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Fevereiro Colorido: como se proteger das infecções sexualmente transmissíveis?

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*Atualizado em 02 de fevereiro de 2024

Quando falamos de infecções sexualmente transmissíveis (IST), nos deparamos com números assustadores e alarmantes. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 374 milhões pessoas são infectadas por ISTs por ano. 

De acordo com a OMS, entre as infecções mais comuns e curáveis estão a clamídia, a gonorréia, a sífilis e a tricomoníase. E não pense que é fácil identificar essas condições a olho nu. Pelo contrário! Em muitos casos, elas podem ser assintomáticas.

Por isso, já vale o alerta: essas infecções podem afetar qualquer pessoa que tenha uma vida sexual ativa, independentemente da sua faixa etária, orientação sexual, situação financeira, etc. Então, é fundamental saber como se prevenir, quais são os riscos de contrair essas condições e a importância de detectá-las precocemente e tratá-las.

O Fevereiro Colorido surgiu justamente com esse intuito de potencializar a conscientização sobre as ISTs. Pensando nisso, reunimos as principais informações sobre as infecções sexualmente transmissíveis que mais atingem a população. Quer entender tudo sobre como mantê-las bem longe de você? Vem com a gente!

Neste conteúdo, vamos falar sobre:

  1. O que é IST?
  2. Diferença entre DST e IST
  3. IST: sintomas e como identificar
  4. Quais são as principais infecções sexualmente transmissíveis
  5. Procurando um bom plano de saúde? Vem pra Sami!

O que é IST?

IST é a abreviação de infecção sexualmente transmissível. Segundo a OMS, existem mais de 30 bactérias, vírus e parasitas diferentes que podem ser transmitidos através do contato sexual sem proteção, isto é, sem camisinha masculina ou feminina. E isso inclui sexo vaginal, anal e oral. 

No entanto, há pessoas que podem já nascer com IST, pois algumas dessas condições (como o HIV, por exemplo) podem ser transmitidas durante a gestação, no parto ou na amamentação. 

Atualmente, existem oito patógenos de maior incidência no mundo todo. Destes, quatro são curáveis e podem ser eliminados completamente do organismo: sífilis, a gonorréia, a clamídia e a tricomoníase. Os outros quatro, porém, são infecções virais incuráveis: hepatite B, herpes, HIV e vírus do papiloma humano (HPV).

Diferença entre DST e IST

A diferença está apenas na nomenclatura. Antes, essas condições eram classificadas como doenças sexualmente transmissíveis (DST). Porém, esse termo foi substituído por infecções sexualmente transmissíveis (IST), pelo fato de que uma pessoa pode possuir a infecção e mesmo assim não apresentar sintomas. Por exemplo: nem todo mundo que tem o vírus HIV necessariamente desenvolve a doença AIDS. 

IST: sintomas e como identificar

Algumas infecções, como dito anteriormente, podem ser assintomáticas. Por isso, é bem importante ter um diálogo aberto e sincero com quem você costuma se relacionar sexualmente. 

O Time de Saúde da Sami está preparado para realizar o diagnóstico correto e direcionar o tratamento mais adequado – além de dar dicas sem preconceitos e livre de julgamentos sobre como se prevenir.

Agora, falando sobre sintomas, eles variam de acordo com a IST, podendo incluir coceira e ardência na região genital, corrimento, dor ao urinar, odor forte, lesões na pele e mais.

Quais são as principais infecções sexualmente transmissíveis

A seguir, listamos as principais IST (entre as curáveis e não curáveis) com suas respectivas formas de diagnóstico, prevenção e sintomas. Veja:

1. Sífilis

Muito comum e com danos graves a longo prazo, a sífilis é curável. No entanto, pode apresentar diferentes estágios de manifestação, que se dividem em primário, secundário, latente e terciário.

A sífilis é exclusiva do ser humano e pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha ou passada da mãe para o bebê durante a gestação ou parto. Durante os períodos primário e secundário a possibilidade de transmissão aumenta consideravelmente.

Caso não seja tratada, a sífilis pode, ainda, causar graves complicações, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas. Pode, inclusive, levar à morte.

Vamos entender os estágios:

  • Sífilis primária

É uma ferida no local de entrada da bactéria, podendo aparecer no pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus ou boca. Essa ferida costuma aparecer entre 10 e 90 dias após o contato com a infecção, e é chamada de cancro duro.

Mas atenção: a ferida desaparece sozinha, independente do tratamento, o que não significa cura da infecção. Além disso, a ferida não dói, não coça, não arde e não tem pus e nem sempre acompanha ínguas na virilha.

  • Sífilis secundária

Depois da cicatrização da ferida, outros sintomas podem aparecer pelo corpo. Esse estágio é conhecido como secundário e acontece entre seis semanas e seis meses depois da ferida cicatrizada.

Podem surgir algumas manchas na pele, geralmente na palma da mão e na planta dos pés. Essas lesões também são ricas em bactérias. Além das lesões, podem aparecer febre, mal-estar e dor no corpo.

Outro ponto que devemos ter atenção é que as lesões, assim como as feridas, também desaparecem independente do tratamento, o que não significa cura da infecção.

