Tempo seco, maior tempo de permanência em lugares fechados e redução da ventilação dos ambientes – principalmente para evitar os ventos fortes e gelados. Essas características marcam a chegada do inverno e, de tabela, o período de maior incidência de algumas doenças respiratórias.
Afinal, essas condições facilitam a transmissão de vírus e bactérias, além de aumentarem a quantidade de agentes causadores de alergias. Nos tópicos a seguir, veja quais são as principais doenças respiratórias no inverno e descubra o que fazer para preveni-las:
- Doenças respiratórias mais comuns
- Asma
- Pneumonia
- Doenças respiratórias: as “ites” do inverno
- Faringite
- Otite média aguda
- Como se proteger de doenças respiratórias?
Doenças respiratórias mais comuns
Gripe
A gripe é uma doença contagiosa causada pelo vírus influenza, que está em constante mutação – por isso, é bastante comum ficar gripado várias vezes ao longo da vida. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estima que, aproximadamente, um bilhão de pessoas são infectadas pelo influenza todos os anos.
Quando o vírus entra em contato com o corpo, o sistema imunológico começa a produzir algumas substâncias que irão impedir que o invasor se espalhe. O problema é que elas também provocam uma inflamação no organismo, dando origem a sintomas como febre acima de 38ºC, tosse seca, dores de cabeça, garganta e muscular, congestão nasal, coriza e dificuldade para respirar.
Esses sintomas costumam melhorar em até 10 dias. Mas, dependendo da agressividade do vírus, podem evoluir para bronquite, pneumonia e, em casos mais graves, até matar.
Resfriado
Apesar de ser facilmente confundido com a gripe, o resfriado comum pode ser causado por mais de 200 vírus – sendo o rinovírus o mais frequente. De acordo com o Ministério da Saúde, os primeiros sintomas que surgem em um quadro de resfriado são: coceira no nariz, irritação na garganta, espirros e secreções nasais.
A doença também pode causar tosse, mal-estar, dor de ouvido e, geralmente em crianças pequenas, febre baixa. Dependendo do estado do sistema imunológico (forte ou enfraquecido) e a intensidade da congestão nasal, a infecção pode desencadear otite média, sinusite e crises de asma.
Gripe e resfriado: descubra a diferença entre os dois
Asma
A asma é uma doença inflamatória crônica que atinge as vias aéreas, por causa de uma hipersensibilidade dos brônquios. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a estimativa é que existam cerca de 20 milhões de brasileiros asmáticos.
Dificuldade para respirar, tosse, pulmão com chiado e sensação de aperto no peito são sintomas característicos de uma crise asmática. Eles podem surgir após a exposição a ácaros, fungos, pelos de animais de estimação, pólen, infecções virais (como gripe e resfriado), fumaça de cigarro, poluição e ao ar muito frio e seco. A asma não tem cura e pode ser causada por fatores genéticos e/ou ambientais.
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Pneumonia
A pneumonia é uma infecção que acomete os pulmões. É provocada por bactérias, vírus, fungos ou reações alérgicas. Existem alguns fatores que aumentam o risco de infecção e agravamento da doença, como tabagismo, alcoolismo, uso frequente de ar condicionado, resfriado não tratados corretamente, e mudanças bruscas de temperatura.
Os sinais da infecção são sérios e precisam de atenção redobrada, pois envolvem febre alta, dor no tórax, mudanças na pressão arterial, confusão mental, fraqueza, mal-estar generalizado, secreção com muco amarelado ou esverdeado e falta de ar. “Se o quadro se complicar, progredindo para insuficiência respiratória aguda grave, o paciente pode vir a falecer”, alerta Karina de Paula Bastos Santos, médica de Família e Comunidade na Sami.
Doenças respiratórias: as “ites” do inverno
Bronquiolite
A bronquiolite é uma infecção aguda nos bronquíolos, as ramificações mais finas dos brônquios. Na maioria das vezes, é causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Segundo diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria, esse vírus é responsável por 75% dos casos de bronquiolite e 40% dos casos de pneumonia durante seu período de sazonalidade – principalmente no inverno e início da primavera.
Entretanto, ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o adenovírus, o vírus parainfluenza, o influenza e o rinovírus também podem causar a doença. Os sintomas iniciais são semelhantes ao de um resfriado comum, como obstrução nasal, coriza e tosse. Mas podem evoluir para cansaço, chiado no peito e dificuldade para respirar.
Por causa das condições imunológicas, idosos e crianças menores de dois anos ou com algum fator de risco, como cardiopatia, prematuridade ou alterações pulmonares, são mais suscetíveis a contrair a infecção.
