Dentre as inúmeras lições que a pandemia causada pela COVID-19 deixou para a humanidade, iremos enfatizar uma neste artigo: as vacinas salvam vidas. Nunca se falou tanto na importância da vacinação como nos últimos tempos, e mesmo tendo um grande avanço nesta área, ainda hoje existe o movimento de pessoas antivacina.
Além da pandemia, com as baixas temperaturas chegando, os sintomas de gripe também surgem com possíveis doenças infecciosas circulando pelas regiões. Por isso nosso alerta vai para a importância de se vacinar frequentemente.
A vacinação tem um poder de controle e eliminação de doenças, sendo uma importante aliada para a ampliação da expectativa de vida das pessoas. Inclusive, você sabia que o Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população?
Para entender um pouco mais sobre a importância da vacinação e como ela funciona no organismo, confira os tópicos a seguir.
- Afinal, qual a importância da vacinação?
- O que são vacinas?
- Qual a importância das vacinas para adultos?
- Por que se manter em dia com o calendário de vacinação infantil?
- Conheça os riscos da falta de vacinação
Afinal, qual a importância da vacinação?
A importância da vacinação está na quantidade de vidas que elas podem salvar. As vacinas são responsáveis por estimular as defesas do organismo para construir barreiras que destroem vírus e bactérias, ou seja, a vacinação é completamente segura e reduz os riscos de contração de várias doenças.
Muitos diagnósticos que antes eram responsáveis por inúmeras mortes, hoje, não são mais um risco à população por causa da vacinação. Atualmente contamos com vacinas imunizantes que são capazes de prevenir mais de 20 doenças altamente perigosas, que, inclusive, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), evitam cerca de 3 milhões de mortes por doenças como tétano, gripe e sarampo.
“A vacinação foi responsável pela eliminação da varíola e poliomielite (paralisia infantil) no Brasil. A rubéola e o sarampo também foram consideradas eliminadas no país pela Organização Panamericana de Saúde”, afirma Rafaella Reggiani, médica de família da Sami.
“No entanto, a observação de casos de sarampo levou o país a perder certificado emitido pelo órgão em 2019. Especialistas têm alertado para o risco de ocorrer o mesmo em relação à rubéola e já tivemos a confirmação de um caso de poliomielite, além de outras doenças consideradas controladas pela vacinação, como por exemplo o tétano neonatal”, alerta.
O que são vacinas?
O Calendário Nacional de Vacinação do Brasil está presente na vida das pessoas desde o nascimento, o que é fundamental para prevenir muitas doenças, da infância até o fim da vida. Em algum momento você já se perguntou como as vacinas funcionam e como agem no corpo?
Geralmente, a vacina é o próprio vírus que se deseja combater, entretanto, a diferença dela para a doença em si é o agressor. Na vacina, o vírus está presente de forma menos agressiva e, às vezes, até desativado, sendo incapaz de produzir a doença.
Sendo assim, ao ingerir a substância, o organismo é forçado a produzir anticorpos para combatê-la, impedindo que a doença seja desenvolvida.
Qual a importância das vacinas para adultos?
É importante ter em mente que a importância da vacinação se faz presente em todas as fases da vida, inclusive para adultos. Muitas doenças atingem todos os grupos de risco, como, por exemplo, a gripe, que com a queda de temperatura faz com que pessoas de todas as idades contraiam o vírus.
A região que se reside, histórico de vacinação, doenças em tratamento, idade e atividades que se exerce são pontos que influenciam a necessidade de tomar ou não determinada vacina. O ideal é acompanhar o calendário de vacinação e verificar as indicações da campanha.
Além disso, adultos portadores de doenças crônicas, como diabetes, podem correr um risco maior de contágio de certas doenças que podem ser evitadas com a vacinação. Conheça as vacinas mais indicadas para os adultos:
- Tríplice Bacteriana (difteria, tétano e coqueluche): é aplicada durante a infância, mas na adolescência e na vida adulta é necessário tomar o reforço com a vacina dupla, contra difteria e tétano, a cada 10 anos
- Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola): também está no caderno de vacinação infantil, mas para quem não tomou na infância, é indicado tomar na vida adulta.
- Gripe: a vacina contra o vírus influenza é disponibilizada anualmente.
- COVID-19: depois da pandemia causada pela Covid-19, atualmente, para a população adulta, é indicado tomar as doses do calendário contra o coronavírus para completar o esquema vacinal.
- HPV: a imunização contra o HPV está disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos, e para pessoas de 9 até 26 anos, incluindo pessoas imunossuprimidas.
- Febre amarela: faz parte do calendário básico de vacinação da criança e do adulto, sendo obrigatória para pessoas que residam ou que pretendam viajar para áreas endêmicas da doença, como no norte do Brasil e alguns países da África.
Por que se manter em dia com o calendário de vacinação infantil?
A vacinação é importante em todas as idades, mas na infância é o momento em que o sistema imunológico está sendo formado, então é ainda mais preciso. Por isso a caderneta de vacinação que a criança recebe quando nasce deve ser preenchida conforme as orientações médicas, garantindo a vacinação correta e as doses de reforço.
Manter em dia esse a caderneta de uma criança diminui o risco de contrair doenças infecciosas que podem gerar complicações sérias de saúde e até fatais. Sendo assim, os responsáveis pela criança devem ficar atentos às orientações médicas e prazos de campanhas vacinais.
Conheça os riscos da falta de vacinação
Deixamos o nosso alerta sobre a importância da vacinação para evitar inúmeras doenças em todas as fases da vida. No entanto, com o avanço do movimento antivacina, muitas pessoas acreditam que as substâncias das vacinas não são seguras, o que não é verdade. Tomar vacina vai além de uma prevenção individual, é algo que impacta toda a humanidade.
Além de seguro é o que imuniza toda a sociedade. Quanto mais as pessoas se vacinarem, menores são as chances de doenças erradicadas voltarem. Confira abaixo outros maiores riscos da falta de vacinação:
- Reduz a expectativa de vida;
- Aumento do número de mortes;
- Aumento do número de pessoas com doenças infecciosas;
- Ressurgimento de doenças que já eram consideradas erradicadas.
“Dados do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) comprovam que a procura pela vacinação diminuiu perigosamente nos últimos anos. Em mais de 900 cidades do país, o índice de vacinação da população não chega a 50%”, conta Rafaella Reggiani, médica de família da Sami.