“Minha pressão está mais alta do que o normal, devo ir ao pronto-socorro?” Essa é uma dúvida muito frequente e, provavelmente, foi ela que te trouxe até aqui. A hipertensão, mais conhecida como pressão alta, é uma condição que pode afetar qualquer pessoa, independente da sua idade.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), aqui no Brasil, ela atinge apenas 5% das crianças e dos adolescentes, e 25% da população adulta. Esse número, no entanto, sobe para 50% quando se trata de pessoas acima de 60 anos. E os efeitos da doença são perigosos, considerando que ela é responsável por 80% dos derrames, 40% dos infartos e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
A pressão pode aumentar por diversos motivos, mas principalmente porque os vasos em que o sangue circula se contraem. A boa notícia é que se a pessoa com hipertensão conhece suas condições e mantém o tratamento indicado pelo time de saúde, as consequências da pressão alta podem ser controladas e até evitadas.
A seguir, entenda o que causa esse aumento da pressão sanguínea, como agir em momentos de crise e quais ações agem de forma preventiva:
- O que causa pressão alta?
- Pressão alta: quando ir ao pronto-socorro?
- O que é bom para pressão alta?
- Pressão alta emocional existe?
- Prevenção e controle da hipertensão arterial
Pressão alta: quando ir ao pronto-socorro?
A pressão alta pode surgir em diferentes situações. Mas antes de ir ao pronto-socorro, é importante avaliar o momento, pois o PS é um ambiente onde há muitas doenças contagiosas. E além de você correr o risco de se contaminar, acaba aumentando o tempo de espera de quem de fato pode estar correndo risco de morte.
Por isso, a ida ao pronto-socorro em decorrência da pressão alta é necessária quando:
- Causa dores fortes e intensas no corpo;
- Dor no peito, na mandíbula ou nos braços;
- Dores de cabeça repentinas e muito fortes.
E para evitar idas recorrentes ao pronto-socorro, é fundamental tirar todas as suas dúvidas nas consultas de rotina com o seu médico. Por exemplo, se você tem o costume de aferir a pressão e mesmo sem sintomas ela permanece alta, pergunte como administrar a medicação corretamente.
O que causa pressão alta?
A pressão alta é uma condição crônica e pode ser causada por hábitos de vida e vários fatores genéticos. Conheça os principais:
- Histórico familiar: quando o número de pessoas com pressão alta na sua família é alto, há maiores chances de você desenvolver a mesma condição.
- Alto consumo de sal: o sal causa duas alterações no organismo. Primeiro, ele aumenta o volume de líquidos nos vasos sanguíneos. Segundo, o sal age diretamente nas paredes das artérias, o que leva a um aumento da pressão à passagem do sangue.
- Sedentarismo: ao praticar atividade física com frequência, você diminui o nível circulante de adrenalina do corpo. Ou seja, o coração fica mais forte e bombeia o sangue com mais eficiência, o que diminui as chances de hipertensão. Em contrapartida, o sedentarismo potencializa esse risco.
- Estresse: a ansiedade não causa a hipertensão. Porém, situações frequentes de estresse provocam picos temporários de pressão alta. E quando esses picos são constantes, o corpo acaba sendo afetado da mesma forma que em casos crônicos.
O que é bom para pressão alta?
Embora a pressão alta não tenha cura, existem ações e modificações no estilo de vida que contribuem para o controle da mesma. Veja:
- Dê atenção aos sinais do seu corpo e, qualquer sintoma fora do normal, meça a pressão;
- Tenha uma alimentação saudável;
- Faça atividades físicas ao menos 5 dias da semana;
- Diminua o consumo de bebidas alcoólicas;
- Tenha o hábito de ingerir alimentos com pouco sal;
- Evite fumar, pois o fumo é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares;
- Mantenha um peso saudável;
- Opte por alimentos cozidos e temperos naturais, como, por exemplo, ervas, alho, cebola, salsa ou cebolinha;
- Tente evitar alimentos industrializados, pois o teor de sódio nesses tipos de alimentos costumam ser altos;
- Caso use medicamentos, tome corretamente conforme orientação médica;
- Controle o estresse.
Nós sabemos que a mudança de vida não é fácil. A dica é tentar administrar um passo de cada vez. Você pode começar buscando uma atividade física que tenha prazer em fazer. Faça aulas experimentais de dança, natação ou teste corridas de rua.
Depois, troque aos poucos alguns alimentos da sua rotina. Uma transição gradual pode tornar o processo mais leve. Você vai perceber que essas alterações já vão ajudar a controlar o estresse no dia a dia. Ainda assim, o ideal é também fazer um acompanhamento psicológico.
Pressão alta emocional existe?
Sim! A pressão alta é uma doença que merece atenção minuciosa porque pode trazer outros problemas de saúde – alguns até fatais. Como, por exemplo, aneurisma arterial, infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).
“Mas o que isso tem a ver com o emocional?” Comentamos anteriormente que o estresse pode ser uma das causas da pressão alta, lembra?
Então, quando uma pessoa passa por uma situação estressante, ela fica ansiosa. Ao ficar ansiosa, o corpo entende que precisa se proteger e, para isso, libera cortisol e adrenalina. Esses hormônios aceleram o ritmo cardíaco e acabam demandando maior circulação de sangue no organismo. Assim, a pressão arterial aumenta.
Portanto, mesmo não sendo hipertensa, a pressão arterial de uma pessoa ansiosa pode subir. E dependendo da frequência dos episódios estressantes, os sinais e as consequências podem ser os mesmos de quadros crônicos.
Prevenção e controle da hipertensão arterial
Mesmo que a pressão alta não tenha cura, há ações que a controlam. Tais atitudes também são válidas para quem deseja se prevenir da doença. Mais do que tomar os medicamentos solicitados pelo seu médico, o seu estilo de vida deve ser saudável. Tenha em mente 3 pilares fundamentais para o controle e prevenção da hipertensão:
- Prática de atividade física.
- Livre de estresse: aposte em sua saúde mental.
- Alimentação balanceada sem excesso de sal: rica em frutas, legumes e saladas.
Se você é uma pessoa com hipertensão, jamais abandone o seu tratamento. Siga todas as orientações do seu médico, faça os exames com periodicidade e cuide do que é mais importante para você: seu bem-estar.
