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Ansiedade: entenda o que é, sintomas e tratamento

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Há quem diga que um pouquinho de ansiedade seja benéfico – e isso não está errado. Manter um certo nível de preocupação é saudável para nos proteger de situações perigosas. Não dirigir na rodovia sob uma chuva torrencial, por exemplo, é uma apreensão bastante pertinente. No entanto, quando o receio de alguma situação se torna tão grande a ponto de nos paralisar, estamos lidando com o transtorno de ansiedade, cujo nome oficial é Transtorno de Ansiedade Generalizada.

“O Transtorno de Ansiedade Generalizada se caracteriza por ser uma experiência negativa e duradoura de antecipação de problemas. São preocupações persistentes e excessivas acerca de vários assuntos, incluindo desempenho no trabalho e escolar, que a pessoa tem dificuldade em controlar”, explica Gustavo Landsberg, Médico de Família e Comunidade e líder de Gestão de Saúde Populacional da Sami. “Estamos falando de um quadro persistente, geralmente com seis meses ou mais de duração, e que não é causado por outras doenças ou uso de substâncias como medicamentos ou drogas.”

Neste texto você vai entender sobre os sintomas físicos e psicológicos do transtorno de ansiedade, aprender a diferença entre ansiedade generalizada e ataque do pânico  e receber dicas sobre como agir diante de sinais de uma crise de ansiedade.

Veja abaixo os tópicos que vamos abordar:

  1. O que é transtorno de ansiedade?
  2. Quais são os sintomas da ansiedade?
  3. Como é o tratamento para a ansiedade?
  4. Qual é o médico para tratar a ansiedade?
  5. Quem tem mais chances de ter ansiedade?
  6. Transtorno de ansiedade e ataque de pânico são a mesma coisa?
  7. A ansiedade piorou com a pandemia?

O que é transtorno de ansiedade?

O Transtorno de Ansiedade Generalizada é o tipo mais comum de ansiedade e representa o segundo problema de saúde mental mais frequente no mundo:  o primeiro é a depressão. 

A ansiedade generalizada tem um componente genético e pode estar relacionada a anormalidades em alguns neurotransmissores, com alteração da função de determinadas regiões do cérebro. No entanto, fatores ambientais são reconhecidos como os mais relevantes no desenvolvimento da ansiedade. Eventos de vida adversos (como morte de um ente querido), presença de doença crônica, falta de suporte social e pobreza, por exemplo, são fatores de risco para o desenvolvimento de ansiedade.

Quais são os sintomas da ansiedade?

O sinal mais comum da ansiedade é a preocupação excessiva sobre alguma situação, como uma apresentação no trabalho ou o resultado de algum exame de saúde. Não importa o tema que desencadeia, a mente que está sob efeito do transtorno de ansiedade sente medo e incerteza, o que leva a sintomas como inquietação, sensação de “nervos à flor da pele”, cansaço, esgotamento, dificuldade de concentração ou esquecimentos, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono.

Outro ponto a ser considerado é que a ansiedade pode estar relacionada a outros problemas de saúde ou ao uso de substâncias. Por exemplo, uma pessoa com problemas alcoólicos também pode vivenciar sintomas da ansiedade atrelados àqueles causados pela dependência química. 

Como é o tratamento para a ansiedade?

O tratamento para ansiedade envolve múltiplas abordagens. A prática de exercícios físicos e o uso de técnicas de relaxamento (como meditação, por exemplo) podem ajudar a reduzir os sintomas e são amplamente recomendados.

“Além disso, diversas abordagens psicoterapêuticas podem ser consideradas eficazes. A terapia cognitivo comportamental é a mais bem estudada delas e é frequentemente recomendada. Muitas vezes, pode ser também necessário um tratamento farmacológico. A escolha do medicamento e o tempo de uso devem sempre ser individualizados”, alerta o médico Gustavo Landsberg.

O importante é estar ciente de que não existem tratamentos milagrosos para curar a ansiedade. O que a ciência já mostrou é que nenhuma intervenção faz efeito do dia para a noite – os primeiros efeitos do tratamento costumam demorar algumas semanas.

Qual é o médico para tratar a ansiedade?

De acordo com um estudo realizado no Brasil, a ansiedade está entre os dez motivos mais comuns de procura por atendimento na Atenção Primária. Sendo assim, os médicos de família estão habituados a reconhecer os sintomas de ansiedade, realizar o diagnóstico e oferecer tratamento, com apoio de equipe multidisciplinar – em especial dos profissionais da Psicologia.

Quem tem mais chances de ter ansiedade?

A ansiedade acomete mais frequentemente as mulheres, em uma proporção de duas mulheres para cada homem. Acredita-se que isso se deve ao fato de que elas são mais frequentemente vítimas de violência doméstica e assédio sexual. Além disso, existe também a pressão criada pelos múltiplos papéis impostos à mulher – como a maternidade. A ansiedade  – assim como a depressão e outros problemas psicológicos – também é mais frequentemente observada na população LGBTQIA+.

Importante entender que esse é o público que mais tem chance de desenvolver o transtorno, no entanto, qualquer pessoa está suscetível a sofrer de crises de ansiedade em algum momento da vida. Por isso, vale sempre estar em dia com as consultas com o seu Time de Saúde e nunca se considerar imune. 

Transtorno de ansiedade e ataque de pânico são a mesma coisa?

Não, mas possuem denominadores em comum. As diferenças entre crise de ansiedade e ataque de pânico estão relacionadas aos sintomas e a maneira como se manifestam. Enquanto o transtorno de ansiedade generalizada tem sinais periódicos, o ataque de pânico é uma explosão de sintomas de uma vez só.

Além disso, um ataque de pânico apresenta sintomas físicos distintos da ansiedade generalizada, como a perda do foco visual, sensação de irrealidade e medo da morte iminente. Quanto aos sintomas físicos, também existem algumas diferenças, como dificuldade em respirar, suor frio e boca seca.

Saber identificar e distinguir os sintomas possibilita que o diagnóstico seja certeiro e a intervenção seja mais eficaz. 

A ansiedade piorou com a pandemia?

A verdade é que nunca se falou tanto sobre transtornos de ansiedade como agora. A pandemia de Covid-19 e o isolamento social decorrente dela fizeram muita gente enxergar sinais de ansiedade pré-existentes, enquanto outros desenvolveram os primeiros sintomas desse transtorno durante o período da quarentena. 

No mundo todo, bilhões de pessoas foram obrigadas a lidar com medo, perda de entes queridos e desemprego. Além disso, há ainda aqueles que foram acometidos de Covid-19 e  desenvolveram ansiedade como sequela da doença. Uma publicação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) indica que um terço das pessoas que sofreram com COVID-19 foram diagnosticadas com transtorno neurológico ou mental. Estima-se que houve um aumento de 25% de casos de transtornos de ansiedade no planeta por conta da pandemia.

São dados que devem nos deixar atentos à própria saúde mental e alertas ao bem-estar de quem nos rodeia. Afinal, aquele friozinho na barriga antes de um acontecimento importante é comum, e até costumamos dizer que estamos ansiosos pela chegada de coisas que consideramos positivas, como uma festa ou uma viagem de férias.  Mas, quando a sensação de borboletas no estômago é substituída por uma preocupação excessiva e uma antecipação de ameaça futura, é hora de procurar ajuda.

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