É provável que você já tenha ido alguma vez ao pronto-socorro. E, chegando lá, deve ter visto bastante gente na mesma situação, buscando um atendimento imediato. Mas você sabe, de verdade, como o pronto-socorro funciona e quando deve ser utilizado?
Dados do Ministério da Saúde mostram que 80% dos pacientes que buscam um pronto-socorro são classificados como sem gravidade, isto é, poderiam ter sido atendidos fora deste espaço destinado a quem tem um quadro de urgência ou emergência.
Vamos te explicar tudo isso logo abaixo. Confira os tópicos que vamos abordar neste conteúdo:
- O que é um pronto-socorro? Para que ele serve?
- Qual é a diferença entre emergência e urgência?
- Quando ir ao pronto-socorro?
- Quando não ir ao pronto-socorro?
- Se você ainda não sabe quando ir a um pronto-socorro, converse com um especialista
O que é um pronto-socorro? Para que ele serve?
O pronto-socorro é destinado a atender casos clínicos que podem implicar em risco imediato à vida ou em lesões irreparáveis. Esse setor do hospital presta assistência a pacientes que sofreram complicações – como uma parada cardiorrespiratória ou um acidente vascular cerebral, por exemplo – que se envolveram em um grave acidente ou que perceberam sintomas característicos de um quadro clínico urgente e que, portanto, precisam de um atendimento imediato.
Até pelo tipo de atendimento que oferece, o pronto-socorro funciona 24 horas por dia. Em alguns hospitais, há ainda uma diferença entre pronto-socorro e o serviço de pronto atendimento, sendo que este último atende casos agudos, porém de menor gravidade, dentro do horário de serviço da unidade de saúde.
Independentemente da unidade, os pronto-socorros usam uma tabela de classificação de risco de vida para determinar a prioridade dos atendimentos. Essa classificação é definida por cor, visível em pulseiras descartáveis que são colocadas nos pacientes logo após a triagem – primeiro atendimento médico que avalia o estado de saúde da pessoa.
A classificação de risco funciona da seguinte maneira:
- Vermelho: emergência, necessita de atendimento imediato pois há risco de morte;
- Laranja: muito urgente, com risco significativo de evoluir para morte;
- Amarelo: urgente, é necessário ter atendimento rápido, mas pode aguardar;
- Verde: pouco urgente, pode aguardar o atendimento ou ser encaminhado para outros serviços de saúde;
- Azul: não urgente, podendo aguardar o atendimento ou ser encaminhado para outros serviços de saúde.
Qual é a diferença entre emergência e urgência?
Agora que já sabemos como funciona a classificação de risco, pode surgir a dúvida: afinal, como saber quando a situação é uma urgência ou emergência? Em resumo, o paciente precisa de um atendimento de emergência quando a assistência deve ser feita imediatamente, por apresentar risco de morte. O atendimento de urgência, por sua vez, também necessita ser imediato, porém, não representa risco à vida.
Por exemplo, entre os quadros clínicos considerados emergência temos:
- Infarto;
- AVC (acidente vascular cerebral);
- Parada cardiorrespiratória;
- Hemorragias;
- Fraturas expostas;
- Dores agudas na região do peito ou após acidentes de trânsito;
- Perfurações ou ferimentos por armas de fogo.
Já alguns dos classificados como urgência são:
- Fraturas não expostas;
- Luxações;
- Torções;
- Aumento de pressão arterial;
- Pancadas na cabeça;
- Queimaduras;
- Intoxicações;
- Cólicas renais.
Mas, vale ressaltar que a classificação da situação do paciente é realizada de forma individualizada, durante a triagem feita por profissionais do pronto-socorro. O atendimento irá priorizar a gravidade do quadro clínico, não sendo definido por ordem de chegada.
Quando ir ao pronto-socorro?
A ida ao pronto-socorro deve ocorrer especialmente em situações de urgência ou emergência, pois esse ambiente reúne vários pacientes com problemas de saúde, o que aumenta o risco de exposição e infecção de alguma doença contagiosa.
E cabe reforçar um ponto importante: quem não está em estado grave pode, inclusive, aumentar o tempo de espera de pessoas que precisam imediatamente serem atendidas.
