Início Artigos Transtorno bipolar: o que é, sintomas e como tratar

Transtorno bipolar: o que é, sintomas e como tratar

Autor

Data

Categoria

Imagine essa situação: você está há meses feliz, se sentindo com bastante energia e tendo várias ideias do que fazer no futuro. Mas, de uma hora para outra, sente um cansaço mental avassalador, um sentimento de tristeza profunda e não consegue se concentrar em nada por semanas. Preocupante, né? Pois é assim que uma pessoa com transtorno bipolar se sente na maior parte do tempo. 

Essas mudanças bruscas de humor atingem cerca de 140 milhões de pessoas no mundo todo, segundo o Ministério da Saúde. Não é à toa que o transtorno bipolar é considerado uma das principais causas de incapacidade.

Se identificou com o cenário citado no começo do artigo ou conhece alguém que se sente assim diariamente? Então, vem com a Sami que vamos explicar tudo sobre o transtorno bipolar:

  1. O que é transtorno bipolar (transtorno afetivo bipolar)?
  2. O que causa o transtorno bipolar?
  3. Sintomas de transtorno bipolar
  4. Como é a cabeça de uma pessoa com transtorno bipolar?
  5. Transtorno bipolar piora com a idade?
  6. Diagnóstico de transtorno bipolar 
  7. Tratamento para transtorno bipolar

O que é transtorno bipolar (transtorno afetivo bipolar)?

O transtorno bipolar, ou transtorno afetivo bipolar, é um distúrbio psiquiátrico caracterizado pela alteração – muitas vezes súbita – de humor. Pessoas com esse tipo de transtorno mental transitam entre episódios de depressão e de euforia (também chamada de mania ou hipomania), com alguns intervalos assintomáticos entre eles. 

Essas crises podem ter intensidade, frequência e duração diferentes. Mas, independentemente desses fatores, as mudanças de humor exercem uma influência negativa no comportamento e nas decisões de quem possui o transtorno. Isso pode provocar reações desproporcionais a determinados acontecimentos, afetar as relações pessoais e sociais e ainda colocar a vida da pessoa em risco. 

O transtorno bipolar é mais comum entre os 15 e 25 anos, mas ele também pode se manifestar em crianças e pessoas mais velhas.

O que causa o transtorno bipolar?

Apesar de ainda não ter uma causa definida, estudos sugerem que o transtorno bipolar pode estar associado a alterações em algumas partes do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como a noradrenalina e a serotonina. Há suspeitas de que esse desequilíbrio esteja associado a fatores genéticos ou hereditários.

Sintomas de transtorno bipolar

Como explicamos até o momento, o transtorno bipolar possui duas fases marcantes: a de euforia e a de depressão. Por isso, os sintomas característicos desse distúrbio variam de acordo com a fase que a pessoa se encontra. Se for em um período de euforia, os principais sinais são: 

  • Sensação de extremo bem-estar;
  • Pensamento e fala acelerados;
  • Agitação;
  • Hiperatividade;
  • Diminuição da necessidade de sono;
  • Aumento da energia;
  • Falta de concentração;
  • Euforia;
  • Desinibição;
  • Impulsividade.

Agora, na fase de depressão, a pessoa costuma apresentar sintomas como:

  • Alterações de apetite, com perda ou ganho de peso;
  • Humor deprimido;
  • Fadiga ou perda de energia;
  • Apatia, perda de interesse ou prazer pelas coisas que antes eram importantes;
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio;
  • Agitação ou retardo psicomotor;
  • Sentimentos de culpa ou inutilidade;
  • Desânimo;
  • Cansaço mental;
  • Tendência ao isolamento social e familiar;
  • Ansiedade;
  • Irritabilidade e agressividade.

Como é a cabeça de uma pessoa com transtorno bipolar?

