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Sami anuncia rodada de R$111 milhões após crescer 47% ao mês em 2021. Investimento posiciona healthtech para importante Series B em 2022

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Eficiência na execução e acerto no market fit fazem da Sami benchmark mundial em crescimento e sinistralidade e tornam a startup objeto de desejo dos investidores. Reajuste para o cliente foi disparado o menor do mercado e custo-benefício para clientes se sobressai.

A startup Sami, de planos de saúde, anuncia aporte de R$111 milhões liderado por DN Capital (UK), Monashees, Redpoint e Valor Capital – o primeiro, investindo pela primeira vez na Sami.

Além destes, também participaram da rodada:  Two Culture Capital e Ricardo Marino (Chairman do Itaú para a América Latina), que já investiam na Sami, e os novos investidores Kevin Efrusy (sócio do fundo americano Accel), Lakewood (boutique de wealth management), Endeavor Scale Up Ventures, The Fund e StartUp Health.

Em 2020, a operadora digital já havia recebido o maior aporte de Series A da história da saúde na América Latina: R$ 86 milhões na cotação da época. Somados, os aportes já passam de R$201 milhões (incluindo R$5 milhões de seed round), gerando grande expectativa para a Series B, prevista para 2022.

“Nós estamos sempre em busca de verdadeiros disruptores do mercado. A Auto1 reprojetou o mercado de carros usados, a Remitly repensou as remessas globais e a GoStudent está redesenhando a educação online. A Saúde no Brasil precisa desse tipo de inovação, e o talentoso time da Sami está entregando. Ao combinar conhecimento médico rigoroso com tecnologia de ponta, a Sami encontrou uma fórmula que reduz os custos e ao mesmo tempo melhora os resultados do sistema de saúde. Ao oferecer uma proposta melhor a preços acessíveis, a Sami estabeleceu os alicerces para um crescimento exponencial”, diz Guy Ward, Principal do DN Capital.

Investimento em tecnologia

Os novos recursos ajudarão a Sami a continuar crescendo em escala exponencial em 2022. O aporte vai sustentar o aumento do número de membros, de colaboradores e, principalmente, a aquisição e geração da tecnologia que irá pavimentar o caminho. “Um ano atrás, tínhamos uma hipótese. Hoje essa hipótese se mostra realidade. Testamos, encontramos o melhor caminho e agora precisamos escalar. Pular de 7.000 para 200, 500 mil membros nos próximos anos. E, aumentando o número de membros, teremos que aumentar o time também, e investir ainda mais em tecnologia. Agora é ainda mais estratégico aplicar tecnologia na gestão da saúde.  Ciência de dados, algoritmos, inteligência artificial, etc. Tecnologia é caro, e é prioridade”.

Benchmark mundial entre planos de saúde

A eficiência na execução e decisões estratégicas acertadas como o nicho escolhido para entrar no mercado tornaram a Sami objeto de desejo de investidores. Sinal disso foi o tamanho do mais novo aporte.  A rodada atual de investimentos termina bem maior que o esperado e já gera expectativa para a Series B em 2022. Para os membros da operadora, a eficiência gera valor em custo e em acesso à saúde de qualidade.

A Sami já é um benchmark mundial em crescimento e sinistralidade no primeiro ano de operações. Chegando aos 7.000 membros, a startup brasileira se equipara ao desempenho inicial da Bright Health (EUA) e supera outros expoentes como Clover (EUA), Alan (França) e Devoted (EUA). E com sinistralidade na casa dos 60%, a Sami supera todos – a Bright, em segundo lugar, apresentou 87% de sinistralidade em seu primeiro ano.

Um dos grandes desafios dos planos de saúde no Brasil é justamente o financeiro: é praticamente impossível viabilizar bons planos de saúde a preços justos e com reajuste controlado no país. Em geral, o reajuste do setor é quatro, cinco vezes maior que a inflação, chegando a 20% ao ano (com picos de até 35%), especialmente para pequenas e médias empresas. Mas a Sami encontrou um jeito: seu reajuste de 6,2% em 2021 foi quase 40% menor que a média dos planos comerciais destinados a PMEs no Brasil, de 9,95%.  

