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Eu sou uma fraude? Entenda a síndrome do impostor

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Muitos executivos, líderes ou empreendedores tendem a achar que são uma fraude e que não estão aptos para obter crescimento na carreira. Passam a ter episódios de insegurança e ansiedade, com medo de serem “descobertos”.

Conhecido por síndrome do impostor, o problema atinge a confiança e é mais comum em mulheres. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade da Geórgia, 70% das mulheres em cargos executivos se sentem uma fraude no trabalho.

Além disso, uma pesquisa de gestão feita em 2020 pela KPMG comprovou que a síndrome da impostora atinge 75% das mulheres no mercado de trabalho, independentemente do cargo.

Segundo o Instituto de Psicologia da USP, essa síndrome é caracterizada por pensamentos de falta de confiança e falta de merecimento. Sabe aquela frase quando conquistamos algo importante: “ah, só consegui por sorte”? Pode ter a ver com a síndrome do impostor. Vamos entender melhor?

  1. O que é a síndrome do impostor?
  2. Quais são os sintomas e como identificar a síndrome do impostor?
  3. Como tratar a síndrome do impostor?

O que é a síndrome do impostor?

É bem provável que você já tenha ouvido falar sobre a síndrome do impostor. Você já se sentiu uma fraude quando fez algo muito bom? Ou imaginou que não é tão bom quanto os outros pensam? Sofrer com essa síndrome é, basicamente, atribuir à sorte ou ao destino suas conquistas e ignorar seus esforços.

“Dessa vez eu tive sorte”, ao ser promovido. “Nossa, só pode ter sido o destino”, ao conseguir aquela vaga de emprego que tanto queria. Sofrer com a síndrome é não reconhecer suas conquistas, muito menos achar que merece algo, por menor e mais simples que isso seja.

No entanto, se sentir inseguro no começo de um emprego ou em uma vida acadêmica, por exemplo, é normal. O problema começa quando se torna algo constante. Quando a pessoa começa a se ver como incapaz ou inferior, sentindo-se desqualificada e subestimando as próprias habilidades, é necessário procurar ajuda.

A síndrome do impostor ainda não foi enquadrada como transtorno psicológico pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas vem atingindo muitas mulheres, principalmente, e ganhando cada vez mais visibilidade na área da saúde mental.

A Universidade de Salzburgo, na Áustria, confirmou que a síndrome afeta mais de 70% da população pelo menos uma vez na vida, tanto na área profissional quanto na pessoal.

O termo apareceu pela primeira vez em 1978, após um estudo feito pelas psicólogas Clance e Suzanne Imes, na Universidade do Estado da Geórgia. No estudo, as psicólogas analisaram 150 mulheres com sucesso na carreira e que, mesmo assim, se sentiam uma farsa.

A síndrome do impostor é uma condição psíquica, social e emocional que pode atingir qualquer pessoa, independente do grau de formação ou experiência. 

Quais são os sintomas e como identificar a síndrome do impostor?

Como abordado acima, alguns sinais podem estar diretamente ligados à síndrome do impostor, como:

  • Crença de não ser bom o suficiente;
  • Medo de ser “descoberto”;
  • Culpa por estar “enganando” as pessoas;
  • Sensação de não pertencimento;
  • Ansiedade pós-sucesso ou algo dar certo;
  • Baixa autoestima e perfeccionismo;
  • Insegurança;
  • Costume de se comparar;
  • Medo de não conseguir repetir os bons resultados.

Se você acha que pode estar vivendo com a condição, a psicóloga Clance, uma das inventoras do termo, criou a Escala de Clance, composta por 20 perguntas que avaliam se o fenômeno está presente no seu dia a dia ou não.

Faça o teste: https://psico.online/blog/escala-sindrome-do-impostor/

Como tratar a síndrome do impostor?

O autoconhecimento é um caminho a ser seguido para conseguir lidar com a síndrome do impostor. Além disso, é fundamental buscar ajuda de um especialista ou de um grupo para expressar seus sentimentos e ouvir opiniões.

Uma dica prática e simples é fazer uma lista com as suas realizações e habilidades, mesmo que sejam pequenas e pareçam insignificantes para você.

Uma boa opção é encontrar uma rede de apoio que te respeite e te enxergue como você é, mesmo que você não consiga acreditar em si mesmo. Para essas pessoas de confiança, peça feedbacks contínuos, mesmo com receio.

Sempre tenha em mente um discurso pronto sobre o que você faz ou quem é. Isso porque quem sofre da síndrome do impostor tende a se diminuir ou acaba esquecendo de suas funções, como uma autossabotagem.

Por fim, não desista de aprender e adquirir mais conhecimento e não subestime suas capacidades.

No campo profissional, você pode identificar suas preferências e entender o que te motiva e desmotiva no trabalho. Muitas vezes, nos tornamos inseguros por ultrapassar os nossos limites e aceitar o intolerável.

Não deixe de reconhecer suas conquistas e se cuide com exercícios físicos e uma boa alimentação. Lembre-se: você é capaz de conseguir aquilo que quer e merece as suas conquistas! 

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