Algumas dietas ganham mais popularidades que outras, como é o caso do jejum intermitente. Popularizado e adotado por diversas influencers nas redes socais, a dieta promete perda de peso rápida e outros benefícios para o corpo.
Mas será que ela pode trazer riscos à saúde? Preocupados com as consequências da popularização do jejum intermitente, elaboramos um guia para você conhecer mais a fundo esse plano alimentar.
- O que é jejum intermitente?
- Quais os benefícios do jejum intermitente?
- Quais são os perigos do jejum intermitente?
- O jejum intermitente faz mal?
O que é jejum intermitente?
Basicamente, o jejum intermitente alterna períodos de jejum e uma alimentação balanceada. Apesar de ser conhecido por uma dieta, ele está mais para uma estratégia alimentar que consiste em passar um período, geralmente de 12 a 36 horas, sem nenhum tipo de alimento.
Parece engano, mas é isso mesmo que você leu: medidas extremas pedem um dia e meio de restrição à alimentos. Para muitos o objetivo é o emagrecimento, pois, de acordo com estudos, o jejum intermitente favorece a utilização dos estoques de gordura acelerando a perda de massa gorda.
Esse plano alimentar pode ser feito diariamente ou somente em alguns dias da semana, vai depender de cada indivíduo e seu histórico com a alimentação. Durante o período da estratégia, algumas janelas de alimentação leves são permitidas. Além disso, líquidos que não possuem calorias, como chá, água e café sem açúcar podem ser consumidos dentro ou fora dessa janela.
Existem diferentes maneiras de seguir o jejum intermitente, mas os três métodos abaixo são os mais conhecidos:
Método LeanGains: consiste no jejum de 16 horas para homens, com janela de alimentação de 8 horas e 14 horas para mulheres, com janela de alimentação de 10 horas. Só é permitido água, café sem açúcar e chá fora da janela de alimentação.
Comer, Parar, Comer: são 24h em jejum uma ou duas vezes na semana. Apenas é permitido líquidos sem açúcar durante a restrição.
Dieta do Guerreiro: nesse tipo de jejum, o indivíduo fica 20 horas sem comer (incluindo o sono), mas com uma janela de alimentação de apenas quatro horas. Durante esse período, é necessário fazer uma refeição bem reforçada. Além disso, na dieta do guerreiro, frutas e vegetais crus são permitidos.
Ao deixar de ingerir alimentos por um período consideravelmente grande, nosso corpo acaba usando as reservas de emergência e assim acontece a perda de peso. Criadores do método afirmam que o jejum intermitente reduz o risco de doenças no coração, níveis do colesterol ruim (LDL) e inflamações. De acordo com estudos, os benefícios foram confirmados em ratos, mas ainda não testados e comprovados em seres humanos.
Quais os benefícios do jejum intermitente?
Algumas pesquisas e praticantes do jejum intermitente afirmam que o jejum pode trazer benefícios à saúde quando feitos e indicados da forma correta. Entre os benefícios, estão:
Regular o nível de colesterol e gordura no sangue: isso acontece devido a alimentação realizada antes e após o jejum, que precisa ser pobre em gorduras, açúcar e carboidrato. Para as refeições do jejum intermitente é fundamental que os alimentos sejam ricos em fibras, que favorecem a eliminação do excesso de gordura.
Prevenir diabetes: devido ao baixo consumo de açúcar durante o período do jejum intermitente, a estratégia auxilia no equilíbrio da glicose no sangue.
Emagrecimento: por incentivar o organismo a usar a reserva de gordura, o jejum intermitente emagrece.
Desintoxica o organismo: ao consumir apenas alimentos ricos em fibras e sem gordura e açúcar, bem como beber bastante água, nosso intestino consegue reequilibrar a flora intestinal e melhorar o metabolismo.
Melhora da pele: ao ser adaptado para a rotina de skincare, é possível deixar a pele desintoxicar e “respirar” sem incluir nenhum produto ou ativo na pele aliado à dieta. Isso inclui restringir maquiagens, ácidos, séruns, hidratantes e outros. Somente a proteção solar e sabonete estão liberados para uso durante o período do jejum intermitente para a pele.
Quais são os perigos do jejum intermitente?
Existem alguns perigos ao aderir ao jejum intermitente quando não for indicado por um profissional especializado. Seus perigos em indivíduos com saúde debilitada e sem a necessidade desse tipo de dieta pode ser grave e merece atenção.
Portanto, é importante ressaltar que esse tipo de estratégia é contraindicado em qualquer situação de doença, como: anemia, diabetes, hipertensão ou pressão baixa e insuficiência renal. Casos mais delicados relacionados à alimentação em adultos também são contraindicados para seguir a dieta restritiva, entre eles pessoas com histórico de bulimia ou anorexia. Além disso, crianças também não são aconselhadas a seguir esse tipo de dieta.
Pessoas saudáveis e sem histórico de doenças crônicas ainda precisam procurar um médico especialista para avaliar a real necessidade de aderir ao jejum intermitente. Para isso, é necessário um check-up completo na saúde, com exames e avaliação de glicemia.
O jejum intermitente faz mal?
Apesar de muitos adeptos ao jejum intermitente afirmarem os benefícios que observaram após começar com o jejum intermitente, é importante ressaltar que a maioria dos médicos, como nutricionistas, endócrinos e nutrólogos afirmam que esse tipo de estratégia faz mal ao organismo.
Especialistas afirmam que o emagrecimento que acontece devido ao jejum intermitente não é saudável e pode ter efeito rebote: quando o corpo, ao ser privado por longos períodos de alimentação, tenta reter ao máximo toda gordura possível, resultando em uma redução do metabolismo.
No entanto, muitas pessoas afirmam que emagreceram, e agora? Isso acontece devido a perda muscular. O peso menor na balança não é relativo à eliminação da gordura, mas à deficiência de vitaminas.
Além disso, o jejum intermitente facilita a queda de pressão, desmaios, crises de hipoglicemias e câimbras devido à falta de vitaminas. Alguns, para driblar esse problema, incluem suplementos na dieta restritiva. No entanto, ainda assim, os suplementos vitamínicos não são capazes de fornecer toda proteína e carboidratos necessários para que o organismo funcione da maneira correta.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para um corpo funcionar de maneira saudável, um indivíduo adulto precisa consumir cinco refeições diárias equilibradas e planejadas de acordo com o uso individual de energia.