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Pneumonia: o que é, sintomas e modo de transmissão

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A pneumonia é uma condição inflamatória que atinge as funções pulmonares. Qualquer um de nós está frequentemente exposto ao risco, uma vez que a doença pode ser causada por vírus, bactérias e até mesmo substâncias químicas. Mas no inverno os riscos são maiores. 

É preciso ter muita atenção a sintomas característicos da doença, como dor no peito, falta de ar e febre alta, entre outros. Pois, dependendo da evolução do quadro, pode levar o paciente a óbito. Não à toa a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o dia 12 de novembro como o Dia Mundial da Pneumonia, a fim de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção dessa doença potencialmente grave.

Confira os tópicos abaixo e entenda como a pneumonia afeta o organismo e o que fazer para se proteger:

  1. O que é pneumonia?
  2. Quais são os tipos de pneumonia?
  3. Qual é o modo de transmissão da pneumonia?
  4. Quais são os sintomas da pneumonia?
  5. Quando a pneumonia é considerada grave?
  6. Como diagnosticar a pneumonia?
  7. Como tratar a pneumonia?
  8. Quanto tempo leva para curar a pneumonia?
  9. Pneumonia X COVID-19
  10. Como prevenir a pneumonia?

O que é pneumonia?

De acordo com o Ministério da Saúde, a pneumonia é uma infecção que acomete o pulmão e causa um processo inflamatório no órgão. A doença surge após vírus, bactérias, fungos ou agentes alérgenos invadirem o sistema respiratório e penetrarem os alvéolos pulmonares, onde ocorrem as trocas gasosas e formam as ramificações terminais dos brônquios. 

Essas estruturas são delicadas. Por isso, é importante manter o espaço onde elas estão localizadas limpo e livre de qualquer micro-organismo que possa afetar a região. O problema é que alguns fatores prejudicam o sistema imunológico e facilitam a contaminação, como tabagismo, bebidas alcoólicas, uso frequente de ar condicionado, resfriados e gripes mal cuidados, e mudanças bruscas de temperatura. 

Apesar dos vírus serem um dos agentes causadores, a pneumonia não é altamente contagiosa. Entretanto, pessoas com o sistema imunológico comprometido, geralmente por doenças pulmonares prévias, câncer ou desnutrição, devem evitar o contato com pessoas doentes por precaução.

Quais são os tipos de pneumonia?

O tipo de pneumonia é definido a partir da causa, podendo ser viral, bacteriana, química ou por fungos. A pneumonia viral surge após um vírus (como o influenza, coronavírus e o vírus sincicial respiratório) adentrar o sistema respiratório e se instalar no espaço alveolar. 

A pneumonia bacteriana, por sua vez, é a mais comum, causada por bactérias que já estão presentes no nosso organismo, principalmente no nariz, boca, garganta e sistema digestivo, mas que se manifestam com mais força e atingem o pulmão após queda na imunidade. 

Tem ainda a pneumonia nosocomial. Também causada por bactérias, ela é mais frequente em pessoas que estão na UTI ou respirando com o auxílio de aparelhos, pois os micro-organismos chegam até o pulmão através desses aparelhos usados para melhorar a saúde do paciente – mas que acabam deixando-o exposto a esse risco.

Já a pneumonia química é provocada por substâncias agressivas para as vias aéreas, como fumaça, poluição e agrotóxicos. Esses componentes inflamam o pulmão e ainda o deixam mais suscetível a bactérias, podendo evoluir o quadro para uma pneumonia bacteriana. 

Por fim, a pneumonia fúngica é a mais rara, mas também com maior potencial agressivo. Ela costuma ser mais frequente em pessoas com doenças crônicas ou imunodeprimidas, como pacientes oncológicos ou soropositivos (infectados pelo vírus do HIV).

Qual é o modo de transmissão da pneumonia?

Diferente de doenças respiratórias como a gripe e o resfriado, os agentes infecciosos da pneumonia costumam não ser transmitidos facilmente. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, a transmissão ocorre através do contato direto com secreções respiratórias, como saliva ou muco. 

Entretanto, em casos de pneumonia bacteriana, é possível que a pessoa já tenha a bactéria presente no organismo, mesmo sem estar doente.

Quais são os sintomas da pneumonia?

