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Bronquite, sinusite e rinite: tudo sobre as “ites” do inverno

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Com a chegada da estação mais fria do ano, você costuma ficar com nariz escorrendo sem parar, tosse chata e persistente, ou secreção de cor amarelada? Se sim, há grandes chances de ter alguma das “ites” do inverno – bronquite, sinusite e rinite. O termo “ite” é usado para indicar uma inflamação. No caso dessas doenças, nos brônquios, nos seios da face e na mucosa nasal, respectivamente.

As três acabam sendo mais frequentes no inverno devido às mudanças bruscas de temperatura e a baixa umidade do ar, que favorece a disseminação dos agentes causadores do processo inflamatório. Para entender melhor como elas afetam o organismo e o que fazer para preveni-las, confira os tópicos abaixo:

  1. O que é bronquite?
  2. O que é sinusite?
  3. O que é rinite?
  4. Como diferenciar as três?
  5. Como prevenir crises de bronquite, sinusite e rinite no inverno?
Mulher assoando o nariz com um lenço
Bronquite, sinusite, rinite: vírus, bactérias e alergias podem ser as causas / COTTONBRO/PEXELS

O que é bronquite?

A bronquite é uma inflamação dos brônquios, as vias aéreas dos pulmões. As paredes dessas estruturas, responsáveis por levar o ar para o pulmão, produzem muco naturalmente, a fim de reter partículas que poderiam causar irritação no órgão. O problema é que, quando ocorre essa inflamação, a produção do muco aumenta e o corpo precisa expelí-lo de alguma forma – e isso ocorre, geralmente, através da tosse. O processo inflamatório também pode dificultar a respiração.

Existem dois tipos de bronquite: a aguda e a crônica. A bronquite aguda é a mais comum, causada, principalmente, por infecções virais, como gripe e resfriados – por isso, é mais frequente no inverno. Além disso, a inflamação é temporária, com duração média de uma semana a 10 dias; mas a tosse pode persistir por mais tempo.

Já a bronquite crônica é caracterizada por um processo inflamatório constante, com duração de meses ou até anos. Ela pode ser causada por agentes alérgicos ou, de acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, dos Estados Unidos, por refluxo gástrico ou tabagismo – fumo direto ou passivo. Esse tipo de bronquite também pode ser um reflexo da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) .

Quais são os sintomas de bronquite?

Os sintomas principais, tanto da bronquite aguda quanto da crônica, são:

  • Tosse com muco;
  • Falta de ar;
  • Chiado e desconforto no peito;
  • Febre baixa;
  • Cansaço.

A tosse costuma ser o sintoma mais duradouro, permanecendo por até três semanas. A bronquite crônica ainda pode causar inchaço nos pés, tornozelos e pernas, além de deixar a pessoa mais suscetível a contrair infecções respiratórias.

Como tratar bronquite?

O tratamento consiste em aliviar os sintomas. Para a bronquite aguda, o uso de anti-inflamatórios, a ingestão de água e a umidificação do ar – para melhorar a respiração – já são suficientes. Se a causa for alguma infecção bacteriana, há chances do médico prescrever antibióticos. 

Quanto à bronquite crônica, pode ser necessário o uso de medicamentos que ajudam a abrir as vias aéreas e eliminar o muco, como os broncodilatadores e os esteróides. Eles entram em contato com o organismo através da inalação ou por comprimidos. Em alguns casos, também há indicação de oxigenoterapia, para melhorar a respiração.

Se a pessoa for fumante, o ideal é parar com o uso de cigarros imediatamente. E não se esqueça: sempre consulte um médico antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. 

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O que é sinusite?

A sinusite é uma inflamação que acomete as mucosas dos seios da face, ou seja, ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. Ela é causada por vírus, bactérias, alergias ou alterações anatômicas na região, como o crescimento dos pólipos nasais (popularmente conhecidos como carne esponjosa). 

Essas condições provocam um acúmulo de secreção e favorecem a instalação e proliferação de germes – dando início ao processo inflamatório. De acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, dos Estados Unidos, o sistema imunológico enfraquecido e o tabagismo também podem contribuir para o surgimento da sinusite.

Há dois tipos de sinusite: a aguda e a crônica. A principal diferença entre elas está na duração dos sintomas. Enquanto na aguda eles costumam passar em dias ou, no máximo, após quatro semanas; na crônica eles persistem por mais de 12 semanas consecutivas – podendo surgir quatro vezes ou mais ao longo do ano. 

Quais são os sintomas de sinusite?

Os sintomas da sinusite aguda e crônica são os mesmos, e incluem:

  • Coriza;
  • Obstrução nasal com secreção amarela ou esverdeada;
  • Dor forte ou pressão no rosto;
  • Dor de cabeça;
  • Dor de garganta;
  • Febre;
  • Tosse;
  • Redução ou perda do olfato;
  • Perda de apetite;
  • Mau hálito.

A tosse costuma piorar durante a noite. Isso porque, ao deitar, a secreção acaba escorrendo para a parte posterior dos seios da face, o que pode irritar as vias aéreas. Se a febre durar mais de 2 dias, as dores de cabeça e facial ficarem intensas ou os sintomas, de modo geral, piorarem depois de melhorar, é importante consultar um médico. 

