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Como retornar ao trabalho após uma crise de Burnout

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Quem nunca se sentiu sobrecarregado ao fim do expediente atire a primeira pedra. Mais cedo ou mais tarde, todo mundo acaba passando por isso. Em alguns casos, essa exaustão é tão forte que leva à Síndrome de Burnout, recentemente classificada como uma doença ocupacional. É momento de se afastar e se cuidar. Mas, e depois, como retornar ao trabalho após uma crise de Burnout?

Retomar a rotina, seja no mesmo emprego ou em uma nova oportunidade, nunca é fácil após uma crise de Burnout. Mas algumas atitudes podem tornar o seu retorno mais saudável. De preferência, sem estresse. 

Veja abaixo 5 dicas que a Sami traz para você voltar a trabalhar depois do burnout:

  1. Conheça os seus limites
  2. Não hesite em dizer ‘não’ quando necessário
  3. Respeite seus momentos de descanso
  4. Fuja da felicidade tóxica do mundo corporativo
  5. Ocupe-se com “atividades extracurriculares”

5 dicas para voltar a trabalhar após uma crise de Burnout

Conheça os seus limites

Tenha seus limites muito claros e jamais aceite mais do que você pode suportar, ainda mais após uma crise de Burnout. Trabalhe com calma e seja gentil consigo mesmo.

Com terapia, é possível desenvolver ainda mais o autoconhecimento, peça-chave na hora de identificar sinais de que algo pode não estar bem. Quanto mais você se conhece, mais rapidamente reconhece quando a quantidade de trabalho ultrapassou aquilo que você considera aceitável.

Uma pesquisa da Emory University School of Medicine, nos Estados Unidos, mostrou que a psicoterapia é uma ferramenta muito importante como parte dos tratamentos integrados de transtornos psicológicos.

Não hesite em dizer ‘não’ quando necessário

Não se sinta na obrigação de abraçar todos os projetos da empresa só para compensar o fato de ter ficado afastado por um tempo. No momento do retorno ao mercado de trabalho, é essencial que você se priorize e recuse qualquer possível ameaça ou gatilho que te leve outra vez ao Burnout.

Dizer “não” quando necessário não te torna um funcionário incompetente. Pelo contrário, ao dizer “não” a tarefas que poderiam extrapolar sua carga horária ou te sobrecarregar intelectualmente, você consegue estar inteiro para fazer o trabalho a que se propôs.

Provavelmente, a entrega será mais redonda e crescem as chances de que a empresa perceba e reconheça suas reais habilidades. E, principalmente, você estará satisfeito com a qualidade da sua atuação.

Respeite seus momentos de descanso

Ninguém pode trabalhar o tempo todo ou carregar toda a responsabilidade pelo que acontece no ambiente de trabalho. Você precisa descansar o seu corpo e a sua mente e ter consciência de que isso é um direito. Uma boa ideia é ficar literalmente “off” nos momentos extra-expediente. Feche o notebook,  não verifique seu  e-mail corporativo e não acesse os grupos de trabalho no celular. 

Se você trabalha por conta própria pode ser bem difícil se desligar. Nesses casos, é comum a gente acreditar que não estar disponível 24 horas pode levar o cliente a desconfiar do nosso comprometimento. Também acontece de estarmos sempre alertas à espera de um contato que traga a perspectiva da conquista de um novo cliente. 

Mas não tem jeito. Se você está saindo de uma crise de Burnout, precisa rever essas atitudes. Respeitar o seu momento de descanso é o caminho mais acertado para evitar uma recaída que pode te deixar ainda mais tempo fora de combate.

Fuja da felicidade tóxica do mundo corporativo

A ideia de não se deixar abater nunca e viver num estado de alegria ininterrupta tem um nome que tem se tornado bastante conhecido no mercado de trabalho: positividade tóxica. É tóxica porque esse tipo de atitude não é produtiva. 

Um estudo publicado no International Journal of Psychotherapy Practice and Research mostrou que esconder e reprimir emoções pode  aumentar o estresse emocional. Por isso, fuja de buscar esse tipo de felicidade perene no retorno ao trabalho após uma crise de Burnout. 

Em vez disso, se desafie a buscar o autoconhecimento para saber como lidar com sensações ruins, em vez de tentar maquiá-las. 

Ocupe-se com “atividades extracurriculares”

Que tal dançar, aprender um idioma, praticar um esporte que admira ou participar de um grupo de pedal que circula por trilhas em meio à natureza? Quando a gente não tem nenhuma “atividade extracurricular”, é tentador manter a mente no trabalho mesmo fora do horário do expediente.

Mas lembre-se que essa atividade é um hobby e, ao menos nesta retomada pós Burnout, deve ser mantida como tal. Não adianta começar a fazer aulas de mandarim no início do ano e já calcular quanto tempo vai levar para ficar fluente na língua. Aprenda pelo prazer. Se, naturalmente, esse vier a ser um idioma para botar no currículo, ok. Mas não faça disso uma obrigação. Isso vale para as outras atividades. Não precisa sonhar com Olimpíadas nem já comprar passagem para o Tour de France. Divirta-se, apenas divirta-se. 

Lendo parece fácil, mas a gente sabe que não é. A Síndrome de Burnout é coisa séria e tem muita gente sofrendo com os sintomas e os efeitos a longo prazo gerados pelo transtorno. Por isso, tenha sempre em perspectiva a boa notícia de que você já passou pelo pior e está no momento de retomada da vida profissional. Esse retorno tende a ser mais tranquilo se você todos os dias se lembrar de que a sua saúde e o seu bem-estar devem ser a sua prioridade.

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