Você já ouviu falar no Cartão da Gestante? Quando recebemos a notícia de uma gravidez, planejada ou não, surgem dúvidas, medos, alegrias, ansiedades e, claro, diversos cuidados a serem tomados a partir da nova vida que uma mulher está gerando.
Não à toa, existem cuidados redobrados em cima da gestante e seu futuro bebê. Afinal, eles passam a ser o centro das atenções em casa e também na saúde. Para auxiliar nesse cuidado, o Ministério da Saúde desenvolveu a caderneta da gestante (ou o cartão da gestante) que identifica sinais e compila todas as informações da futura mamãe. Esse cartão é obrigatório no SUS e na saúde suplementar, isto é, nos planos de saúde.
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Vamos entender mais sobre ele e por que é importante? Neste conteúdo, vamos falar sobre:
- O que é o Cartão da Gestante?
- Por que ele é importante?
- O que a legislação da ANS e do Ministério da Saúde dizem sobre o tema?
- Quais informações constam no Cartão da Gestante?
- Procurando um bom plano de saúde? Vem pra Sami
O que é o Cartão da Gestante?
Apesar de muitos conhecerem apenas quando recebem a notícia da gravidez e mergulham no mundo da gestação, o cartão da gestante já existe no Brasil desde de 1988. Ele é um documento que traz todas as informações da gestante.
O Ministério da Saúde distribui o cartão de modo gratuito no SUS ao realizar uma consulta. Além disso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também disponibiliza o documento no próprio site. Você pode baixar o seu cartão aqui.
Nele, constam informações gerais da gestante, como nome, endereço, contato, bem como informações à gestante, explicando seus direitos, exames e suplementações necessárias, controle de participações em atividades educativas e semanas do bebê. A gestante também tem acesso ao gráfico de acompanhamento nutricional, curva de altura uterina, consultas à dentistas e muito mais.
Por que ele é importante?
Imagine que você precise de um atendimento de urgência durante a gravidez, mas o médico que acompanha a sua gestação não consegue te atender e você precisa correr para o hospital. Nervosa ou com dor, seria muito difícil responder questões mais técnicas sobre a sua gestação, certo?
O cartão da gestante fornece todas as informações necessárias para qualquer profissional da saúde avaliar o seu caso, com todos os detalhes. Portanto, é importantíssimo que esse cartão seja dado à futura mamãe logo na primeira consulta pré-natal, tanto na rede pública como na privada. E ele precisa ser preenchido mensalmente com todas as informações solicitadas no cartão, tanto da mãe quanto do desenvolvimento do bebê.
Sendo assim, o cartão da gestante é tão importante durante o período da gestação quanto a carteira de identidade. É importante ressaltar que a gestante precisa solicitar ao médico o preenchimento correto e legível do cartão e sempre carregá-lo em qualquer situação, principalmente em viagens. E, claro, o cartão da gestante precisa estar com você na hora do parto, mesmo que o médico tenha feito todo o acompanhamento da gestação, além do partograma, que é preenchido durante o parto.
De acordo com o Ministério da Saúde, o cartão da gestante é direito e precisa ser oferecido à gestante. É uma ação mínima recomendada para uma assistência pré-natal que não demanda equipamentos e materiais sofisticados, além de exames desnecessários, sempre que a gestante precisar passar por uma consulta médica.
No entanto, infelizmente, em uma pesquisa feita em uma maternidade privada em São Paulo com mulheres que estavam internadas no Alojamento Conjunto no segundo dia de puerpério, mostrou que mais da metade das gestantes não possuíam cartão de vacinação no momento da verificação dos registros. O que atrapalha a assistência à mãe do bebê e o controle das informações pelo hospital.
O que a legislação da ANS e do Ministério da Saúde dizem sobre o tema?
De acordo com o Ministério da Saúde, toda mulher tem direito ao atendimento na gravidez, parto e pós-parto e pode contar com a Rede da Cegonha, uma ação de saúde do SUS, que fortalece os direitos das mulheres e gestantes.
Em conjunto com as Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, foi elaborada a caderneta da gestante, que traz as consultas e exames necessários, dúvidas frequentes, dicas e informações e orientações. Além disso, o cartão será preenchido pelo profissional da saúde com todos os dados do pré-natal.
Assim como o Ministério da Saúde, a ANS também regulamentou como obrigatório o fornecimento do cartão da gestante em consultas de pré-natal. De acordo com a agência, o cartão da gestante precisa ser disponibilizado em até 180 dias pelos planos de saúde. Para adquirir é só solicitar para a sua operadora.
Quais informações constam no Cartão da Gestante?
Como citado acima, o cartão traz todas as informações necessárias sobre a gestante e o desenvolvimento do bebê. De acordo com a ANS e o Ministério da Saúde, o cartão precisa conter a identificação da gestante, nome do médico que a acompanha, endereço, todos os dados de exames feitos, medicação que a gestante utiliza, vacinas, ultrassons, data da última menstruação e possível data do parto.
No entanto, por ser uma responsabilidade dos serviços de saúde de cada município, não existe um padrão a ser seguido. Geralmente, os cartões apresentam siglas como:
- DUM: Data da última menstruação;
- IG: idade gestacional;
- IG DUM: idade gestacional segundo a data da última menstruação;
- IG USG: idade gestacional segunda a ultrassonografia;
- AU: altura uterina;
- PA: pressão arterial;
- BCF: batimentos cardiofetais;
- DPP: data provável de parto.
Além disso, em alguns cartões, é possível ter espaço para dúvidas e anotações dos pais, informações sobre os direitos trabalhistas e sociais, adoções, informações sobre o desenvolvimento do bebê e muito mais, como é o de Brasília, que pode ser acessado aqui.
O sistema de saúde de São Paulo disponibiliza este cartão que pode ser acessado aqui, no entanto, ele pode ser encontrado em diferentes modelos, de acordo com cada sistema de saúde.
Já no Rio de Janeiro, o sistema público que auxilia as gestantes é o Cegonha Carioca. Mas fique tranquila, o cartão da gestante é oferecido na consulta pré-natal independentemente do local ou rede (pública ou privada) que fez a consulta.
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