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Setembro amarelo: entenda a importância do mês colorido

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*Atualizado em 04 de setembro de 2023

Cuidar da saúde mental não é uma tarefa simples, nós sabemos. Com muita facilidade, pensamentos acelerados, incertos e, na maioria das vezes, caóticos podem invadir a nossa cabeça e causar muita confusão, refletindo até mesmo na saúde física. Os motivos são variados e acometem cada pessoa de um jeito, o que pode passar a sensação de estarmos sozinhos e desamparados – o que não é verdade. 

A campanha do Setembro Amarelo nasce com uma proposta de acolhimento, com o intuito de reforçar a importância de falarmos sobre saúde mental e trazer a conscientização pela vida. Apesar de ser um assunto para conversarmos o ano inteiro, ter um mês dedicado a prevenção do suicídio ajuda a dar destaque a causa de, aproximadamente, uma a cada 100 mortes no mundo – e que ainda está cercada de tabus.

Antes de continuar lendo a matéria para entender a fundo a diferença que o mês colorido pode fazer na vida das pessoas e como pedir ou oferecer ajuda, lembre-se sempre: você não está sozinho!

  1. O que é Setembro Amarelo?
  2. Como surgiu o Setembro Amarelo e qual a sua importância?
  3. Setembro Amarelo no ambiente de trabalho
  4. Suicídio
  5. Como prevenir o suicídio

O que é Setembro Amarelo?

Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio, considerada o maior movimento anti estigma do mundo. Cada ano possui um lema, e o de 2023 é “se precisar, peça ajuda!”. O objetivo é intensificar a conscientização e o suporte à população por meio de informações e serviços de qualidade durante o mês inteiro. O dia 10 de setembro, porém, carrega o título oficial de Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. 

Essa tarefa de cuidado com a vida deve se estender para o ano todo, refletindo desde a maneira como oferecemos apoio e orientação aos outros até mesmo auxiliando a reconhecer os sinais de que precisamos de ajuda.

Como surgiu o Setembro Amarelo e qual a sua importância?

No Brasil, a campanha de conscientização Setembro Amarelo surgiu em 2015, criada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Setembro foi escolhido devido ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que já acontecia nesse mês.

Redes sociais, cartazes de rua, monumentos históricos e até marcas comerciais usam o selo de cor amarela que simboliza a campanha para demonstrar apoio ao movimento. Ele é responsável por alertar sobre esse grave problema de saúde pública que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), faz cerca 700 mil vítimas notificadas todos os anos, sendo a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos.

Antes de tirar a própria vida, porém, ocorrem várias tentativas que não se concretizam, além de sinais diários que podem passar despercebidos. E é justamente nessa fase de atenção que a campanha visa dar luz, ensinando as pessoas a reconhecerem os indícios de suicídio tanto para ajudar alguém quanto para pedir ajuda.

Por isso não é exagero dizer que o Setembro Amarelo salva vidas!

Setembro Amarelo no ambiente de trabalho

É fato: normalmente, passamos mais tempo trabalhando do que descansando. Então, ter um olhar atento à saúde mental no ambiente de trabalho também é essencial; o que reforça a importância de incorporar a campanha de conscientização do Setembro Amarelo a esse espaço.

Às vezes, a pessoa que senta do seu lado todos os dias pode estar passando por uma das piores fases da vida e você ainda não reconheceu os sinais – ou já reconheceu, mas não sabe o que fazer. Ter um ambiente de trabalho seguro para dialogar e uma equipe de recursos humanos preparada para agir é vital. 

Contudo, o papel corporativo no cuidado da saúde mental não se limita a esses casos mais extremos. Deve ser algo cultural, oferecendo um ambiente de trabalho saudável, sem jornadas exaustivas, funções sobrecarregadas e outras ações que favorecem o abalo emocional dos funcionários.

Suicídio

O suicídio é uma das 20 principais causas de morte de pessoas de todas as idades do mundo, como indica o Ministério da Saúde. Ainda de acordo com a organização, o intervalo de tempo entre um caso de suicídio e outro é de apenas 40 segundos. Os motivos são diversos e os sinais de alerta também, com intensidades diferentes. 

Contudo, ao menos no Brasil, cerca de 97% dos casos estão relacionados a condições mentais, especialmente a depressão. De modo geral, é possível observar algumas atitudes que indicam que a pessoa não está bem, como:

  • Não ter mais perspectivas de vida, com forte sentimento de desesperança;
  • Apresentar mudanças bruscas de humor;
  • Expressar abertamente vontade de se machucar e/ou de não querer viver mais;
  • Se isolar, afastando-se de amigos e familiares;
  • Abusar do consumo de drogas, lícitas (como álcool e cigarro) ou ilícitas;
  • Agir de forma imprudente, principalmente em situações que colocam sua vida em risco;
  • Sentir-se preso, sufocado, como se não houvesse saída;
  • Ansiedade;
  • Ter dificuldade para dormir ou dormir o tempo todo.

Se você reconhece esses sinais ou conhece alguém que esteja apresentando algum deles, procure ajuda profissional especializada. O suicídio e a tentativa de suicídio são atos de socorro, de despero, e nunca devem ser descredibilizados. No lugar de julgamento, é fundamental oferecer acolhimento.

Como prevenir o suicídio

O primeiro passo para prevenir o suicídio é entender seus sinais de alerta. Assim, ao reconhecê-los, é possível passar para a próxima etapa: a de ajuda. Além do suporte emocional de “você não está sozinho”, é importante orientar a pessoa a procurar auxílio profissional.

Um ótimo meio de pedir ajuda, especialmente naqueles momentos difíceis, quando nada parece estar dando certo, é entrando em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV). Eles oferecem atendimento gratuito 24 horas, todos os dias. A conversa é de sigilo total e pode ser feita por telefone (basta discar 188), e-mail ou chat. São 60 anos de atuação e mais de 40 milhões de atendimentos em prol da prevenção do suicídio.

Ter um time de saúde pronto para te atender a qualquer momento também faz toda a diferença. Dessa maneira, o cuidado será contínuo, tanto o mental quanto o físico, sempre visando oferecer a qualidade de vida que você merece.  

Entre outras ações que auxiliam na prevenção do suicídio estão o cuidado diário com a saúde mental e a disseminação de informações seguras. É importante ter em mente que o suicídio não é uma questão individual.

Ele está ligado a diversas problemáticas sociais – principalmente financeiras – e também deve ser prevenido com políticas públicas. Trabalhando juntos, com atenção e acolhimento, conseguimos salvar vidas.

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