A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células-tronco da medula óssea, responsável pela fabricação das células sanguíneas. Por causa dessa relação, muitas pessoas acabam chamando a leucemia de “câncer no sangue”. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que surjam cerca de 11 mil novos casos de leucemia por ano.
A seguir, saiba tudo sobre a leucemia:
- O que é leucemia?
- Tipos de leucemia
- Sintomas de leucemia
- Causas leucemia
- Como diagnosticar a leucemia
- Tratamento para leucemia
- A importância da rede de apoio
O que é leucemia?
A leucemia é uma doença maligna que atinge as células-tronco da medula óssea, onde são encontradas as células responsáveis por criar os glóbulos brancos (leucócitos), os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e as plaquetas. A leucemia provoca um acúmulo de células doentes na medula óssea, que acabam substituindo as células sanguíneas saudáveis.
Já foram catalogados mais de 12 tipos de leucemia. Os quatro principais são: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).
Tipos de leucemia
Os tipos de leucemia são divididos de acordo com o tempo que a doença leva para evoluir e ficar grave. Sendo assim, a doença é classificada entre crônica (quando se agrava lentamente) ou aguda (que piora de forma rápida).
As leucemias ainda podem ser agrupadas com base nos tipos de glóbulos brancos afetados: os linfóides ou os mieloides. Combinando esses dois critérios, chegamos aos quatro tipos mais comuns de leucemia:
- Leucemia linfocítica crônica: quando afeta os linfóides e se desenvolve de forma lenta. Esse tipo da doença é mais comum em pessoas com mais de 55 anos – raramente afeta crianças;
- Leucemia mieloide crônica: acomete as células mieloides e se desenvolve, inicialmente, de forma mais lenta. Esse tipo também é mais frequente em adultos;
- Leucemia linfocítica aguda: agride as células linfóides e se multiplica rapidamente. É o tipo mais comum em crianças;
- Leucemia mieloide aguda: atinge as células mieloides e avança de forma rápida. Nesse caso, a incidência aumenta com o avançar da idade.
Sintomas de leucemia
Os tipos de leucemia que progridem lentamente podem ser assintomáticos no início. Já os quadros agudos podem causar complicações graves. De modo geral, os principais sintomas de leucemia são:
- Febre ou calafrios;
- Anemia;
- Palidez;
- Fadiga;
- Fraqueza;
- Infecções frequentes ou graves;
- Perda de peso repentina;
- Aumento do fígado ou aumento do baço;
- Sangramentos sem motivo aparente, principalmente na pele e na gengiva;
- Hematomas;
- Hemorragias nasais recorrentes;
- Manchas vermelhas minúsculas na pele;
- Sudorese noturna;
- Dor nos ossos ou articulações.
Se as células malignas se infiltrarem no cérebro, pode ocorrer ainda dor de cabeça, convulsões, perda do controle muscular e vômito.
Causas leucemia
Ainda não existe uma causa exata para a leucemia. Mas sabemos que há alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença, como:
- Herança genética: história na família ou possuir algumas síndromes (como Down, Anemia de Fanconi e Li-Fraumeni) ou doenças hereditárias;
- Riscos ambientais: exposição à agrotóxicos, à solventes, à diesel, à poeiras, ao benzeno e às radiações X e gama;
- Tabagismo;
- Quimioterapia;
- Idade avançada;
- Infecção por vírus de hepatite B e C.
Como diagnosticar a leucemia
O diagnóstico de leucemia é feito principalmente através do hemograma. Se for identificada a presença de células malignas na corrente sanguínea, o time de saúde ainda pode solicitar algumas análises laboratoriais complementares, como exames de bioquímica, da coagulação e da medula óssea (mielograma).
No mielograma, é retirada uma pequena quantidade de sangue do material esponjoso de dentro do osso para avaliação. Em alguns casos, também pode ser necessário fazer biópsia da medula óssea. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de cura e remissão completa da doença.
Tratamento para leucemia
O tratamento para leucemia pode envolver quimioterapia e transplante de medula óssea. Independente da abordagem escolhida, o tratamento precisa ser feito em etapas. Primeiro, o objetivo é conseguir a remissão completa da doença, quando os exames de sangue e da medula óssea não mostram mais nenhuma célula anormal.
Mesmo com o resultado positivo, é importante continuar com o tratamento para não ter recaídas. Isso porque existem estudos que mostram que ainda podem restar no organismo muitas células leucêmicas. Para se ter uma ideia, nas leucemias linfóides, as células podem durar mais de dois anos, e nas mielóides, menos de um ano.
A importância da rede de apoio
Após receber o diagnóstico de leucemia, é importante que a pessoa seja acompanhada por uma equipe multiprofissional especializada.
Não é fácil lidar com uma doença maligna, física e psicologicamente falando. O Time de Saúde é essencial para dar a assistência necessária ao paciente e a família, considerando todos os sintomas e limitações que a leucemia causa.
O cuidado multidisciplinar é fundamental para manter a qualidade de vida do paciente, bem como o apoio e o carinho de familiares e amigos. Incentivar a pessoa que está convivendo com a doença a se alimentar bem, fazer atividade física, ter hobbies e cuidar da saúde mental é uma das maiores provas de amor que existe.