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O que é Comunicação Não Violenta (CNV) e como ela pode ajudar a promover saúde nas organizações

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Já ouviu o ditado popular sobre ouvir alguém com pedras na mão? Acontece quando vamos exigir explicações a alguém ou respondemos com agressividade e impulsividade. É popular justamente por não estarmos acostumados com a Comunicação Não Violenta (CNV), que, no entanto, é a ideal para o nosso dia a dia.

Escolher o caminho pacífico e esclarecer algum argumento não é do nosso costume. Ao contrário, a CNV é uma maneira de se relacionar sem as “pedras na mão”, ou seja: desarmado e autêntico.

Quantas vezes você já parou para refletir sobre o que ia falar e como? Iniciar uma conversa com o intuito de transformar nossa conexão com a outra pessoa, desligando nosso ataque ou, até mesmo, a defesa é a base da comunicação não violenta.

Desafiador, esse é o modo mais eficaz para que o outro compreenda o que estamos querendo dizer e o que está acontecendo. É muito mais fácil a pessoa aceitar o nosso lado quando utilizamos a CNV.

Vamos entender melhor a CNV e como ela afeta a qualidade de vida no trabalho?

Neste conteúdo, vamos falar sobre:

  1. O que é Comunicação Não Violenta?
  2. Qual a importância da CNV nas organizações?
  3. Como a CNV pode ajudar a promover saúde nas empresas?
  4. Procurando um bom plano de saúde para a sua empresa? Vem pra Sami!

O que é Comunicação Não Violenta?

A CNV acontece por meio da empatia, que nos coloca no lugar do outro e geramos compreensão. Essa linha de pensamento foi idealizada por Marshall Rosenberg, um psicólogo que vivenciou os benefícios desse tipo de comunicação, mais empática e pacífica.

Em meados de 1960, a Comunicação Não Violenta ganhou visibilidade quando conseguiu combater o preconceito devido à cor da pele em escolas americanas. E não parou por aí: anos depois, a CNV chegou em outros países e transformou a educação, a gestão e a segurança.

O Brasil, por sua cultura, ainda não abraçou de vez a CNV, apesar de ser extremamente eficaz. Ambientes com opressão e muita competitividade não são os melhores lugares para desenvolver a CNV, pelo contrário, geram indivíduos estressados e impulsivos.

A comunicação não agressiva é resultado de um ambiente leve e acolhedor, onde todos têm a segurança de se expressarem de maneira positiva. É quando não nos preocupamos apenas no conteúdo da mensagem, mas em como ela é transmitida, com o intuito de criar empatia pelo que vamos sugerir.

Por exemplo, imagine que um coordenador se dirija à mesa do seu subordinado e peça um relatório. Na hora, ele se vira para olhar o celular devido a uma notificação. Seu chefe não gosta e rebate dizendo que ele nunca presta atenção aos pedidos. Logo, o subordinado rebate.

A comunicação agressiva tornou o ambiente desagradável para ambos. E se o coordenador usasse a CNV e dissesse: “sinto que não se importa com o que falo quando olha o celular” e pedisse para prestar atenção? Provavelmente, o subordinado explicaria o motivo de ter desviado a sua atenção e a comunicação continuaria a partir daquele momento e não se romperia.

No entanto, devemos entender que a comunicação não violenta ou não agressiva não é sinônimo de uma comunicação passiva. Muitos acham que não conseguem ou torcem o nariz ao ouvir sobre a CNV por acharem que é “engolir sapo”.

Mas essa maneira de pensar também vai contra a CNV, que preza pela expressão dos sentimentos e em ser honestos com nós mesmos e com os outros.

Qual a importância da CNV nas organizações?

A CNV pode ser usada em todas as conversas, mesmo que sejam discussões ou reuniões. Portanto, ela é útil e necessária em qualquer ambiente. Mesmo em ambientes corporativos, nossa comunicação denuncia o que queremos e o que sentimos, como raiva, felicidade, satisfação, frustração e outros.

Mas quantas vezes discutimos pelo comportamento do outro ao invés do principal motivo? Julgar que uma pessoa agiu de uma forma ruim não resolverá o problema. A CNV foca no que motiva a discussão (saudável ou não): as necessidades.

E se ao invés de julgarmos uma pessoa sobre o que ela fez ou falou, identificássemos o porquê ela agiu de tal forma? O que está por trás daquele comportamento? Qual a necessidade?

Identificar o que a pessoa está precisando é o primeiro passo para a conexão, a base da CNV. Rosenberg, o pensador da ideologia já dizia: “Por trás de todo comportamento, existe uma necessidade”. E é por esse caminho que devemos nos guiar.

Quando nos deparamos com o ambiente de trabalho, um dos maiores desafios é manter diálogos abertos e transparentes, bem como integrar as pessoas dentro de uma equipe. De acordo com uma pesquisa feita pela Harvard Review, 69% dos líderes não se sentem à vontade para se comunicar com seus colaboradores.

Para se ter uma ideia, de acordo com a pesquisa “Most In-demand Hard and Soft Skills”, no Linkedin, as habilidades comportamentais mais buscadas pelo mercado de trabalho estão a colaboração e a inteligência emocional.

Essas duas habilidades são grandes exemplos da comunicação não violenta. E mais: a CNV pode aumentar, inclusive, a produtividade entre os funcionários. É o que explica o estudo feito em 2020 pela Everyone Social, que também aborda que a falta de comunicação honesta e aberta afeta a motivação dos colaboradores.

Podemos concluir, então, que quando há espaço para a comunicação não violenta estamos investindo no aumento da produtividade e no melhor relacionamento entre as equipes.

Como a CNV pode ajudar a promover saúde nas empresas?

Como vimos, Rosenberg desenvolveu a CNV como uma maneira de falar e ouvir com atenção, respeito e empatia. Já a comunicação agressiva está, provavelmente, concentrada em um ambiente estressante, crítico e competitivo.

Independente do objetivo da sua empresa, a comunicação interna é fundamental para todos. Quando não investimos nela, geramos alguns prejuízos, como falta de motivação, pouca produtividade e prejuízos à saúde.

Ambientes estressantes geram trabalhadores doentes. Altos níveis de estresse desencadeiam crises de ansiedade e pioras em doenças crônicas. Em uma pesquisa realizada em animais no Instituto de Biologia da Unicamp, apontou que o estresse pode ser uma das causas de quadros depressivos e dores crônicas.

O estresse constante, por vezes gerado por uma comunicação agressiva, afeta a imunidade de maneira geral. Um estudo de Oxford feito com 235 adultos, onde alguns experimentavam diariamente altos níveis de estresse, desses 70% era mais suscetível a infecções respiratórias como gripes, e quase 61% tiveram mais dias de sintomas se comparados ao grupo que estava em ambientes com baixo estresse.

Pode parecer difícil, principalmente no início, mas investir na comunicação não violenta traz melhores relações entre equipes, aumenta a produtividade e promove a saúde dos seus funcionários.

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