Você já teve problemas na hora de evacuar ou sente que sua evacuação está incompleta? Sente dores frequentes ou reclama de intestino preso? Comum, mas não saudável, a constipação intestinal afeta a qualidade de vida e está diretamente ligada à má alimentação.
É bem provável que alguma vez você já tenha passado por dificuldades ao ir ao banheiro ou passou um tempo fora do normal com o intestino preso. Sensação de barriga inchada e acúmulo de gases são sintomas da constipação intestinal e acometem cerca de 30% da população brasileira.
Podendo ser manifestada eventualmente ou de maneira mais frequente, que é o caso da constipação intestinal crônica, a doença precisa ser levada a sério, principalmente quando implica a qualidade de vida.
Falta de água, sedentarismo e uma dieta pobre em fibras ou rica em proteína animal podem estar prejudicando a saúde do seu intestino. Vamos entender melhor?
- O que é constipação intestinal?
- O que causa a constipação intestinal?
- Qual remédio costuma ser usado para curar constipação intestinal?
- Constipação intestinal: quando ela é preocupante?
O que é constipação intestinal?
Também conhecida como prisão de ventre, a constipação intestinal consiste na dificuldade da evacuação das fezes de modo periódico ou persistente, sendo esse último, crônico. Algumas pessoas que sofrem com o problema podem passar dias sem ir ao banheiro e com diversos sintomas secundários, como dor abdominal, cólicas e mais.
Mas por que isso acontece? De maneira resumida, vamos entender como funciona o nosso intestino: ao ingerirmos alimentos e bebidas, nosso corpo absorve os nutrientes necessários para executar as atividades metabólicas e descarta o que não é essencial, formando o bolo fecal (as fezes) – que é expelido pelo nosso corpo.
O problema acontece quando a musculatura do intestino grosso está sem força suficiente para auxiliar na evacuação das fezes. Logo, elas ficam endurecidas e com dificuldade para continuar o processo de saída.
Com a falta de força, o bolo fecal acaba se acumulando no intestino grosso e absorvendo água e nutrientes. Com isso, esse acúmulo se torna mais grosso e duro, dificultando ainda mais sua saída.
Como resultado, o indivíduo passa a sentir cólicas, indisposição e distensão abdominal. Em casos mais graves, as toxinas acumuladas no intestino grosso podem gerar outros problemas de saúde.
O que causa a constipação intestinal?
Entre as causas da constipação intestinal, podemos pontuar:
- Sedentarismo;
- Alimentação pobre em fibras;
- Alimentação rica em proteína animal;
- Pouca ingestão de água;
- Efeito colateral de alguns medicamentos;
- Doenças intestinal;
- Hábitos inadequados, como não respeitar a vontade de ir ao banheiro.
De acordo com o Ministério da Saúde, além dos fatores citados acima, o consumo frequente de alimentos industrializados pode agravar ou prejudicar o consumo de fibras, favorecendo, assim, a constipação intestinal.
Isso porque, em sua grande maioria, os produtos industrializados são processados e acabam perdendo parte considerável de seus nutrientes, como as fibras. Uma dica é sempre observar a tabela nutricional dos alimentos para melhorar o consumo do grande aliado do intestino, as fibras.
Qual remédio costuma ser usado para curar constipação intestinal?
Essa é uma pergunta frequente entre as pessoas que sofrem com o problema. E a cura para a constipação intestinal é por meio de mudanças comportamentais e melhorias na alimentação.
Muitos querem uma solução rápida para lidar com o problema. A verdade é que um remédio pode ajudar momentaneamente a constipação, mas não vai promover a cura, que é o caso dos laxantes.
Para prevenir ou controlar a prisão de ventre, a reeducação alimentar e o consumo adequado de fibras e água é a melhor solução, inclusive a longo prazo.
Ao invés de optar por remédios, que tal investir em alimentos naturalmente laxativos, como o mamão, laranja, ameixa, goiaba e geleia de mocotó? Além disso, não deixe a ingestão de água de lado.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é indicado a ingestão de cerca de dois litros de água por dia para uma vida saudável. No entanto, essa quantidade pode variar de indivíduo para indivíduo dependendo das suas necessidades fisiológicas, peso e hábitos de vida.
Outro “remédio” natural que auxilia na constipação intestinal é a prática de exercícios físicos. Nem sempre gostamos de praticar atividades físicas, mas sempre precisamos lembrar o quanto ela é necessária para a nossa saúde, desde a regulação do intestino à saúde mental.
Algumas dicas práticas também podem ser importantes para quem sofre com o problema e deseja aliviar os sintomas, como:
- Tente administrar melhor o estresse e desequilíbrio emocional;
- Não segure a vontade de ir ao banheiro;
- Não exagere no álcool, pois ele contribui para o ressecamento das fezes, sendo ainda mais difícil de eliminá-las;
- Não descarte a casca das frutas, elas são ricas em fibras. Consuma sempre que puder.
Constipação intestinal: quando ela é preocupante?
Apesar da prisão de ventre ser comum e trazer alguns sintomas chatos e que atrapalham a qualidade de vida, nem sempre ela é motivo de outra doença relacionada. No entanto, a constipação intestinal precisa da sua atenção especial quando estiver associada a outras manifestações clínicas ou se for um quadro frequente.
É importante ficar atento se:
- Observar sangue nas fezes;
- Ter falta de apetite;
- Vomitar;
- Verificar uma massa palpável na região abdominal;
- Houver anemia relacionada;
- Perder peso considerável;
- Sentir cólicas intestinais fortes.
Se observar algum desses sintomas, é fundamental procurar ajuda de um time de saúde para verificar se há presença de doenças relacionadas.
Uma anamnese aprofundada e um exame físico acompanhado de exames complementares podem ser essenciais para descobrir algum problema mais complexo. Entre os exames solicitados podem estar presentes: radiografia abdominal, tomografia computadorizada, colonoscopia e exames de sangue e fezes.
Diverticulite, câncer colorretal, hemorroidas, fissuras anais e intolerância a alimentos podem ser a causa para a prisão de ventre e precisam de acompanhamento médico.
Portanto, não deixe sua saúde de lado e se atente aos sinais que seu corpo apresenta como alerta, combinado?