Isso irá depender do tipo de distúrbio que a pessoa tem. Se for o transtorno bipolar tipo I, é comum que ela tenha períodos de euforia que duram, pelo menos, sete dias, seguidos de fases de humor deprimido que se estendem por duas semanas ou vários meses. Nesse caso, os sintomas são intensos e provocam alterações bruscas no comportamento.

A mudança é tão profunda que pode até comprometer os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas ao seu redor. Dependendo da intensidade do quadro, pode ser necessário internação hospitalar, para evitar incidentes mais graves.

Já pessoas com transtorno bipolar tipo II, a alternância de humor é entre os episódios de depressão e de hipomania – um estado mais leve de euforia -, sem grandes prejuízos para o comportamento e as atividades diárias.

Transtorno bipolar piora com a idade?

Como o transtorno bipolar é um distúrbio sem cura, sem o tratamento adequado ele pode sim piorar com o avanço da idade. Às vezes, a medicação pode perder a eficácia ou seus efeitos colaterais acabam contribuindo para o desenvolvimento de outros problemas de saúde. 

Para as mulheres, a chegada da menopausa também representa um risco de piora. Isso porque alguns estudos sugerem que nesse período as crises depressivas costumam se intensificar e durar mais tempo. Por isso, é muito importante seguir o tratamento corretamente e atualizá-lo sempre que necessário. 

Diagnóstico de transtorno bipolar 

Por conta dos períodos assintomáticos, o diagnóstico de transtorno bipolar costuma ser bastante difícil. Além disso, suas manifestações podem ser interpretadas como depressão, o que acaba dificultando o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento correto. 

Para se chegar até o diagnóstico de transtorno bipolar, o histórico clínico de saúde mental da pessoa é fundamental. O profissional da saúde irá avaliar as alterações de humor anteriores, episódios atuais ou passados de depressão, se houve ou não tentativa de suicídio, histórico familiar de perturbação do humor e ausência de resposta ao tratamento com antidepressivos.

Tratamento para transtorno bipolar

O transtorno bipolar não tem cura. Então, seu tratamento consiste em controlar os sintomas através de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, como não utilizar substâncias psicoativas (incluindo álcool), ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, manter um sono equilibrado e reduzir os níveis de estresse.

Adotar esses cuidados no dia a dia ajuda a reduzir as chances de ter uma crise, bem como sua intensidade, a controlar a evolução do transtorno, a reduzir as chances de suicídio e a manter a qualidade de vida.

Nesse momento, o suporte da família é fundamental. Por isso, muitas vezes, pode ser recomendada a psicoterapia familiar, para que paciente e familiares consigam identificar atitudes e comportamentos cotidianos que possam desencadear os sintomas. Com o tratamento adequado, é possível controlar o transtorno bipolar e não deixar que ele prejudique a sua rotina.

Ei, RH! Quer economizar até30% no plano da sua empresa?

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

4 dicas para cuidar da saúde mental feminina no trabalho remoto

Dupla jornada, responsabilidades com a vida familiar e salário desigual são alguns dos motivos que levam a diagnósticos de distúrbios relacionados à...

Obesidade sem tabu ou gordofobia: tudo que precisamos saber

Em 4 de março é celebrado o dia mundial da obesidade, instituído pela OMS para conscientizar a todos sobre os riscos de...

IMC: entenda as faixas e o peso ideal

O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta utilizada na área da saúde para avaliar a relação entre peso e altura de uma pessoa e, assim, classificar seu estado nutricional em categorias.

Etarismo: o que é, impactos na vida do idoso e a importância da pirâmide etária

o etarismo se refere a estereótipos, preconceitos e discriminação direcionada às pessoas com base na idade que elas têm.

Pluralidade cultural: o papel do pluralismo nas empresas

A pluralidade é um tema importante nos dias atuais, onde as fronteiras entre as nações se tornam cada vez mais fluidas e o mundo cada vez mais globalizado.
Ei, RH!Já conhece o planode saúde com foco emretenção de talentos?
×