Início Saúde Aleitamento materno: mitos e verdades sobre o tema

Aleitamento materno: mitos e verdades sobre o tema

Autor

Data

Categoria

No Brasil, em 2020, mais de 54% dos bebês com até seis meses não tinham o leite materno como único alimento. O índice vem aumentando aos poucos nas últimas décadas, mas ainda é baixo – a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses de vida. 

Para conscientizar as populações acerca da importância do aleitamento materno, foi criado o “Agosto Dourado”, campanha não tão difundida quanto a de outros meses, mas de importância fundamental para a saúde da população. 

Segundo a última edição da publicação “Saúde da Criança”, do Ministério da Saúde (2015), nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças menores de 5 anos. “Segundo estudo de avaliação de risco, no mundo em desenvolvimento poderiam ser salvas 1,47 milhões de vidas por ano se a recomendação de aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado por dois anos ou mais fosse cumprida”.

Amamentar é ato de amor, é alimento, é riqueza. O leite materno possui substâncias capazes de diminuir o risco de alergias, diarréias, doenças respiratórias do bebê, entre outras. Mas a amamentação também é cercada de mitos, dúvidas, aflições e medos. Muitas mulheres se frustram por não contar com uma rede de apoio, com pessoas próximas que saibam da importância fundamental da amamentação. 

Nesse cenário de falta de informação, a atenção básica é fundamental para as jovens mães, que além dos desafios inerentes à maternidade, deparam-se com dificultadores sociais e profissionais. Ações educativas conduzidas por times de saúde multidisciplinares durante o pré-natal e a puericultura contribuem para o aumento dos índices de aleitamento.

A Dra. Danielle Lopez Pera, médica da Sami, operadora de saúde digital com foco em PMEs e MEIs, acredita que o olhar atento de um Time de Saúde para a mãe e o bebê durante este período ajuda a criar um vínculo maior e seguro. “Entender a realidade de vida da mãe, olhar mais do que pra saúde dela e da criança, mas também saber o tempo de licença, o tipo de trabalho, os aspectos sociais, psicológicos, são  parte de uma medicina que olha para o paciente por completo, e a partir disso consegue direcionar melhor, e muitas vezes salvar uma relação de amamentação”, conta a médica. 

É importante distinguir mitos e verdades sobre o assunto. Pedimos à Dra. Danielle para responder sobre alguns deles. Clique no link abaixo para ir direto ao mito (ou verdade) em questão, ou siga na leitura para ler todos!

  1. Quando o leite é fraco, o bebê chora porque a amamentação não basta.
  2. Existem mães que simplesmente não produzem leite
  3. Se a alimentação da mãe for ruim, o leite materno será fraco
  4. Algumas emoções atrapalham a produção de leite
  5. O bebê deve mamar em horários específicos
  6. Existe um tipo de parto melhor para o leite materno.
  7. Mamadeiras e chupetas prejudicam o aleitamento
  8. As mães também se beneficiam da amamentação
  9. Se a mulher engravidar tem que parar de amamentar
  10. Muita coisa que a mãe come dá cólicas no bebê
  11. Mulheres com mamoplastia não conseguem amamentar

Quando o leite é fraco, o bebê chora porque a amamentação não basta

Mito. O leite humano é um alimento completo para o bebê, contém todos os nutrientes com qualidade e quantidade certas que ele precisa para crescer e se desenvolver. Nos primeiros meses de aleitamento os bebês choram muito, pedindo leite com uma frequência maior do que a esperada pela maioria dos pais, e isso dá a sensação de que o leite materno não está sendo “forte” o suficiente. Mas não é isso. O que ocorre é que o estômago do bebê é muito pequeno nos primeiros meses, assim, cabe pouco leite a cada mamada.

O leite humano é uma solução viva e, além de nutrir e prevenir doenças, também contribui para o desenvolvimento do cérebro e da inteligência do bebê. Além disso, o leite materno é melhor absorvido e tem uma digestão mais rápida que o leite de vaca. Justamente por isso, bebês que são alimentados exclusivamente com o leite materno mamam mais vezes que os alimentados com o leite de vaca. 

