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Sobrevivi ao Covid-19. E agora?

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Não sabe se tem Covid ou não? Veja este conteúdo no blog da Sami: Como saber se eu peguei Covid-19?

Está com Covid hoje? Veja neste conteúdo quais cuidados você deve tomar: Estou com Covid-19. E agora?

Receber o resultado detectado para o novo coronavírus não deve ter sido uma tarefa fácil, ainda mais quando nos deparamos com possíveis complicações da doença. De acordo com os dados informados pelo Ministério da Saúde, no Painel do Coronavírus, em setembro de 2021, mais de 20 milhões se recuperaram da doença, sendo cerca de 370 mil em acompanhamento.

Desde o primeiro relato de complicações do coronavírus, o conhecimento sobre a doença aumenta substancialmente. Dúvidas relacionadas à vida pós-covid-19 continuam perpetuando. Sobrevivi, mas e agora?

Para se ter uma ideia, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) ao lado da Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram uma nota de alerta sobre uma silenciosa nova epidemia: a síndrome pós-covid.

Estudos apontam, ainda, que até 80% daqueles que sobreviveram ao coronavírus podem sentir, ao menos, um sintoma relacionado à sequela da doença até quatro meses depois do fim da infecção.

Veja abaixo os tópicos que vamos abordar neste conteúdo:

  1. Quais sequelas do Covid-19 eu posso ter?
  2. Quando poderei retomar a rotina de antes?
  3. É possível me contaminar novamente?
  4. A vacina é a melhor opção? Por que devo tomar?

Quais sequelas do Covid-19 eu posso ter?

O processo que o vírus desenvolve em nosso corpo é intenso. A resposta inflamatória para lidar com o invasor atinge primeiro a nossa respiração, principalmente os pulmões. No entanto, segundo a OPAS, as sequelas não são sempre relacionadas ao trato respiratório.

Entre os sistemas atingidos que trazem sequelas com o passar do tempo, estão registrados pacientes com problemas no sistema cardiovascular e sistema nervoso, bem como problemas psiquiátricos e psicológicos.

Por um panorama geral, as principais queixas de sobreviventes da doença relatadas até o momento são: cansaço, falta de ar, dores de cabeça e musculares, queda de cabelo, perda de paladar e olfato duradoura, dores no peito, trombose, palpitações, tontura, depressão e ansiedade e dificuldades de linguagem, memória e raciocínio.

Sequelas no sistema respiratório: Em pacientes que desenvolveram um quadro grave da doença, a principal sequela documentada, segundo a OPAS, é o desenvolvimento da fibrose pulmonar.

Sequelas no sistema cardiovascular: De acordo com estudos, foi documentado em pacientes que apresentaram a forma grave da doença sequelas relacionadas a lesões miocárdicas significativas, incluindo miocardite, causando arritmias.

Sequelas neuropsiquiátricas: Alguns casos graves de COVID-19 também apresentaram problema de memória, atenção e velocidade de pensamento, devido a resposta hiperinflamatória que pode causar perdas de longo prazo.

Além disso, também foram observadas manifestações clínicas relacionadas a encefalopatia aguda, alterações de humor, psicose e disfunção neuromuscular.

Sequelas psicológicas: Neste caso, as sequelas não são ligadas diretamente ao vírus, mas sim as suas consequências relacionadas à propagação. Ações de isolamento e distanciamento social provocaram ou intensificaram problemas psicológicos que afetam o bem-estar mental de indivíduos, sem necessariamente ter um grupo específico, ou seja: atinge desde crianças a idosos.

Por que isso acontece?

Para se livrar do invasor, o corpo emite uma resposta inflamatória que acaba se tornando forte em algumas pessoas. Chamadas de tempestade inflamatória, o fenômeno libera citocinas, que tem um potencial grande de lesionar órgãos e tecidos.

Como a resposta inflamatória começa no sistema respiratório, o pulmão, geralmente, é o primeiro a sentir. Fibroses são formadas pelo sistema imunológico, o que explica a fadiga e a dificuldade de respirar.

Além disso, movimentos que costumavam ser simples podem passar a ser exaustivos, como escovar os dentes, varrer a casa, caminhar… As citocinas atacam os músculos causando uma sensação de fraqueza e dor. No entanto, em casos graves, também pode haver a perda de massa muscular, o que gera problemas ainda mais complicados para a recuperação.

Quando poderei retomar a rotina de antes?