Os principais sintomas causadas por essa inflamação dos pulmões são:

  • Febre alta;
  • Tosse seca;
  • Secreção com muco amarelado ou esverdeado;
  • Dor no peito ou tórax;
  • Dificuldade para respirar e falta de ar;
  • Alteração da pressão arterial;
  • Mal-estar generalizado;
  • Confusão mental (principalmente em idosos);
  • Perda de apetite e recusa alimentar (principalmente em crianças).

Quando a pneumonia é considerada grave?

Dependendo do estado imunológico do indivíduo e da intensidade da infecção, a pneumonia pode apresentar complicações mais graves, com pressão arterial baixa e baixos níveis de oxigênio na corrente sanguínea. “Se o quadro se complicar, progredindo para insuficiência respiratória aguda grave, o paciente pode vir a falecer”, alerta Karina de Paula Bastos Santos, médica de Família e Comunidade na Sami.

Se o agente causador da pneumonia entrar em contato com a corrente sanguínea ou o organismo reagir à infecção de forma exagerada, o quadro pode evoluir para uma sepse (ou choque séptico) –  resposta generalizada do corpo que, de acordo com a Revista Médica de Minas Gerais, é um estado de falência circulatória aguda. 

Também há casos de acúmulo de líquidos em torno dos pulmões, chamado de derrame pleural, e presença de pus na cavidade do órgão. Nessas situações, pode ser preciso realizar drenagem desses fluidos ou cirurgia.

Como diagnosticar a pneumonia?

Caso tenha febre por mais de 48h e apresentar outros sintomas característicos da pneumonia, o ideal é procurar ajuda médica – o profissional irá avaliar os sinais e, se necessário, pedir alguns exames para constatar se há ou não uma inflamação nos pulmões. Geralmente, são feitos raio-x do tórax, oximetria de pulso e teste de escarro.

Como tratar a pneumonia?

Após o diagnóstico, o médico irá determinar o tratamento de acordo com o nível da infecção. Entretanto, a maioria inclui uso de antibióticos e, dependendo da causa, antivirais ou antifúngicos – que podem ser administrados em casa.

Porém, idosos, crianças, pessoas com doenças preexistentes ou que estão com sintomas graves da condição podem precisar de internação hospitalar. Nesse caso, além da medicação, pode ser necessário uso de oxigênio suplementar e líquidos intravenosos.

“A fisioterapia respiratória pode ser indicada para pacientes que precisam de cuidados após um quadro de pneumonia grave, por exemplo”, completa a médica de Família e Comunidade na Sami.

Quanto tempo leva para curar a pneumonia?

Se for um caso simples, o uso de antibióticos já é suficiente, e é possível observar uma melhora dos sintomas em três ou quatro dias, podendo voltar para as atividades normais do dia a dia em uma semana. Mas esse processo depende muito das condições imunológicas do paciente, pois há pessoas que podem levar mais de um mês para se recuperar.

Se for necessário hospitalização, fica ainda mais difícil determinar o tempo de recuperação. Por isso, é importante observar se a dificuldade de respirar ou o cansaço estão persistentes e continuar o acompanhamento médico por um tempo.

Pneumonia X COVID-19

De acordo com a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, a pneumonia é uma complicação frequente nos casos mais severos da COVID-19, podendo ter associação com a síndrome respiratória aguda grave. Isso acontece devido às alterações pulmonares que o vírus causa, deixando o organismo mais suscetível a contrair doenças respiratórias.

Um artigo publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia ainda traz um alerta sobre uma possível relação entre a pneumonia causada pelo coronavírus e o tromboembolismo pulmonar agudo (TEP), caracterizado pela obstrução do fluxo sanguíneo. Os riscos são sérios, principalmente durante a pandemia. Por isso, continue com todos os cuidados essenciais para se prevenir ao máximo da COVID-19. 

Como prevenir a pneumonia?

Pessoas com o sistema imunológico comprometido correm maior risco de desenvolver pneumonia. Então, o primeiro passo é fortalecer as defesas do organismo. Tenha uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e legumes (e sem produtos processados e/ou industrializados), faça atividades físicas regularmente e cuide da saúde mental.

Além disso, é importante eliminar hábitos que prejudicam a imunidade e deixam o corpo mais propenso a inflamações, como tabagismo e alcoolismo. E melhor do que tratar gripes e resfriados completamente, é evitar contraí-los. Para isso, tome a vacina da gripe, evite lugares fechados e aglomerados, e higienize as mãos com frequência. 

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