Existem mães que simplesmente não produzem leite

Mito. A pouca produção de leite, na maioria dos casos, é uma percepção da mãe relacionada à insegurança sobre sua capacidade de amamentar. Do ponto de vista fisiológico, as chances de uma produção de leite insuficiente ou uma contraindicação médica à amamentação são raras. Então, do que depende o sucesso da amamentação? A posição e a “pega” do bebê são fatores determinantes para a produção adequada de leite, já que o maior estímulo à produção de leite materno é a sucção do bebê. Isso mesmo, quanto mais o bebê sugar, mais leite será produzido. Outros fatores também interferem nesse processo, como o volume de água consumido pela mãe, por exemplo. O ideal é que uma mãe amamentando consuma, em média, de 2 a 3 litros de água ao dia

Se a alimentação da mãe for ruim, o leite materno será fraco

Mito. Hábitos de vida saudáveis trazem, sem dúvidas, benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê, mas essa não é uma condição necessária para manter uma boa qualidade ou um estoque adequado de leite. O leite materno possui todos os elementos necessários para o desenvolvimento do bebê. A recomendação é de que o bebê seja amamentado até o sexto mês de vida exclusivamente com o leite materno. Nada de chás ou água, combinado? Dos seis meses em diante, apenas o leite materno não garante todos os nutrientes necessários ao crescimento e ao desenvolvimento da maioria dos bebês. Suas necessidades aumentam e, portanto, precisam de outros alimentos que complementam a amamentação. O leite materno, porém, ainda representa uma importante oferta de nutrientes e anticorpos que ajudam a criança a combater e se recuperar de episódios de doenças.

Algumas emoções atrapalham a produção de leite

Verdade. Caso a pessoa que amamenta passe por situações de nervosismo, a produção de leite pode diminuir, isto porque o hormônio adrenalina liberado em excesso bloqueia o hormônio ocitocina, que é um dos hormônios que influenciam na amamentação. O estresse pode influenciar na liberação de ocitocina, afetando a transferência de leite e o vínculo entre a mãe e o bebê.

O bebê deve mamar em horários específicos

Mito. Segundo o Ministério da Saúde, a recomendação é de que o bebê possa mamar sempre que ele pedir o peito, sem horários delimitados. E, ainda, para ajudar na amamentação, é importante atentar-se ao bebê para que ele mame até se satisfazer por completo.

Existe um tipo de parto melhor para o leite materno.

Mito. A via de parto não altera a qualidade do leite materno. Alguns estudos afirmam que o parto normal facilita o aleitamento na primeira hora de vida uma vez que, durante o trabalho de parto, a produção de ocitocina para o aumento da contratilidade uterina, estimula e ejeção do leite, facilitando assim o aleitamento.

Mamadeiras e chupetas prejudicam o aleitamento

Verdade. Ao sugar o peito, o bebê precisa fazer um esforço muito maior do que o de mamar na mamadeira, por isso, caso ele se acostume com a mamadeira ou chupeta, há o risco dele não se habituar mais para mamar no peito. Além disso, o esforço dos músculos para ele mamar no peito serão cruciais na mastigação e na fala.

As mães também se beneficiam da amamentação

Verdade. A amamentação auxilia o retorno do útero ao seu volume normal ajudando assim na transição pós parto. Amamentar também é um fator de proteção contra o câncer de mama e ovário. Ela funciona, se seguir algumas características específicas, como método contraceptivo nos primeiros seis meses de vida do bebê, chamamos isso de Método da Amenorréia Lactacional (LAM). Para isso, é necessário que o bebê esteja em aleitamento materno exclusivo (consumindo apenas leite materno 100% do tempo), sob livre demanda (ou seja, dar o peito sempre que o bebê pedir) e, por último, que a mãe não tenha menstruado ainda. Viu como amamentar é tudo de bom? Isso, sem mencionar em todos os benefícios psicológicos de diminuição da ansiedade e aumento da conexão mãe-bebê.

Se a mulher engravidar tem que parar de amamentar

Mito. Para a maioria das mulheres a gestação não contraindica a amamentação. Sendo uma gestação de baixo risco em uma mulher saudável, não há problemas em continuar amamentando. No entanto, nos casos de gestações de maior risco, como na pré-eclâmpsia, restrição do crescimento uterino ou ameaça de parto prematuro, suspendemos a amamentação precocemente. Essa avaliação deve ser feita caso a caso, então é importante conversar com seu time de saúde antes de tomar essa decisão.