O vírus e suas consequências ainda são muito recentes e estão sendo estudados constantemente. O ideal, de acordo com especialistas, é retomar a rotina aos poucos e com acompanhamento médico.

Sintomas leves relacionados às sequelas pós-covid são comuns, mas precisam de atenção caso se tornem intensos.

Estudos que acompanharam cerca de mil pessoas internadas concluíram que até 17% precisaram ser hospitalizadas novamente meses depois por consequências da doença. Dessas, 7% morreram até seis meses depois da alta.

Portanto, mantenha-se alerta em casos de tontura, falta de ar ou desmaios ao praticar exercícios leves ou ações cotidianas.

É possível me contaminar novamente?

Segundo a OPAS e a OMS, já existem relatos de reinfecção com SARS-CoV-2. Além disso, de acordo com um artigo publicado em maio deste ano na revista Emerging Infectious Desease (EID), dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, casos leves ou assintomáticos podem não ter uma resposta imunológica suficiente para evitar uma segunda infecção, inclusive da mesma variante.

O artigo expõe, ainda, que a forma branda da doença não garante imunização e nem evolução branda novamente, caso pegue pela segunda vez. Cepas diferentes, como variantes diferentes, não criam respostas imunológicas iguais. Você pode ser contaminado por uma cepa e, tempos depois, por outra de uma variação diferente.

Das 30 pessoas acompanhadas, quatro foram reinfectadas pelo vírus, sendo duas da mesma variante. Desses quatro, o estudo concluiu que a primeira infecção se deu de modo leve, mas a segunda infecção os sintomas foram mais fortes e frequentes, ainda sem necessidade de internação.

A vacina é a melhor opção? Por que devo tomar?

Toda vacina aprovada pela OMS tem eficácia comprovada e é a melhor solução para adquirir a imunização, incluindo a dose de reforço. Segundo a OPAS, a eficiência das vacinas, mesmo as já testadas, estão sendo acompanhadas de perto e somente as vacinas que se mostraram seguras e eficazes para prevenir a doença foram aprovadas.

Por que mesmo depois de vacinado a pessoa ainda pode ficar doente?

Nenhuma vacina é 100% efetiva para prevenir a doença, portanto ainda haverá uma parcela da população que, mesmo com a vacinação completa, ainda ficará doente – no entanto, com menos risco de desenvolver quadros graves da doença.

No entanto, essa parcela é pequena e ainda não foram identificados casos de nenhum padrão inesperado para o escape vacinal ocorrer, de acordo com a OPAS.

Existe riscos maiores da vacina para mulheres grávidas?

O Ministério da Saúde aprovou a vacinação em gestantes e puérperas com as vacinas que não possuem o vetor viral, a Pfizer e a CoronaVac. A liberação ocorreu depois de análises técnicas, debates e avaliação de dados.

Até julho de 2021, o Ministério da Saúde já distribuiu mais de 144 milhões de doses e mais de 500 mil grávidas, lactantes e puérperas já foram vacinadas.

Em geral, o conhecimento sobre a segurança da vacina nesses grupos é bem estabelecido. Isso quer dizer que, por exemplo, já é confirmado como mito a má-formação ou morte de feto após a aplicação de vacina contra a Covid-19.

De acordo com a OMS, não há contraindicação nem indicação para a vacina. E orienta que cada caso deve ser avaliado entre o médico e a paciente.

Vacina contra a gripe é a mesma coisa?

Imunizantes e de extrema importância, a vacina da gripe traz proteção contra infecções causadas pelo vírus da influenza, que também abala o sistema respiratório, como na Covid-19, e pode evoluir para complicações graves.

Já a vacina contra a Covid-19 traz proteção contra a SARS-CoV-2. São duas vacinas que protegem o sistema respiratório, mas que atuam combatendo vírus diferentes.

A janela de proteção da vacina contra a gripe é de seis meses, sendo reaplicada anualmente. Já a da Covid-19 ainda é cedo para obter estes dados.

É importante ressaltar, ainda, que a vacina da Covid-19 não previne a gripe causada pelo vírus da influenza e vice-versa. Ambas vacinas agem em conjunto. No entanto, não podem ser tomadas com um intervalo menor que 14 dias antes ou depois de cada dose, seja ele qualquer imunizante.

Casos em que há a suspeita de Covid-19 é necessário fazer o teste e aguardar o resultado. Se positivo, aguardar a melhora total dos sintomas. Veja o calendário de vacinação aqui.

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