  • Sífilis latente

Esta fase também é bastante perigosa, pois não aparecem sintomas ou sinais, mas ainda pode ser transmitida.

  • Sífilis terciária

Neste estágio, que pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção, surgem lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Como é feito o diagnóstico de sífilis?

Existe um teste rápido de sífilis e está disponível em qualquer unidade de saúde do Sistema Único de Saúde. Fica pronto em, no máximo, 30 minutos. Além disso, exames semelhantes podem ser realizados nos laboratórios da rede do seu plano de saúde, como a detecção através do exame de sangue.

Como prevenir?

A maneira mais simples e eficaz de prevenir essa infecção é usando camisinha feminina ou masculina, bem como a testagem e acompanhamento de gestantes durante o pré-natal.

2. HIV

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) ataca o sistema imunológico, que tem como responsabilidade defender o organismo.

A primeira fase é chamada de infecção aguda, que vai de três a seis semanas. Os primeiros sintomas se parecem com os sintomas da gripe, como febre e mal-estar geral, e podem ser facilmente confundidos e, muitas vezes, passarem despercebidos.

Depois dessa fase, acontece uma forte interação entre as células saudáveis do corpo com o vírus, a fim de enfraquecer o organismo. Esse período pode durar anos e não apresentar sintomas.

Com a destruição quase completa das defesas do corpo, outras doenças conseguem se instalar com facilidade. É quando a pessoa começa a apresentar diversas infecções de forma recorrente, das mais simples, como gripes e otites, até as mais complexas, como pneumonia – mas todas ficam mais difíceis de tratar do que o normal.

Como é feito o diagnóstico de HIV?

O diagnóstico acontece por meio do teste anti-HIV, feito a partir de amostras de sangue ou de fluido oral. É possível encontrar testes rápidos nas unidades de saúde do SUS gratuitamente.

Como prevenir o HIV?

A transmissão do HIV acontece por relações não protegidas, ou seja: sem o uso da camisinha. Bem como por transfusão de sangue contaminado, instrumentos contaminados que furam ou cortam, uso de seringas compartilhadas e de mãe para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação.

Infelizmente, ainda existe muito preconceito em relação ao HIV. Portanto, é importante ressaltar que sexo com camisinha não transmite, assim como beijos, suor ou lágrima, aperto de mão ou abraço. Também não há risco em compartilhar sabonete, toalha, lençóis, talheres e copos.

3. Hepatite B e C

As hepatites B e C são inflamações no fígado causadas por vírus. Geralmente, são silenciosas e acabam sendo descobertas em estágios mais avançados, causando cirrose ou câncer.

Existe uma diferença no contágio das duas hepatites. Ambas podem ser transmitidas por: relação sexual sem camisinha; transfusão de sangue contaminado; objetos de uso pessoal, como lâmina de barbear, seringas e agulhas (inclusive agulhas para fazer tatuagens) contaminadas; instrumentos de manicure, como alicates, espátula de cutícula e pinça, não esterilizadas adequadamente. 

A diferença, porém, é que a hepatite B pode ser transmitida durante o parto ou pela amamentação, enquanto a hepatite C também é passada durante o parto, mas a amamentação é segura e não transmite a condição. 

É mais comum que elas sejam assintomáticas, mas podem aparecer sinais como cansaço, dor abdominal, enjoo ou vômito, febre, tontura e icterícia.

Como é feito o diagnóstico?

A detecção dessa infecção ocorre através de exame de sangue e está disponível gratuitamente em qualquer unidade básica de saúde.

Como prevenir?

A prevenção acontece com uso da camisinha durante atos sexuais, não compartilhar seringas e objetos de uso pessoal e buscar locais seguros para fazer as unhas e tatuagens, certificando sempre que os materiais são esterilizados adequadamente.

4. Gonorreia e clamídia

Causadas por bactérias e geralmente associadas, a gonorreia e clamídia causam infecções que atingem órgãos genitais, ânus, garganta e olhos. O sinal mais comum visto em mulheres é o corrimento vaginal com dor. Já nos homens, é o corrimento com dor ao urinar.

Quando não tratadas, essas infeções podem causar Doença Inflamatória Pélvica (DIP), infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos.

Como é feito o diagnóstico?

Exames ginecológicos de rotina conseguem detectar a presença dessas infecções. Segundo a Organização Mundial da Saúde, na presença de qualquer sinal ou sintoma, é necessário procurar um médico para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento com antibiótico.

Como prevenir?

Por ser transmitida sexualmente, a melhor prevenção é o uso de preservativo.

Procurando um bom plano de saúde? Vem pra Sami!

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Cada membro da Sami tem acesso ao seu próprio Time de Saúde, com médico pessoal e equipe de enfermagem que conhecem você de verdade e fazem o cuidado coordenado da sua saúde junto com você e os especialistas necessários. Aqui, cuidamos da sua saúde, não da sua doença.

Nossa rede credenciada, os parceiros clínicos da Sami, incluem opções de hospitais com acreditações internacionais, maternidades, clínicas e laboratórios de qualidade.

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