Início Artigos Quando e por que fazer reposição hormonal?

Quando e por que fazer reposição hormonal?

Autor

Data

Categoria

Entre os 45 e 55 anos, com a chegada da menopausa, é comum que as mulheres comecem a apresentar um déficit hormonal. A maioria delas, porém, acaba não se dando conta de que isso está acontecendo, porque os sintomas podem ser facilmente associados a outros fatores, como o cansaço e o estresse comuns em um dia agitado, por exemplo. 

O bom é que, atualmente, é possível realizar uma reposição hormonal por meio de tratamentos clínicos, evitando assim possíveis complicações na saúde. Dar atenção aos sinais de alerta da menopausa e fazer acompanhamento regular com seu time de saúde é essencial para garantir seu bem-estar e ter uma rotina saudável.

Neste artigo, vamos explicar melhor como funciona a reposição hormonal e como identificar quando é preciso fazê-la, além de outros pontos importantes sobre o assunto. Confira:

  1. O que é reposição hormonal? 
  2. O que acontece se eu não fizer reposição hormonal?
  3. Sinais de que você precisa repor hormônio na menopausa
  4. Como fazer reposição hormonal?
  5. Reposição hormonal natural
  6. Qual a relação entre reposição hormonal e osteoporose?

O que é reposição hormonal?

Conhecida também como TRH, a reposição hormonal é um tratamento usado para repor os níveis de hormônios que estão baixos no organismo. Embora esse tipo de reposição possa ser indicada em diferentes casos, como em distúrbios sexuais ou problemas com a tireoide ou perda óssea, o mais comum é na menopausa, período da interrupção natural da menstruação

Um dos objetivos principais da reposição hormonal é aliviar os sintomas trazidos pela menopausa, como secura vaginal, cansaço em excesso e ondas fortes de calor. No entanto, não são todas as mulheres que podem realizar esse tratamento. 

Por isso, somente um profissional da saúde consegue recomendar o que deve ser feito e por quanto tempo deve durar a reposição hormonal feminina. Até mesmo porque existem alguns fatores que precisam ser levados em consideração, como o estado atual de saúde da paciente, a idade e os sintomas.

O que acontece se eu não fizer a reposição hormonal?

Bom, como a reposição hormonal trata-se de um tratamento recomendado para pessoas que têm deficiência de hormônios, quando os níveis hormonais estão baixos, existe o risco do corpo desenvolver alguns problemas de saúde, principalmente cardiovasculares. A deficiência de estrogênio, por exemplo, ainda leva a:

  • Desregulação da temperatura corporal com ondas de calor e suores noturnos;
  • Insônia;
  • Atrofia vaginal, resultando em relações sexuais secas e dolorosas;
  • Diminuição da libido;
  • Fadiga;
  • Depressão
  • Atrofia e ressecamento da pele;
  • Aumento das rugas;
  • Atrofia do tecido mamário;
  • Incontinência urinária.

Segundo um estudo disponibilizado nos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, a deficiência de hormônios decorrentes da menopausa também está associada a sintomas vasomotores e de declínio cognitivo, assim como a um risco aumentado de desenvolver doenças crônico-degenerativas, aterosclerose, osteoporose e doença de Alzheimer.

Sinais de que você precisa repor hormônio na menopausa

É muito comum que mulheres na menopausa precisem de reposição hormonal mas não saibam disso. Isso acontece porque os sinais podem ser leves, como:

  • Alteração no apetite;
  • Problemas de digestão;
  • Excesso de cansaço;
  • Surgimento de acnes;
  • Alterações no humor;
  • Mudança na libido.    

Para quem realmente está com carência de hormônios no corpo, mas não quer fazer a reposição hormonal feminina, os riscos de desenvolver problemas de saúde (como citamos anteriormente) é alto. Mas tudo irá depender do seu estado de saúde; por isso, o ideal é conversar com um profissional da saúde para encontrar a melhor solução. 

Como fazer reposição hormonal?

A reposição hormonal pode ser feita por meio de medicamentos via oral ou parental. Para definir o tratamento, é preciso considerar o tipo de hormônio e a via de administração. Entenda: 

Tipos de hormônios

Entre os mais usados estão os estrogênios e os progestágenos (forma sintética da progesterona). Tem ainda os androgênios e os fitoestrogênios – esses, porém, são empregados em situações mais específicas.

Vias de administração

Via oral: há mais facilidade na administração, pois é fácil de ajustar a dose ou fazer uma interrupção, quando necessário. 

Via parental: este meio tem como maior vantagem uma boa aceitação pelo organismo, além de apresentar uma absorção hormonal uniforme. Entre elas está a transdérmica (na apresentação de adesivos ou gel), implantes subcutâneos, nasal, vaginal ou intra-uterina (DIU).

É muito importante que durante o tratamento a paciente faça consultas clínicas periódicas para acompanhar o tratamento e determinar a alteração de dose, continuação ou suspensão da medicação. 

Reposição hormonal natural

Já falamos das maneiras sintéticas de fazer a reposição, mas será que é possível fazer reposição hormonal de forma natural? Vamos lá: de fato existem alguns componentes de origem vegetal, como alimentos e chás, que são ricos em flavonóides e têm efeitos similares aos hormônios sintéticos, como a soja, a erva-de-são-cristóvão, o agnocasto, as folhas de amoreira negra e a salva.

Contudo, ainda não existem estudos suficientes que comprovem que a reposição hormonal natural tem a mesma ação eficaz e prolongada na melhora dos sintomas da menopausa que os tratamentos convencionais. Por isso, qualquer decisão referente ao tratamento que será seguido deve ser tomada junto com o time de saúde.

Qual a relação entre reposição hormonal e osteoporose?

Você sabia que a reposição hormonal é benéfica na prevenção e no tratamento de osteoporose? Em outro estudo, também disponibilizado pelos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, a terapêutica de reposição hormonal (TRH) utilizada logo após a menopausa e durante 10 anos, se mostrou eficaz na redução de até 50% da incidência de fraturas osteoporóticas. 

No entanto, mais do que a ação preventiva, é comprovado o aumento da massa óssea associado ao uso de TRH a longo prazo. Mesmo em mulheres com osteoporose estabelecida, o risco de fratura vertebral também é reduzido em 50%.

Por isso, além de evitar possíveis problemas de saúde e aliviar os sintomas da menopausa, a reposição de hormônios também é uma forte aliada em casos de osteoporose. Não deixe que a baixa hormonal atrapalhe a sua qualidade de vida!

Ei, RH! Quer economizar até30% no plano da sua empresa?

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

4 dicas para cuidar da saúde mental feminina no trabalho remoto

Dupla jornada, responsabilidades com a vida familiar e salário desigual são alguns dos motivos que levam a diagnósticos de distúrbios relacionados à...

Obesidade sem tabu ou gordofobia: tudo que precisamos saber

Em 4 de março é celebrado o dia mundial da obesidade, instituído pela OMS para conscientizar a todos sobre os riscos de...

IMC: entenda as faixas e o peso ideal

O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta utilizada na área da saúde para avaliar a relação entre peso e altura de uma pessoa e, assim, classificar seu estado nutricional em categorias.

Etarismo: o que é, impactos na vida do idoso e a importância da pirâmide etária

o etarismo se refere a estereótipos, preconceitos e discriminação direcionada às pessoas com base na idade que elas têm.

Pluralidade cultural: o papel do pluralismo nas empresas

A pluralidade é um tema importante nos dias atuais, onde as fronteiras entre as nações se tornam cada vez mais fluidas e o mundo cada vez mais globalizado.
Ei, RH!Já conhece o planode saúde com foco emretenção de talentos?
×