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Exame de sangue: entenda o que significa cada marcador

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Se na sua última consulta o médico pediu exame de sangue, ele provavelmente busca averiguar alguns indicadores da sua saúde com base em sintomas que você tenha relatado. 

Logo, o indicado é que o médico tenha acesso aos laudos assim que os exames estiverem prontos, possa interpretá-los e diagnosticar possíveis doenças. A verdade, no entanto, é que poucos de nós resistem à curiosidade de dar aquela olhadinha nos resultados antes mesmo da consulta de retorno.

Depois da espiadela, via de regra, temos duas reações: não entendemos quase nada do que vimos e, mesmo assim, alimentamos preocupações que podem nos tirar o sono até que aconteça a volta ao consultório médico.

Neste artigo, vamos explicar sobre alguns dos principais marcadores de um exame de sangue para que você esteja mais informado quando decidir abrir o envelope do laboratório. Mas nosso objetivo é mais do que esse. Quanto mais você conhece sobre seu corpo, maior a chance de você cuidar bem dele, o que envolve boa alimentação e prática de atividade física. Aliás, esses dois pontos são responsáveis por manter vários dos indicadores dentro do limite.

Exame de sangue ou hemograma?

Antes de detalharmos cada indicador, é importante termos em mente que apesar de parecerem sinônimos, exame de sangue e hemograma não são exatamente a mesma coisa. O hemograma é um dos tipos de exame de sangue, mas um exame de sangue pode ainda avaliar outros indicadores, como o colesterol, glicose e ureia, como detalhado abaixo.

Principais indicadores do exame de sangue

Hemograma

Avalia quantidade e qualidade dos três principais grupos de células do sangue: as plaquetas (modulam a coagulação), as hemácias (contêm hemoglobina e transportam oxigênio) e os leucócitos (ajudam no combate a infecções). 

Níveis baixos de glóbulos vermelhos podem indicar anemia, doenças renais e deficiência de ferro, por exemplo. Já os glóbulos brancos são analisados em cinco diferentes tipos de células. Níveis desregulados de cada um deles podem indicar diversas condições infecciosas. 

As plaquetas têm um papel fundamental de dar início ao processo de coagulação do sangue. Níveis muito altos podem indicar tendências a desenvolver coágulos, enquanto níveis muito baixos podem aumentar o risco de sangramentos.

Colesterol

Apesar da fama de malvado, o colesterol é um tipo de gordura que desempenha funções importantes para o organismo, como a produção de hormônios, estruturação das paredes das células e do sistema nervoso central.

Cerca de 75% do colesterol é produzido pelo próprio organismo, principalmente pelo fígado, e o restante é adquirido por meio da alimentação.

Para que o colesterol consiga circular no sangue, recebe o auxílio de duas lipoproteínas: LDL e HDL. 

HDL: é o “colesterol bom”, que retira o excesso de colesterol da circulação e leva para o fígado, que se encarrega de eliminá-lo. Por isso, quanto mais alto estiver, melhor.

LDL: é o “colesterol ruim”, pois transporta o colesterol para os tecidos e facilita o acúmulo de gordura nas paredes internas das artérias. Por isso, no exame de sangue, quanto mais baixo estiver, melhor. Quando em níveis acima do parâmetro, pode obstruir os vasos e causar doenças como AVC e infarto.

Triglicerídeos

Triglicerídeos são tanto as gorduras produzidas pelo corpo quanto as obtidas por meio da alimentação. Níveis elevados podem sinalizar perigo de doenças cardíacas e inflamações, como no pâncreas.

Glicemia/glicose

O teste de glicemia mede os níveis de glicose (açúcar) no sangue, indicando a presença de diabetes e outras alterações do metabolismo. Para confirmar diabetes, o médico pode solicitar outros exames, como o exame de hemoglobina glicada e exame de tolerância à glicose. 

