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Doenças crônicas: o que são e as 10 mais comuns

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Vamos combinar: ninguém gosta de ficar doente, não é? Pelo menos, na maioria das vezes, com o tratamento certo, é possível se livrar da doença de forma rápida e sem sequelas. Mas e quando o problema em questão é uma doença crônica? 

Receber o diagnóstico de uma condição que precisa de tratamento prolongado – e muitas vezes não tem cura – pode, num primeiro momento, assustar. Mas lembre-se: doença crônica não precisa ser sinônimo de falta de saúde! 

Com o acompanhamento de perto de um time de saúde, é possível controlar essas doenças e restabelecer a sua qualidade de vida. Vem com a Sami e confira o que é uma doença crônica e quais são os principais tipos:

  1. Doenças crônicas não transmissíveis 
  2. Quais são as principais doenças crônicas?
    1. Diabetes 
    2. Obesidade
    3. Hipertensão
    4. Asma
    5. Bronquite
    6. Rinite
    7. AIDS
    8. Alzheimer
    9. Endometriose 
    10. Depressão

Doenças crônicas não transmissíveis 

As doenças crônicas são aquelas que não se resolvem em um curto período de tempo, e geralmente precisam de cuidados médicos constantes para evitar que os sintomas voltem a aparecer. Isso porque, na maioria dos casos, as doenças crônicas não possuem cura. Agora que já explicamos o que são doenças crônicas, vem o próximo passo: de onde vem o termo “doenças crônicas não transmissíveis”? 

As doenças crônicas não transmissíveis são condições não infecciosas, isto é, quando o próprio organismo acaba desenvolvendo a doença, seja por alterações genéticas ou por interferência de fatores externos. Diabetes, obesidade e hipertensão são alguns exemplos de doenças crônicas não transmissíveis. 

Existe essa distinção porque, apesar da maioria das doenças infecciosas – como gripes e resfriados – serem de curta duração, existem algumas condições causadas por vírus que são consideradas crônicas, como a AIDS (vírus HIV). E isso representa um avanço no tratamento da doença, que atualmente consegue controlar os sintomas e prevenir a sua disseminação.

Quais são as principais doenças crônicas?

Existem vários tipos de doenças crônicas, mas algumas são observadas com mais frequência entre a população brasileira. A seguir, listamos 10 tipos de doenças crônicas (transmissíveis e não transmissíveis). Veja: 

Diabetes 

O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome metabólica caracterizada pela ausência ou incapacidade da insulina de exercer sua função no organismo. Existem dois tipos de diabetes: o diabetes mellitus tipo 1 (DM1), classificada como uma doença autoimune, pois surge a partir de uma destruição natural das células que produzem a insulina, e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2), quando a pessoa desenvolve a doença ao longo da vida. 

O segundo tipo representa 90% a 95% dos casos de diabetes, e pode surgir por predisposição genética e/ou hábitos ruins, como alimentação não balanceada e falta de atividades físicas.

Apesar de ser uma doença crônica sem cura, é possível controlar o diabetes com tratamento adequado para repor ou melhorar a produção de insulina e mudanças de hábitos de vida que ajudam a moderar os níveis de açúcar no sangue. 

Obesidade

Pois é! A obesidade também é considerada uma doença crônica. Caracterizada pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura, a obesidade apresenta grande risco à saúde, já que aumenta as chances de ter hipertensão arterial e outras complicações cardíacas, problemas ortopédicos, diabetes, apneia do sono e alguns tipos de câncer.

A obesidade pode ser causada por hipotireoidismo, dieta desbalanceada, sedentarismo, predisposição genética e transtornos psicológicos (como depressão, ansiedade ou transtorno alimentar compulsivo, por exemplo). 

O tratamento da obesidade é baseado, principalmente, na mudança de hábitos, o que inclui praticar atividades físicas e passar por uma reeducação alimentar. Fazer acompanhamento psicológico também é muito importante. Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de medicamentos ou a realização de uma cirurgia bariátrica.

Hipertensão

A hipertensão é caracterizada por um aumento da pressão sanguínea. Naturalmente, o sangue bombeado pelo coração exerce uma certa pressão contra as paredes das artérias. Porém, essa pressão pode sair do controle e causar um desbalanço. Por ser uma condição silenciosa, na maioria das vezes o diagnóstico tende a ser tardio. 

Existem alguns fatores que favorecem esse desbalanço na pressão sanguínea, como alterações genéticas, obesidade, dietas pobres em vitaminas, minerais e nutrientes, mas com excesso de sal, altos níveis de colesterol, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e estresse.

A hipertensão pode se manifestar através de sintomas como dor de cabeça, sangramento nasal, tontura, rubor facial, fadiga, dores no peito, zumbido no ouvido e visão embaçada.

Asma

A asma é uma doença inflamatória crônica que atinge as vias aéreas, devido a uma hipersensibilidade dos brônquios. Os principais sintomas de asma são dificuldade para respirar, tosse, pulmão com chiado e sensação de aperto no peito. Geralmente eles surgem após a exposição a ácaros, fungos, pelos de animais de estimação, pólen, infecções virais (como gripe e resfriado), fumaça de cigarro, poluição e ao ar muito frio e seco. 

A asma é uma doença crônica que não tem cura, mas que pode ser controlada com uso de medicamentos anti-inflamatórios, principalmente os corticosteroides inalatórios (as famosas bombinhas), que possuem efeito broncodilatador.