“Nossa sinistralidade está na casa de 60%, e entre os clientes mais antigos, na faixa de 40%. Então, aplicamos neste ano apenas a inflação geral (IPCA) como reajuste. E nossa intenção é continuar assim”, diz Guilherme Berardo, CEO da operadora. A empresa hoje não vende por corretores, a venda é feita diretamente com empresas e autônomos interessados.

“Os dois últimos anos mostraram como o setor de saúde no Brasil está carente de soluções capazes de otimizar processos, melhorar o atendimento aos usuários e aproximá-los dos profissionais da área. A Sami tem conquistado ótimos resultados e mostrado eficiência e um crescimento sustentável. Estamos ansiosos para acompanhar de perto os próximos passos da startup”, afirma Michael Nicklas, sócio do Valor Capital Group.

Custo-benefício extremamente positivo

A Sami lançou seu primeiro plano de saúde em novembro de 2020, exclusivo para a capital paulista. Em junho de 2021, expandiu para seis cidades da região metropolitana: Guarulhos, Osasco, Taboão da Serra e o ABC. Seu modelo de negócio é baseado em cinco pilares: Times de Saúde (modelo de Atenção Primária) que acompanham o paciente, rede hospitalar de referência, telemedicina, serviços adicionais de cuidado diário e preventivo com a saúde (academias, estúdios, personal trainers, etc.) e um custo-benefício extremamente positivo para o cliente. Com foco em PMEs e MEIs da Grande São Paulo, a startup tem em seu portfólio clínico-hospitalar referências como BP, Oswaldo Cruz e DASA.

“Mantemos a filosofia de oferecer medicina de qualidade a preços baixos. Temos bons parceiros, modelos de remuneração alinhados e troca de dados como padrão nos contratos”, diz Vitor Asseituno, presidente da Sami.

Os serviços adicionais de cuidado com a saúde formam o que a Sami chama de “Rede de Hábitos Saudáveis”, um complemento não clínico à tradicional rede credenciada dos planos. Na healthtech, os serviços são oferecidos a todos os membros, via Wellhub (antigo Gympass). “Você pode ter crossfit na segunda-feira, meditação na terça, oftalmologista na quarta e um acompanhamento com o Time de Saúde na quinta pra ver como corpo e mente estão aguentando o ritmo intenso”, completa Asseituno.

Investindo em pessoas

A Sami passou de 22 funcionários para quase 400 durante a pandemia (tinha 96 em janeiro de 2021) e espera mais do que dobrar de tamanho em 2022.  E, ilustrando a visão de Asseituno, a Sami foi ao Nubank buscar seu novo CTO. Junto com o aporte, a empresa anuncia a contratação de Alexandre Freire, ex-Diretor Sênior de Engenharia do banco digital. No Nubank, Freire liderou a integração com o Pix, a migração do aplicativo móvel para Flutter e também a migração da tecnologia da operação de cartão de crédito e empréstimos para uma plataforma proprietária de Banking as a Service quando o Banco Central permitiu ao NuBank a ser um banco de fato. “A saúde é extremamente complexa e muito dependente de dados. A infeliz realidade do mercado de seguros é que as operadoras não sabem as doenças que os clientes têm, os médicos aos quais eles vão, a qualidade do atendimento que recebem. Fico muito feliz de entrar na Sami com a missão de mudar essa realidade montando um dos melhores times de tecnologia do mundo que, com dados e inteligência artificial, vai melhorar de fato a vida e a saúde das pessoas”, disse o novo sócio da companhia.

Alguns meses atrás, a empresa já havia anunciado Victor Lambertucci, ex-Nubank e ex-VP de Growth da Wildlife, como novo Diretor de Marketing.