TSH e T4 livre

Se o médico pedir exames de TSH e T4 Livre, ele certamente precisa investigar o funcionamento da sua tireoide, órgão que regula e controla o metabolismo do corpo. Os problemas mais comuns detectados por esses indicadores são o hipertireoidismo e o hipotiroidismo

TGO e TGP

TGO e TGP são duas das principais enzimas que têm como função metabolizar proteínas. Os nomes completos dessas enzimas são verdadeiros palavrões: transaminase oxalacética (TGO) e transaminase pirúvica (TGP). As alterações nos níveis de TGO e TGP são normalmente indicativas de lesões no fígado, o que pode acontecer devido à hepatite, cirrose ou presença de gordura no fígado.

VHS

O exame de velocidade de hemossedimentação, também chamado de VHS, é feito com o objetivo de avaliar se está acontecendo alguma inflamação ou infecção. A determinação da VHS não tem finalidade diagnóstica; e vários tipos de problemas de saúde podem causar um aumento no resultado. Por isso, normalmente, o médico solicita o exame de VHS junto do hemograma e da dosagem da proteína C reativa (PCR). 

Proteína C-reativa (PCR)

Essa proteína aparece quando apresentamos quadro inflamatório no organismo. Este exame não aponta exatamente qual a inflamação ou infecção a pessoa possui, porém um aumento nos seus valores indica que o corpo está combatendo algum agente agressor. O exame de Proteína C-reativa (PCR) também pode ser usado para avaliar o risco de uma pessoa desenvolver doenças cardiovasculares. Quanto mais alta, maior o risco deste tipo de doenças. 

PSA

Os homens são familiarizados com o exame de PSA pois é ele que mede a elevação da proteína que causa infecções e câncer na próstata. O valor medido no exame indicará a presença e o aumento da próstata. A depender do resultado, pode ser solicitada ainda uma biópsia. 

Urocultura 

A urocultura é o exame para o diagnóstico de infecções urinárias, que podem ser na bexiga, nos rins ou na uretra. Ele é essencial para a identificação da bactéria que está causando a infecção no organismo para o uso do antibiótico adequado ao problema

Ureia e creatinina 

Os indicadores de ureia e creatinina dizem respeito à função e problemas nos rins. A partir dos resultados é possível identificar o volume de sangue filtrado nos rins por minuto. O resultado é importante para identificar e prevenir problemas como hipertensão, diabetes, infecção urinária e cálculos renais.

CPK 

CPK é a sigla para a creatinofosfoquinase, uma enzima presente nos músculos e em outros lugares do corpo, como o cérebro, o pulmão ou o coração. O exame de CPK permite que sejam avaliados os níveis dessa enzima. Quando elevada, pode ser um marcador de infarto do miocárdio, miocardite, hipertermia e distrofia muscular. Quando alguém chega a uma emergência hospitalar com dor forte no peito, por exemplo, pode ser pedido o exame de CPK para verificar se a pessoa está sofrendo um infarto do miocárdio.

Ácido Úrico

O ácido úrico é uma substância formada pelo organismo depois da digestão das proteínas. ​​Normalmente o ácido úrico não causa nenhum problema, sendo eliminado pelos rins. Mas caso o corpo produza em excesso, os cristais de ácido úrico podem se acumular nas articulações e nos rins causando doenças como gota, cálculos renais e até insuficiência renal. Ácido úrico alto é normalmente associado a hipertensão arterial e problemas cardiovasculares.

Exames: devemos fazer apenas quando necessário

É possível que seu pedido médico tenha mais ou menos indicadores do que os listados acima. Lembre-se: o exame de sangue deve ser realizado sempre com um pedido médico e o laudo interpretado e analisado pelo mesmo. Só ele poderá detectar e diagnosticar possíveis doenças e fazer as devidas orientações ao paciente.

Outra lição importante: todo exame (até mesmo um simples exame de sangue) deve ser feito com uma finalidade e não apenas naquela lógica de “exame de rotina”. De rotina mesmo na nossa vida devemos manter o seguinte tripé: alimentação adequada, prática de atividades físicas e busca de saúde mental para prevenir distúrbios psicológicos. Investir nisso já aumenta muito as chances de os indicadores acima estarem dentro dos parâmetros. 

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