Em casos de lesão ou doença, é necessário avaliar características desse quadro clínico para buscar o serviço de atendimento médico mais adequado ao seu quadro. Por exemplo: no caso de uma lesão com risco de complicação ou até risco à vida, é necessário ir ao pronto-socorro. Mas, se é possível realizar uma consulta médica para uma avaliação mais precisa, procure seu time de saúde e evite ir ao pronto-socorro.
Quando um sintoma traz muita dor repentina e a apreensão em saber exatamente a causa te apressa, é difícil avaliar se a situação vale a ida ao pronto-socorro. Para ajudar a solucionar essas dúvidas, listamos algumas situações que precisam de atendimento no PS:
- Problemas respiratórios graves – como asfixia, que é quando há dificuldade ou até impossibilidade para respirar. A asfixia pode ser causada por envenenamento por gases tóxicos ou drogas, pancada muito forte no tórax ou por algum bloqueio das vias respiratórias, além de acidentes como afogamento ou enforcamento.
- Dores fortes e intensas no corpo – principalmente no peito (que pode ter também uma sensação de pressão), nos braços ou na mandíbula. Fique atento também a dores de cabeça muito fortes e repentinas.
- Lesões ou fraturas – como algum osso quebrado ou percepção de que o osso parece “empurrar” a pele.
- Lesões na cabeça, pescoço ou coluna – que podem causar desmaio, confusão, perda de sensibilidade ou incapacidade de se locomover.
- Convulsão que durou cerca de três a cinco minutos.
- Febre alta – quando a medição de temperatura nas axilas ultrapassa os 39 ºC.
- Perda súbita da fala, visão ou capacidade de locomoção.
- Reações alérgicas – principalmente se causarem inchaço, dificuldade para respirar ou urticária, uma condição identificada por uma irritação na pele que causa lesões avermelhadas, inchaços e coceira.
- Picada de animais peçonhentos – como escorpião, cobras ou aranhas. Esse incidente pode causar dores, inchaços e formação de bolhas no local imediatamente, mas pode evoluir para estágios mais graves, como dores intensas, hemorragias e queda de pressão.
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Quando não ir ao pronto-socorro?
Há sintomas ou dores repentinas que podem trazer preocupações, mas que não se tratam de emergências ou urgências. Nesses casos, o ideal é evitar o pronto-socorro, mas sem deixar de lado essas dores ou condições: procure seu time de saúde para receber a orientação adequada.
Entenda quais são esses quadros clínicos:
- Febre baixa (sem ultrapassar os 39 ºC) – ou sinais semelhantes aos de uma gripe, principalmente se ainda não ultrapassou 24 horas desde o início dos sintomas.
- Pancada na cabeça ou queda, que não causou ferimentos nem alterou os sentidos – no entanto, é preciso observar um possível surgimento de sintomas nas primeiras 48 horas.
- Dor de garganta ou no ouvido.
- Resfriado ou tosse.
- Dores no estômago ou diarréia, que ocorrem há menos de 24 horas.
Em caso de dores crônicas, ou seja, que se manifestam já faz um tempo, também é importante falar com o time de saúde, mas não é recomendado procurar o PS.
Se você ainda não sabe quando ir a um pronto-socorro, converse com um especialista
É comum ter dúvidas sobre as dores ou sintomas que está sentindo. Antes de tentar diagnosticar o seu caso sozinho, procure contatar um profissional da saúde para fazer uma análise mais precisa da sua situação.
Serviços como a telemedicina ou outros canais de comunicação como o atendimento do time de saúde trazem um direcionamento mais confiável para saber se é realmente necessário ir a um pronto-socorro ou buscar outro serviço.
Com a Sami, você conta com o seu Time de Saúde, com médico pessoal e time de enfermagem que te conhecem de verdade. Eles fazem o primeiro atendimento e coordenam o cuidado com a sua saúde junto aos médicos especialistas necessários.
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Referências
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0112terminologia1.pdf – acessado em 07/10/2021;
https://www.hcor.com.br/hcor-explica/outras/pronto-socorro/ – acessado em 07/10/2021;
https://saudedasaude.anahp.com.br/diferenca-entre-pronto-socorro-e-pronto-atendimento/ – acessado em 07/10/2021;
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https://medlineplus.gov/ency/patientinstructions/000593.htm – acessado em 07/10/2021;
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up2/asfixia.html – acessado em 08/10/2021;
https://bvsms.saude.gov.br/urticaria/ – acessado em 08/10/2021;
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/servico-de-atendimento-movel-de-urgencia-samu-192 – acessado em 08/10/2021.