Como tratar sinusite?

Existem algumas atitudes caseiras que ajudam a aliviar os sintomas, como colocar compressa de água quente em cima do rosto, principalmente do nariz e da testa, para aliviar a pressão facial, ou respirar o vapor da água quente, em uma tigela ou do chuveiro, para reduzir a congestão nasal.

Além dessas ações, é possível amenizar os sintomas com uso de soluções fisiológicas (para lavagem nasal), corticosteróides e, em último caso, antibióticos – sob prescrição médica. Se a causa da sinusite for alterações anatômicas, o tratamento também pode envolver cirurgia de remoção da carne esponjosa. 

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O que é rinite?

A rinite é uma inflamação ou irritação da mucosa nasal. Existem dois tipos principais de rinite: a de curta duração (aguda) e a de longa duração. A última opção, por sua vez, costuma possuir quatro subtipos:

  • Rinite infecciosa – faz parte da síndrome do resfriado comum e é causada por vírus ou bactérias, que provocam infecção do trato respiratório.
  • Rinite alérgica – surge a partir de uma reação imunológica do organismo à exposição de fatores alérgenos (como poeira, ácaros, pelos de animais, restos de insetos, fungos, etc.) transportados pelo ar ou mudanças de temperatura e umidade.
  • Rinite crônica – forma mais grave da rinite alérgica, com crises alérgicas intensas e que duram meses consecutivos.
  • Rinite não alérgica – apesar de ter sintomas parecidos com o da rinite alérgica, esse subtipo não envolve o sistema imunológico na reação.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, se você tem rinite alérgica, provavelmente já nasceu predisposto a se sensibilizar com determinado fator alérgeno. Isso porque, ainda segundo a associação, filhos de pais alérgicos têm 50% de chance de também apresentarem o quadro. 

Mas a genética não é a única responsável por deixar as pessoas mais suscetíveis à rinite. Alterações anatômicas (como desvio de septo), tabagismo, mudanças bruscas de temperatura, exposição a mofo ou poluentes e histórico de outras doenças alérgicas também são fatores de risco.

Quais são os sintomas de rinite?

Os principais sintomas de rinite são:

  • Obstrução nasal;
  • Coriza excessiva;
  • Espirros constantes;
  • Coceira nasal.

A rinite alérgica ainda pode causar coceira nos olhos. Já a rinite infecciosa pode ser acompanhada por febre e mal-estar. De modo geral, os sintomas da rinite aguda podem durar de 7 a 10 dias. Já na rinite de longa duração, eles continuam por mais de 3 meses.

Como tratar rinite?

O tratamento da rinite também é focado nos sintomas. De acordo com o Ministério da Saúde, é possível tratar com anti-histamínico oral ou corticosteróide nasal. Lavagem nasal com soro fisiológico também é benéfica. Mas, para que os medicamentos tenham efeito, no caso da rinite alérgica, é importante identificar o fator desencadeador da alergia e removê-lo do ambiente. 

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Como diferenciar as três “ites”?

As três causam inflamação em alguma parte do sistema respiratório e podem ser desencadeadas por vírus, bactérias ou alergias. Então, como identificar quando é bronquite, sinusite ou rinite? Pode até parecer complicado, mas não é. O segredo é ficar atento aos sinais e as partes do corpo mais afetadas.

Se os sintomas mais fortes forem a tosse com muco e o peito com chiado, há grandes chances de ser bronquite. Já se o incômodo maior for a pressão no rosto e a secreção amarelada ou esverdeada, pode ser sinusite. Agora, se espirros incessantes e coriza excessiva começarem repentinamente, é sinal de rinite.

É preciso, porém, ficar atento à combinação desses sintomas, pois as três doenças podem se manifestar simultaneamente.

Como prevenir crises de bronquite, sinusite e rinite no inverno?

Por terem causas parecidas, as formas de prevenção das doenças também são bastante similares. A primeira é proteger o organismo dos agentes causadores. No caso dos vírus e bactérias, higienizar as mãos frequentemente e evitar ambientes lotados já reduz as chances de contraí-los.

Quando a causa for alérgica, é importante manter os ambientes limpos (livres de poeiras, pelos de animais, ácaros ou restos de descamação de pele e de insetos) e evitar mudanças bruscas de temperatura e umidade do ar. 

Evitar o uso constante de ar condicionado também é essencial. Afinal, pode ressecar as mucosas, atrapalhar a drenagem de secreção e ainda disseminar agentes infecciosos com maior facilidade.

A amamentação também tem um papel importante na prevenção, especialmente de doenças alérgicas. Um estudo publicado na Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar observou que o leite materno ajuda a proteger as crianças da rinite alérgica até os 5 anos de idade.

E, claro, não pode faltar o fortalecimento do sistema imunológico, que ajuda tanto na prevenção quanto na recuperação mais rápida dos sintomas. A receita para ter um sistema imune forte e saudável é combinar alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e cuidados com a saúde mental. 

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