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Escala 6×1: você sabe realmente como funciona?

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A escala de trabalho 6×1 é aquela que prevê seis dias consecutivos de trabalho e uma folga na sequência. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não traz regras sobre a forma de implementar a escala 6×1, mas aponta que o dia de descanso deve ser, preferencialmente, aos domingos.

Compreender essa dinâmica é importante para que o setor de recursos humanos (RH) equilibre as necessidades da empresa com os anseios dos colaboradores, promovendo a qualidade de vida no trabalho.

Continue a leitura e saiba:  

  1. O que é a escala 6×1?
  2. Como funciona a escala 6×1?
  3. Quais os benefícios da escala 6×1?
  4. Outros tipos de escala de trabalho 
  5. Qual a importância dos dias de descanso?
  6. Promova a saúde no trabalho com um plano de saúde Sami

O que é a escala 6×1?

A preocupação com a jornada de trabalho vem de longa data: século XIX. À época constatou-se que o excesso de atividade laboral prejudicava a saúde das pessoas e, portanto, era preciso estabelecer limites. No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), elaborada na década de 1940 e revisada ao longo dos anos, prevê 8 horas diárias de trabalho, somando 44 por semana. Para cumpri-la, as empresas podem adotar escalas, como a escala 6×1.

De modo geral, a escala 6×1 envolve seis dias de trabalho e um de folga. De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência (MTE), esse período de descanso deve ser de 24 horas consecutivas.

O escalonamento 6×1 pode começar em uma segunda-feira e se estender até o sábado. Então, nesse caso, o descanso acontece no domingo. Inclusive, no artigo 7o da Constituição Federal as folgas devem, preferencialmente, acontecer neste dia. Essa escala de dias também está sujeita a alterações conforme acordos coletivos e com os sindicatos de cada categoria profissional. 

O comércio está entre os setores que mais utiliza o 6×1, já que bares e restaurantes costumam funcionar de segunda a segunda. Assim, acaba exigindo a presença dos colaboradores, em revezamento, durante os sete dias da semana.

Como funciona a escala 6×1?

As escalas devem ser montadas pelos profissionais de recursos humanos das empresas. No caso da escala 6×1, há duas formas de elaborá-la:

  • O funcionário trabalha 7 horas e 20 minutos nos seis dias da semana; ou
  • O colaborador cumpre 8 horas de segunda-feira a sexta-feira e, aos sábados, somente 4 horas.

O melhor modelo de escala dos funcionários dependerá do tipo de serviço prestado pela empresa. Nesse sentido, será preciso avaliar se

  • O atendimento exige mais horas trabalhadas durante a semana e menos no fim de semana;
  • É necessário diluir o tempo igualmente pelos seis dias.

Em geral, essas instruções já constam na Convenção Coletiva de Trabalho da empresa, que fica disponível no site do MTE. Mas a escala 6×1 precisa prever ainda outros pontos importantes como:

  • Os dias de folga devem ser estabelecidos previamente pelo empregador, assim como a possibilidade de os funcionários trocarem entre si os dias de descanso; 
  • Acima de 44 horas semanais de trabalho, é necessário arcar com as horas extras. Esse valor corresponde a 50% do custo por hora trabalhada;
  • Quando o trabalhador ultrapassa seis horas diárias de atividade laboral, tem direito a uma hora de descanso. Mas a reforma trabalhista, por meio da lei nº 13.467/17, permite o intervalo de apenas 30 minutos, se estabelecido previamente na Convenção ou Acordo Coletivo da categoria;
  • O controle dessa jornada de trabalho é feito por ponto, mecânica ou eletronicamente sob supervisão do setor de RH.

Quais os benefícios da escala 6×1?

O escalonamento 6×1 pode ser benéfico tanto para a empresa como para os funcionários. 

Do ponto de vista do empregador, as vantagens são:

  • Atendimento 7 dias por semana;
  • Não é preciso pagar horas extras aos funcionários pelo trabalho no fim de semana;
  • A empresa permanece dentro lei, sem ultrapassar as horas de trabalho de seus funcionários para garantir o funcionamento em toda semana.

Para os colaboradores, os benefícios são:

  • Possibilidade de diversificar a folga. Às vezes, um dia útil da semana é mais proveitoso do que o sábado ou domingo;
  • O colaborador sabe quando será o seu dia de descanso, podendo planejar sua vida pessoal com antecedência;
  • Dependendo do ramo de atividade, os fins de semana podem ser mais lucrativos. No caso de vendedores, é uma possibilidade de aumentar as comissões.

Outros tipos de escala de trabalho 

Existem outros tipos de jornada de trabalho (horas por semana) e escalas (dias e horário de trabalho). Para se ter ideia, a CLT estabelece, por exemplo, cargas horárias diferentes para profissionais como:

  • Bancários: seis horas diárias ou 30 horas semanais; 
  • Jornalistas: cinco horas diárias ou 30 horas semanais;
  • Médicos: quatro horas diárias;
  • Advogados: quatro horas diárias ou 20 horas semanais.

A respeito das escalas de trabalho, podemos ter ainda as seguintes configurações:

  • Escala 5×2: comum nas empresas que funcionam somente de segunda a sexta. Os colaboradores cumprem com 44 horas semanais em cinco dias. 
  • Escala de Trabalho 12×36: o funcionário trabalha 12 horas e folga 36 horas, sem interrupção. Esse modelo só é possível mediante acordo ou a convenção coletiva.
  • Escala 18×36: nesta situação trabalha-se 18 horas e a folga é de 36 horas. É comum quando a atividade exige muitas horas de trabalho sem interrupção.
  • Escala 24×48: esse tipo de escala é muito pouco utilizado, sendo mais comum nas áreas da saúde e segurança. Consiste em 24 horas de trabalho e 48 horas de descanso.

Qual a importância dos dias de descanso?

O Brasil está entre os países no qual as pessoas mais trabalham, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ainda de acordo com a organização, os brasileiros dedicam menos tempo ao lazer e cuidados pessoais, como dormir e comer, na comparação com a média de outros países.

O problema é que esse comportamento tem resultado no aparecimento de diversas doenças – e não é de hoje. Em 2016, um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) trouxe um dado alarmante: 745 mil pessoas haviam morrido em decorrência de problemas causados pelo excesso da atividade laboral. 

Essa pesquisa também indicou que pessoas com carga de trabalho superior a 55 horas semanais aumentam em 35% as chances de ter um acidente vascular cerebral (AVC) e em 17% o risco de um ataque cardíaco. 

Nesse sentido, é fundamental que as empresas e seus respectivos setores de RH estejam atentos às jornadas e escalas de trabalho, contribuindo para a preservação da saúde de seus colaboradores.

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Referências

http://www.aerosp.org.br/pagina-ver.php?n=10954 – acessado em 12/12/2021

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