Muita coisa que a mãe come dá cólicas no bebê

Mito. A “receita” do leite materno é sempre a mesma e independe da alimentação materna. Uma porcentagem bem pequena das proteínas circulantes na corrente sanguínea da mãe pode chegar ao leite materno, sendo insuficiente para causar uma reação intestinal no bebê, a não ser que ele já tenha sensibilidade a alguma proteína específica. É o que acontece quando o bebê tem alergia ao leite de vaca, por exemplo. Nesses casos, orientamos a mãe a restringir o consumo de leite e seus derivados.

Mulheres com mamoplastia não conseguem amamentar

Mito. As mulheres com mamoplastia não necessariamente terão problemas na hora de amamentar, no entanto, as cirurgias mamárias têm sido elencadas como uma das causas associadas à interrupção precoce da amamentação. Isso pode acontecer por problemas na produção e ejeção do leite, pois, dependendo da técnica cirúrgica utilizada, pode haver alteração da integridade e do funcionamento da mama. Antes de optar pela cirurgia converse com seu cirurgião plástico sobre os possíveis efeitos e riscos para a amamentação. 

A amamentação envolve o corpo da mulher, sua história de vida, sua relação com o(a) parceiro(a), a família, e o contexto onde vive. Não nascemos sabendo amamentar, é um ato a ser aprendido pelas mães e pelos bebês. Converse com seu time de saúde desde o pré-natal sobre as suas dúvidas, angústias, medos e inseguranças. E lembre-se que está tudo bem se houverem desafios no meio do caminho.

Procurando um bom plano de saúde para sua família? Vem pra Sami

Aqui na Sami, temos como missão oferecer saúde de qualidade por um preço justo.

Cada membro da Sami tem acesso ao seu próprio Time de Saúde, com médico pessoal e equipe de enfermagem que conhecem você de verdade e que fazem o cuidado coordenado da sua saúde junto com você e os especialistas necessários. Esse é o cuidado que você precisa durante sua gravidez e depois que a criança nasce.

Nossa rede credenciada, os Parceiros Clínicos da Sami, incluem opções de hospitais, maternidades, clínicas e laboratórios de qualidade, como Beneficência Portuguesa, Hospital 9 de Julho, maternidades Santa Joana e Santa Izildinha, laboratórios Labi, entre outros.

Por fim, sabemos que saúde é muito mais que a carteirinha do plano de saúde. Por isso, criamos a nossa Rede de Hábitos Saudáveis, com o aplicativo de academias e exercícios Gympass e outros benefícios exclusivos para o seu bem-estar.

Tem interesse? Clique no botão abaixo e faça uma cotação. Nossos planos são para MEI e PJ a partir de 1 pessoa nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Osasco, Taboão da Serra e no ABC, com preços a partir de R$ 172 por mês por pessoa.

Ei, RH! Quer economizar até30% no plano da sua empresa?

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

4 dicas para cuidar da saúde mental feminina no trabalho remoto

Dupla jornada, responsabilidades com a vida familiar e salário desigual são alguns dos motivos que levam a diagnósticos de distúrbios relacionados à...

Obesidade sem tabu ou gordofobia: tudo que precisamos saber

Em 4 de março é celebrado o dia mundial da obesidade, instituído pela OMS para conscientizar a todos sobre os riscos de...

IMC: entenda as faixas e o peso ideal

O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta utilizada na área da saúde para avaliar a relação entre peso e altura de uma pessoa e, assim, classificar seu estado nutricional em categorias.

Etarismo: o que é, impactos na vida do idoso e a importância da pirâmide etária

o etarismo se refere a estereótipos, preconceitos e discriminação direcionada às pessoas com base na idade que elas têm.

Pluralidade cultural: o papel do pluralismo nas empresas

A pluralidade é um tema importante nos dias atuais, onde as fronteiras entre as nações se tornam cada vez mais fluidas e o mundo cada vez mais globalizado.
Ei, RH!Já conhece o planode saúde com foco emretenção de talentos?
×