A ergonomia no trabalho é um dos assuntos mais em alta no momento. Em grande parte, o tema tem sido bastante abordado pela adoção em larga escala do home office.
Assim, muita gente tem refletido mais sobre essa questão e avaliado como as medidas relacionadas à ergonomia — ou a falta delas — podem interferir na rotina de uma companhia.
O que muitos não sabem, porém, é que existem tipos diferentes de ergonomia — física, cognitiva e organizacional. Esse conhecimento é imprescindível para aplicar a saúde e a segurança no trabalho.
No texto abaixo você encontrará uma boa base de informações para entender sobre o assunto e seus principais desdobramentos.
Dessa forma, é importante ter atenção e verificar quais medidas podem ser adotadas pela sua empresa e como aplicar esses conceitos.
- O que é ergonomia no trabalho?
- Exemplos de ergonomia no trabalho
- Para que serve a ergonomia no ambiente de trabalho?
- O que a lei diz sobre a ergonomia?
- Como implantar a ergonomia em uma empresa?
O que é ergonomia no trabalho?
Ao procurar a definição de ergonomia, vemos que o conceito trazido pela palavra é bastante simples e de fácil entendimento. A ergonomia, basicamente, é uma ciência que tem como foco estudar a relação entre o homem e as máquinas.
A versão online do Dicionário Michaelis reforça o significado, definindo a ergonomia como a “adequação da tecnologia, da arquitetura e do desenho industrial em benefício do trabalhador e de suas condições ideais de trabalho”.
Assim, fica claro que os cuidados ergonômicos têm o objetivo de possibilitar a otimização das condições de trabalho, indicando as medidas necessárias para que as atividades profissionais possam ser realizadas sem causar efeitos negativos.
Ainda que possa ser aplicada em diversas situações, a ergonomia costuma ser mais comumente voltada ao ambiente profissional.
Afinal, é no trabalho que as pessoas gastam a maior parte de seu tempo e, caso as condições não sejam adequadas, podem gerar sérios problemas.
Exemplos de ergonomia no trabalho
A ergonomia é dividida em três tipos. Cada um deles aprofunda um aspecto específico, aprofundando os principais tópicos que podem afetar os profissionais e, consequentemente, as empresas. Saiba mais sobre eles:
Ergonomia física
A ergonomia física está diretamente ligada com o ambiente de trabalho. Uma das três divisões da ergonomia, ela estuda aspectos anatômicos e fisiológicos, bem como analisa riscos à integridade do trabalhador.
Articulações, movimentos, postura, musculatura e espinha dorsal são observados de perto quando falamos em ergonomia física. Com o intuito de prevenir ou erradicar riscos relacionados a essas áreas, a ergonomia física estuda todos os distúrbios que podem ser causados pela atividade profissional.
Para uma boa ergonomia física é necessário tomar algumas medidas, como: investir em equipamentos corretos, promover uma boa iluminação no ambiente de trabalho, incentivar a prática de atividades saudáveis, oferecer pausas aos colaboradores, ter um bom canal de comunicação e planejar a demanda sem sobrecargas.
Ergonomia organizacional
No caso da análise organizacional, são estudados fatores relacionados aos processos, ao clima e à cultura organizacionais da empresa como um todo.
A ideia parte da premissa que as pessoas devem ser avaliadas como partes de um contexto maior, que, no caso, é a própria empresa.
Com isso, a ergonomia organizacional é voltada para os processos internos e as políticas aplicadas dentro da empresa – o que envolve fatores como a comunicação dentro do ambiente, os processos e a gestão de qualidade devem ser considerados.
Também estão incluídos aqui temas muitas vezes esquecidos, como a quantidade de trabalho e a falta de orientação das equipes.
Esse aspecto da ergonomia enfatiza a avaliação sobre a forma como a empresa auxilia seus colaboradores na realização de suas atividades.
Ergonomia cognitiva
Por fim, temos a ergonomia cognitiva, que trata dos processos mentais que um colaborador usa durante suas atividades.
Basicamente, os estudos aqui realizados têm a ver com fatores como o estresse, a ansiedade, a cobrança e a pressão do ambiente profissional.
Também pode se considerar aspectos como o ambiente de trabalho e os riscos psicossociais que ele oferece como, por exemplo, ser hostil ou competitivo demais.
A ergonomia cognitiva avalia como o trabalho pode afetar as emoções e o lado psicológico das equipes, causando problemas como burnout, esgotamento mental, desânimo etc.
É comum que, a partir dessa avaliação, sejam definidas as medidas necessárias para diminuir ou eliminar esses riscos.
As ações mais comuns para isso são a realização de treinamentos para o desenvolvimento dos funcionários, a implementação de processos que aumentem a integração das equipes e a realização de iniciativas que aumentem o bem-estar emocional das pessoas.
Para que serve a ergonomia no ambiente de trabalho?
A preocupação com os colaboradores deve ser entendida como uma prioridade para qualquer empresa, principalmente aquelas que entendem que as pessoas são o fator mais importante para alcançar melhores resultados.
Nos Estados Unidos, um estudo avaliou como as práticas de promoção do bem-estar estão relacionadas ao desempenho financeiro das companhias, constatando que as empresas que investem em medidas dessa natureza são até 235% mais eficientes.
Confira abaixo alguns dos principais benefícios para sua empresa ao investir no bem-estar da sua equipe:
Valorização da equipe
Muito mais do que respeitar a ergonomia somente por ser uma obrigação legal, cuidar dos seus colaboradores é uma forma de demonstrar que sua empresa valoriza a equipe e o que ela representa.
