguém que sofreu um AVC comece no próprio hospital, geralmente um ou dois dias depois do acidente. Uma vez que a pressão arterial, o pulso e a respiração se estabilizam, o paciente consegue recuperar, gradativamente, a mobilidade, as habilidades funcionais e a independência física e psíquica, sempre com a ajuda de uma equipe multiprofissional.

É preciso que a reabilitação após um caso mais grave e incapacitante de AVC seja feita com paciência e empatia, e que esses dois valores partam do próprio paciente e do cuidador responsável por seus cuidados e bem-estar.

Pessoas que sofreram um AVC também devem ter acompanhamento a longo prazo, sempre monitorados em quesitos médicos e psicológicos.

Como evitar um AVC?

Esse é o tópico mais importante do nosso papo. Afinal, é possível evitar o AVC com mudanças no estilo de vida que você leva hoje. 

Algumas dessas transformações são:

  • Conhecer-se bem, e ter consciência de quaisquer condições que podem ser problemáticas, como pressão alta, diabetes ou doenças cardíacas;
  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Manter uma dieta saudável. Prefira alimentos como frutas e vegetais, e reduza a ingestão de sal;
  • Limitar (ou abolir) o hábito de fumar e de beber;
  • Saber como reconhecer os sinais de alerta de um AVC e como proceder em situações de alerta: esteja sempre atento às pessoas ao seu redor e a si próprio, e não demore para buscar ajuda médica emergencial quando necessário.

E fica a dica: cuidar do estilo de vida vai além de prevenir o AVC. Ajuda também a afastar outras doenças, dá mais energia e aquela satisfação de saber que está fazendo a coisa certa. 

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