Bronquite
O nome dessa doença e o da anterior são bem parecidos; então, cuidado para não se confundir. Enquanto a bronquiolite é uma infecção dos bronquíolos, a bronquite é uma inflamação dos brônquios, vias que transportam o ar até o pulmão. Os principais sinais costumam ser tosse com muco, falta de ar, chiado no peito, febre baixa – geralmente quando a causa é viral – e cansaço.
A bronquite pode se manifestar de forma aguda (causada, na maioria das vezes, por infecções virais) ou crônica (desencadeada por agentes alérgicos, tabagismo ou refluxo gástrico). A bronquite também pode surgir como sintoma da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – responsável por obstruir as vias aéreas e dificultar a respiração, provocando falta de ar durante atividades simples do dia a dia, como trocar de roupa ou tomar banho.
Bronquite, sinusite e rinite: tudo sobre as “ites” do inverno
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Sinusite
Como o sufixo “ite” já indica, a sinusite também é decorrente de uma inflamação no sistema respiratório – especificamente nas mucosas dos seios da face, como ao redor do nariz e olhos e nas maçãs do rosto. Surge a partir do contato com vírus, bactérias, agentes alérgicos ou alterações nas mucosas, como a presença de “carne esponjosa”.
Os sintomas mais comuns são coriza, obstrução nasal com secreção amarelada ou esverdeada, dor e sensação de pressão no rosto, febre, redução do olfato, tosse e dor de cabeça. A duração depende do tipo de sinusite. Se for aguda, costumam passar em até quatro semanas. Já se for crônica, os sinais podem durar por mais de 12 semanas.
Rinite
Existem quatro tipos de rinite: a infecciosa, a alérgica, a crônica e a não alérgica. Todas indicam uma inflamação ou irritação da mucosa nasal. O que muda é a duração dos sintomas e o agente causador – que geralmente são vírus, bactérias, mudanças abruptas de temperatura ou fatores alérgenos, como mofo, ácaro, poeira, pelos de animais etc.
A rinite costuma provocar coriza excessiva, obstrução nasal, espirros consecutivos e coceira nasal. Pessoas com rinite alérgica ou crônica podem sofrer com esses sintomas por mais de três meses seguidos.
Faringite
A faringite é um nome dado à inflamação na faringe, parte superior da garganta responsável por ligar a boca e o nariz à laringe e ao esôfago. Ela pode ser causada por vírus, bactérias ou agentes alérgenos que atacam a região e causam vermelhidão, dor de garganta, coceira, dificuldade para engolir ou falar, voz rouca e, em alguns casos, febre e até mesmo nódulos doloridos no pescoço.
Se a faringite for bacteriana, há chances de a pessoa apresentar febre alta e secreção com pus na garganta. Os fatores de risco são parecidos com os de outras doenças respiratórias, como baixa imunidade, histórico de infecções respiratórias crônicas, e exposição à fumaça do cigarro. A idade também é um fator importante, já que tem maior incidência entre crianças e adolescentes.
Otite média aguda
Apesar de parecer não ter ligação com o sistema respiratório, uma das principais causas de otite média aguda são doenças respiratórias que se espalham para o ouvido. Então, o aumento da incidência dessas condições no inverno, consequentemente, aumenta os casos de otite.
Essa doença, assim como as outras, pode ser causada por vírus ou bactérias, que provocam inflamação e acúmulo de líquido no ouvido médio – localizado entre o ouvido externo e o interno. Isso resulta em dor de ouvido intensa, coceira, eliminação constante de secreção, tímpano avermelhado e perda temporária ou parcial da audição.
Tem ainda a otite externa, mais conhecida como dor de ouvido. Essa, porém, costuma ser causada por fungos e bactérias e é mais frequente no verão, por causa do contato recorrente com diferentes fontes de água.
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Como se proteger de doenças respiratórias?
Por terem agentes causadores em comum, como vírus, bactérias e alergias, o modo de prevenção dessas doenças respiratórias é bem parecido – consiste, basicamente, em impedir que os responsáveis por dar início às inflamações ou infecções entrem em contato com o organismo.
Para se proteger dos vírus, é importante lavar as mãos com frequência e desinfetar as áreas e objetos de toque, como maçanetas, corrimãos, mesas, entre outros. Evitar ambientes fechados e aglomerados também ajuda reduzir as chances de contrair doenças infecciosas.
Agora, para prevenir reações alérgicas, cuide da umidade do ar e mantenha os ambientes limpos e arejados. Afinal, tempo seco e lugares fechados favorecem o acúmulo e a disseminação dos principais gatilhos de alergia, como ácaros, poeiras e pelos de animais.
Independentemente do agente, ter um sistema imunológico forte é fundamental para prevenir infecções ou evitar que elas evoluam para casos mais graves. E hábitos como alimentação balanceada, prática regular e ativa de exercícios físicos e equilíbrio da saúde mental ajudam a fortalecer as defesas do organismo.