Dessa forma, investir em técnicas que auxiliem na melhora do ambiente como um todo é uma excelente estratégia para qualquer empresa.
Algumas medidas simples como organização de palestras, produção de materiais de educação corporativa e treinamentos já são uma boa forma de começar.
Afinal, colaboradores valorizados são mais motivados e, consequentemente, tendem a render mais. Esse esforço pode ser visto nos resultados, bem como no ambiente de trabalho mais saudável e positivo.
Por conta disso, é preciso focar também em ações que ajudem a melhorar o lado emocional da equipe. Que tal promover sessões de meditação ou relaxamento com a equipe?
Qualidade de vida dos colaboradores
Diversos estudos indicam que a falta de cuidados com a ergonomia pode acarretar grandes problemas. Além das doenças já conhecidas, o cansaço em excesso pode ser uma dessas consequências ruins.
Tanto no escritório quanto fora dele, é preciso que a equipe fique bem. Assim, é importante criar meios para que isso aconteça. Uma forma de fazer isso é oferecer benefícios, como, por exemplo, a flexibilização de horários de trabalho e até um plano de saúde empresarial.
Promover um ambiente saudável no trabalho vai além do que focar só na ergonomia física. Mais do que trocar mesas e cadeiras, tente implementar um conjunto de medidas que ajudem a realmente promover o bem-estar de seus colaboradores.
A mudança será muito mais significativa, com resultados satisfatórios a médio e longo prazos.
Foco na prevenção
A prevenção é a melhor maneira de evitar problemas relacionados ao trabalho e que prejudicam a produtividade.
Além da questão humana, as doenças ocupacionais são responsáveis pela maior parcela dos afastamentos do trabalho, gerando enormes gastos com pagamentos de indenizações, tratamentos médicos e processos de reintegração.
Por conta disso, cuidar bem da ergonomia é, antes de tudo, um investimento.
Diminuição do absenteísmo
Um dos primeiros benefícios visíveis das medidas de prevenção é a queda nos índices de absenteísmo.
Esse indicador demonstra o número de colaboradores que faltaram ou tiveram que se ausentar de seus postos por alguma razão.
O absenteísmo interfere diretamente na produtividade de uma empresa e pode acarretar queda dos resultados. Além disso, costuma gerar sobrecarga de outros colaboradores e acabar gerando mais problemas.
Economia
Todas as razões que citamos até agora podem ser resumidas em uma só: investir em ergonomia é uma forma de economizar ou, indiretamente, de aumentar os lucros.
Afinal, quando falamos em crescimento da produtividade, aumento de faturamento e diminuição de absenteísmo, isso se reflete positivamente nos resultados também.
De um modo ou de outro, todos os benefícios citados acima geram economia à companhia. Ainda que o foco esteja na saúde dos funcionários, a companhia também tem muito a ganhar com o processo.
O que a lei diz sobre a ergonomia?
A legislação brasileira possui pontos com foco exclusivo no modo como a ergonomia é aplicada nas empresas.
Nesse caso, o documento que cuida deste tema é a Norma Regulamentadora nº 17 (NR17).
A NR17 é uma das Normas Regulamentadoras criadas pelo Ministério do Trabalho em 1978. Ela aborda justamente a ergonomia no ambiente de trabalho e estabelece as regras que empresas devem seguir para garantir um ambiente de trabalho adequado.
Dentro da NR17 há subdivisões, que têm como objetivo determinar as diretrizes a serem seguidas em cada situação específica. São elas:
- Adaptação das Condições de Trabalho;
- Levantamento, Transporte e Descarga de Materiais;
- Mobiliário dos Postos de Trabalho;
- Equipamentos dos Postos de Trabalho;
- Condições Ambientais de Trabalho;
- Organização do Trabalho.
Se quiser saber mais sobre o assunto, dá uma olhadinha no post O que é NR17 aqui mesmo, no blog da Sami.
Como implantar a ergonomia em uma empresa?
Se você entendeu a importância da ergonomia no trabalho, provavelmente está pensando em como aplicá-la em seu dia a dia.
O ideal, nesse caso, é reunir colaboradores que possam atuar com esse foco. Pode ser um comitê ou um grupo de trabalho.
O grupo deverá se reunir constantemente e, assim, criar um plano de ação para melhorar algumas situações.
Pode ser necessário também fazer questionários com toda a empresa para identificar as necessidades mais relevantes. É importante, nesses tempos de pandemia, que a ergonomia também seja pautada na hora de montar o home-office dos colaboradores.
Outra ideia é procurar por um especialista na área para auxiliar. Com o crescimento da importância do tema, muitos profissionais se dedicam a oferecer consultorias sobre ergonomia.
Nesse caso, terão uma opinião mais certeira e efetiva, ainda que com um custo mais alto.
Implemente a ergonomia na empresa!
Como você pôde perceber ao longo desse artigo, são diversos os pontos em que a ergonomia pode ser aplicada – desde a forma como se trata os funcionários aos materiais e equipamentos que eles utilizam em suas atividades.
Independente da forma como pretende implementá-la em sua empresa, é importante começar esse plano de ação o quanto antes.
O primeiro passo é sempre o mais importante para estabelecer um esforço contínuo e que gere resultados positivos para sua equipe, promovendo um ambiente de trabalho saudável.
Por falar em bem-estar, a Sami é uma operadora de planos de saúde com foco inicial em pequenas e médias empresas (PMEs), profissionais liberais e MEIs e que alia tecnologia ao cuidado preventivo e à atenção primária para mudar o cenário da saúde brasileira. Clique no botão abaixo e confira os principais benefícios do nosso plano de saúde empresarial.
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