Sobre os Investidores

DN Capital

A DN Capital é um fundo europeu baseado em Londres com escritórios no Vale do Silício e em Berlim. O investimento na Sami é o segundo da DN no Brasil, após investir no RecargaPay, a maior carteira virtual do país. O fundo já participou de 7 IPOs, quatro deles nos últimos 12 meses. Os destaques vão para os IPOs da Auto 1, na Alemanha, e da Remitly, na Nasdaq, que combinaram para quase US$20 bilhões de valor em suas ofertas iniciais. Um sucesso ainda mais recente foi a parceria com a startup GoStudent, plataforma global de educação online investida em junho de 2020 a um valuation de US$20 milhões, e transformada em unicórnio um ano depois após aporte de US$244 milhões em rodada de Series C liderada pelo DST Global. Neste início de dezembro, a startup mexicana Incode foi mais um unicórnio investido pela DN, após aporte liderado por General Atlantic e SoftBank.

O Reino Unido é reconhecido internacionalmente pelo seu sistema público de saúde (NHS), no qual médicos de família ocupam um papel central. “Estando em Londres, a DN Capital conhece o modelo de médico de família que estamos trazendo para o setor privado de saúde no Brasil. Além disso, tem conexões com os principais fundos da Europa e dos EUA”, diz Lucas Prediger, Head de Relações com Investidores da Sami, que durante 7 anos esteve na área de fusões e aquisições do Credit Suisse. “Esse investimento é significativo, mas ainda é só uma preparação para um Series B que esperamos ser bem maior no próximo ano”, conclui Prediger.

Mais sobre a DN Capital

Kevin Efrusy

Kevin Efrusy, que também se torna advisor da Sami, é sócio emérito do fundo americano Accel. Ele participou diretamente do Series A do Facebook, e é investidor anjo significativo de empresas como Wellhub (antigo Gympass), QuintoAndar e Nuvemshop.

Lakewood

A Lakewood, boutique de wealth management, já havia investido no unicórnio MadeiraMadeira, junto com o SoftBank.

Mais sobre a Lakewood

The Fund

O The Fund é um fundo early stage criado pelos fundadores da rede de clínicas One Medical, do Web Summit, do Pipedrive, e por executivos de empresas como Spotify e TikTok.

Mais sobre o The Fund

Two Culture Capital

O Two Culture Capital também já era um investidor da Sami, e acumula outros investimentos feitos no setor como a corretora digital CoverWallet, focada em PMEs e vendida para a AON em 2019, e a seguradora digital para startups Vouch, que anunciou recentemente uma rodada com Silicon Valley Bank, Ribbit e Redpoint Ventures.

Mais sobre a Two Culture Capital

StartUp Health

A StartUp Health está investindo e construindo um exército global de Health Transformers, colaborando para alcançar novos patamares no setor – desde o fim do câncer e a cura de doenças até a prestação de cuidados de qualidade a todas as pessoas no mundo. A StartUp Health é apoiada por investidores de classe mundial, incluindo Steve Case, Mark Cuban, Esther Dyson, Brad Feld, Lee Shapiro, Kaiser Permanente, Novartis e Ping An. Desde 2012, a StartUp Health investiu em mais de 380 empresas de inovação em saúde em 26 países. Selecionou os investimentos em Cityblock Health, Devoted Health (a maior rodada privada para uma empresa de tecnologia de saúde nos EUA no ano passado), Quit Genius e Virta Health.

Novos anjos e smart money

Também acompanharam a rodada da Sami os anjos Nicolas Scafuro (ex-Diretor Global de User Acquisition da Netflix), Andreas Penna (investidor de 99 e Lime), Paulo Marchesan (ex-Head de Operações do Burger King nos EUA); Mauricio Soufen (Vice-Presidente Industrial da Ambev) e Massimo Prelz (ex-Managing Director do fundo Advent na Europa).

A companhia já tem um conjunto extenso de investidores e advisors que inclui Alan Warren (ex-CTO da Oscar Health e Vice-Presidente do Google que liderou a criação do Google Drive) e Paulo Veras (fundador da 99, primeiro unicórnio brasileiro). Recentemente, juntou-se a esse grupo Flávio Bauer, ex-vice-presidente da Chubb LatAm.

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