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Síndrome do edifício doente: o que é e quais são os sintomas

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Já teve a sensação de entrar em algum prédio e se sentir mal, com sintomas clássicos de alergia, por exemplo? Nariz irritado, coceira nos olhos, dor de cabeça e fadiga ao entrar em algum lugar podem apontar para a Síndrome do Edifício Doente (SED).

Apesar de ser pouco abordada, a SED foi reconhecida em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após comprovarem a morte de 34 pessoas e constatarem que 182 casos de contágio da bactéria Legionella Pneumophilia foram ocasionados pela contaminação do ar interno em um hotel na Filadélfia. 

Geralmente relacionada a falhas de climatização da construção, a síndrome também pode ser conhecida como síndrome do ar em espaços fechados e é possível que mais de 7 mil edifícios comerciais espalhados pelos estados mais movimentados do país estejam com esse problema. Mas o que é, de fato, a Síndrome do Edifício Doente?

  1. Síndrome do Edifício Doente: o que é
  2. Como identificar se um edifício é doente?
  3. O que causa a poluição interna?
  4. Síndrome do Edifício Doente: sintomas

Síndrome do Edifício Doente: o que é

De acordo com a OMS, a Síndrome do Edifício Doente (SED) pode ser definida quando ocorre um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados. Segundo estudos, estima-se que a SED acometa, pelo menos, 30% dos edifícios ao redor do mundo. 

Para ser considerado um edifício doente, 20% dos seus ocupantes precisam apresentar problemas de saúde relacionados à permanência no local, que são geralmente observados problemas relacionados à: alergias, asma, rinites, dores de cabeça, náuseas, fadiga, entre outros.

De acordo com um estudo feito pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), cerca de 42% dos estabelecimentos possuem contaminação por poluentes químicos e 52% apontam problemas de baixa temperatura e umidade. 

Como identificar se um edifício é doente?

É verdade que a maioria dos edifícios doentes são grandes construções que começaram a aparecer na década de 1970 e estão em uso até os dias atuais, bem como prédios que foram construídos por volta de 1930 e são utilizados principalmente por empresas do serviço público e que geralmente se encontram nos centos das cidades. 

No entanto, apesar de ser maioria, um prédio antigo não é regra para ser considerado um edifício doente. Portanto, podemos dizer que um edifício recentemente construído pode estar doente se estiver incluído nesses fatores citados, e não necessariamente ser antigo.

Além disso, a OMS destaca dos tipos de edifícios doentes, são eles:

  • Temporários: prédios recém-construídos e que estejam passando por uma remodelação ou que apresentam irregularidades, mas que serão ajustadas;
  • Permanentes: construções com erros de projetos, falta de manutenção ou que estão desatualizadas. 

Vale ressaltar que muitas doenças respiratórias podem ser provenientes de um edifício doente, apesar de muitos considerarem os problemas da poluição do ar. No entanto, se pararmos para analisar, o ser humano passa 90% do tempo em ambientes fechados. Só durante o período de trabalho, cerca de 8h são dentro de escritórios. 

Se o ambiente em que passa mais tempo for doente, é mais provável que seus sintomas sejam relacionados a fatores internos, e não externos. 

O que causa a poluição interna?

Existem diversos fatores que podem considerar um edifício doente e eles precisam ser analisados individualmente. No entanto, a localização do prédio, os materiais utilizados nas construções e o dia a dia de trabalho dos colaborados podem contribuir para a qualidade do ambiente. Veja os principais fatores:

Materiais de Construção

Fases de construção ou reforma podem ser gatilhos para o desenvolvimento da SED. Isso porque o uso de materiais tóxicos e de baixa qualidade podem ficar presentes no ar, prejudicando a sua qualidade. 

Além disso, outros compostos podem ser prejudiciais à saúde e estão presentes em tintas, massa corrida, cimento e material de limpeza.

Dia a dia dos colaboradores

Outro ponto importante de ser analisado é o dia a dia dos colaboradores. Tudo pode estar aparentemente correto, mas se falta manutenção no ar, uso de filtros inadequados, falta de renovação do ar e falta de ventilação, a Síndrome do Edifício Doente pode acontecer. 

Ambientes saudáveis precisam ter ventilação natural e artificial adequada, pouca ou nenhuma oscilação de temperatura, baixa umidade, limpeza adequada e por aí vai. 

Falta de manutenção no ar condicionado

Por falar em ar condicionado, poucos dão atenção correta à manutenção do aparelho. Você sabia que ambientes que utilizam sistema de climatização, como ar condicionados, são os que mais apresentam chance de desenvolver a síndrome? 

Para isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou padrões de referência para uso de ar condicionado em ambientes coletivos. 

Síndrome do Edifício Doente: sintomas

Os sintomas da Síndrome do Edifício Doente podem ser encontradas de maneira isolada ou combinada. Portanto, cada indivíduo pode apresentar sintomas variados. Em geral, os sintomas comuns de SED podem ser confundidos com doenças respiratórias e são divididos em quatro grupos: problemas nos olhos, manifestações cutâneas ou respiratórias e problemas gerais. Entre eles, os mais observados são:

  • Dor de cabeça;
  • Cansaço;
  • Irritação nos olhos, nariz e garganta;
  • Problemas cutâneos;
  • Dificuldade de concentração;
  • Rinite e outras doenças respiratórias;
  • Constipação nasal;
  • Secura na pele;
  • Alergias;
  • Tonturas ou vertigens;
  • Ardor nos olhos e lacrimejamento.

Mas vale ressaltar que nem todos os ocupantes do edifício doente vão apresentar os sintomas. Para identificar realmente a síndrome, é necessária uma investigação para diagnóstico correto. 

Agora que entendemos o que é a Síndrome do Edifício Doente e quais são os sintomas, queremos saber: você já conhecia a SED? Desconfia que está passando por esse problema? Uma consulta com um médico de família é ideal para diagnosticar e te auxiliar com esse problema. 

Aqui na Sami, nossos membros contam com um time de saúde completo e personalizado, que acompanha você em todo o processo, do diagnóstico à cura.

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