Bronquite

Assim como a asma, a bronquite também pode ser uma doença respiratória crônica. Nesse caso, a  inflamação atinge os brônquios, as vias aéreas dos pulmões. O processo inflamatório da bronquite crônica pode durar meses ou até anos. Ela pode ser causada por agentes alérgicos, por refluxo gástrico ou tabagismo – fumo direto ou passivo. 

Os sintomas da bronquite crônica são tosse com muco, falta de ar, chiado e desconforto no peito, febre baixa, cansaço, inchaço nos pés, tornozelos e pernas, além de deixar a pessoa mais suscetível a contrair infecções respiratórias.

O tratamento para essa doença é feito com uso de medicamentos que ajudam a abrir as vias aéreas e eliminar o muco, como os broncodilatadores e os esteróides. Eles entram em contato com o organismo através da inalação ou por comprimidos. Em alguns casos, também há indicação de oxigenoterapia, para melhorar a respiração.

Rinite

A rinite é uma inflamação ou irritação da mucosa nasal. Existem diferentes tipos da doença, e a rinite crônica é a forma mais grave, com crises alérgicas intensas e que duram meses consecutivos. Ela pode ser causada por predisposição genética, alterações anatômicas (como desvio de septo), tabagismo, mudanças bruscas de temperatura e exposição constante a mofo ou poluentes.

A rinite costuma se manifestar através de obstrução nasal, coriza excessiva, espirros constantes e coceira nasal. O tratamento é focado em, basicamente, aliviar os sintomas. Por isso, pode ser recomendado o uso de anti-histamínico oral ou corticosteróide nasal. Lavagem nasal com soro fisiológico também ajuda.

AIDS

A AIDS é um tipo de doença crônica transmissível. Conhecida como síndrome de imunodeficiência adquirida, essa doença é diagnosticada quando o vírus HIV se multiplica no organismo. A doença atinge o sistema imunológico, fazendo com que ele deixe de defender o corpo contra agentes invasores. 

Mesmo sem desenvolver a doença, quem tem o vírus HIV pode transmiti-lo para outras pessoas através de transfusão de sangue contaminado, relações sexuais sem uso de preservativo, durante a gravidez, parto ou amamentação e ao compartilhar instrumentos perfurocortantes sem esterilização, como, por exemplo, alicates de unha, espátula ou seringas.

A AIDS pode causar febre alta com frequência, dificuldade para respirar, feridas na região genital, manchas na pele, tosse constante e perda de peso – além de infecções recorrentes, como candidíase e pneumonia.

Alzheimer

Considerado uma das doenças neurodegenerativas mais comuns, o Alzheimer também é uma condição crônica, usada para descrever quando o cérebro não consegue mais funcionar como deveria. Entre os principais sinais de alerta estão a perda de memória recente e a dificuldade para se comunicar, resolver problemas e, muitas vezes, reconhecer familiares e lugares.

A causa principal para o Alzheimer ainda não foi definida, mas sabemos que existem alguns fatores que favorecem o surgimento da doença, como predisposição genética, idade avançada (normalmente igual ou acima de 65 anos), doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol alto, diabetes, acidente vascular cerebral (AVC) e traumatismo craniano.

Até o momento, Alzheimer é uma condição incurável. O tratamento é focado em aumentar o tempo de sobrevida do paciente sem perder a qualidade de vida, estabilizando os sintomas – especialmente os relacionados a funções motoras e cognitivas.

Endometriose 

A endometriose surge quando há algo de errado no ciclo de eliminação das células do endométrio. Nessa condição, ao invés de serem expelidas normalmente pela menstruação, elas voltam para o organismo e se instalam em outros órgãos, geralmente os que estão na pelve e no abdômen, mas podem chegar até os pulmões e o cérebro.

Essas células se multiplicam e se disseminam, provocando um processo de inflamação, especialmente durante o ciclo menstrual. Ainda não existe uma explicação específica para o surgimento da endometriose, porém, acredita-se que seja algo multifatorial, de ordem genética ou causado por algum déficit no sistema imunológico, menstruação retrógrada e crescimento de células embrionárias.

A endometriose costuma se manifestar com cólicas intensas, dores abdominais fortes, dor e sangramento ao urinar ou evacuar, sangramento menstrual intenso e irregular, dor pré-menstrual, dor durante relações sexuais, fadiga, diarreia e infertilidade ou dificuldade para engravidar.

Para tratar a endometriose é preciso bloquear a menstruação e “secar” os focos da doença. Isso pode ser feito com métodos contraceptivos que suspendem a menstruação, como pílulas anticoncepcionais e o DIU, e o uso de hormônios. 

Depressão

A depressão também é considerada uma doença crônica. Caracterizada pelo sentimento de tristeza e vazio frequente (diferente de se sentir deprimido de vez em quando), muitas pessoas que possuem essa condição se queixam de perder a capacidade de ter prazer nas atividades em geral. Ou seja, a depressão é causada por uma tristeza profunda, mas também está relacionada a uma baixa energia e um cansaço extremo.

Embora a causa da depressão não seja exata, existem fatores que acabam favorecendo seu surgimento, como genética, ansiedade, rotinas estressantes, efeito colateral de alguns medicamentos, alterações hormonais e acontecimentos que abalam o emocional e provocam profunda angústia, como a perda de uma pessoa muito próxima. 

Para tratar a depressão é importante fazer acompanhamento psicológico e ter hábitos de vida saudáveis (como praticar atividade física, comer bem e manter os níveis de vitamina D em dia). Em alguns casos, pode ser necessário tomar antidepressivos. 

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