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Tire suas dúvidas sobre o autismo: o que é, causas e como diagnosticar

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Você provavelmente já ouviu falar sobre o autismo, certo? Por mais que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) seja largamente conhecido, ainda existem muitos mitos e dúvidas sobre o tema.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa condição atinge 1 a cada 160 crianças no mundo. No Brasil, a estimativa é que 2 milhões de pessoas estejam dentro do espectro.

Ainda que o transtorno não seja raro, ele continua sendo visto como um tabu e com certo preconceito, atrasando até mesmo o tratamento de quem necessita.

Foi pensando nisso que elaboramos um guia para esclarecer suas dúvidas em relação ao autismo e combater o preconceito com a informação. Vamos lá?

  1. O que é autismo?
  2. Graus de autismo: autismo leve existe?
  3. Quais são as causas do autismo?
  4. Dia do autismo e sua importância

O que é autismo?

Considerado um distúrbio do desenvolvimento neurológico que se inicia na infância, o transtorno mental de desenvolvimento pode causar limitações na fala, interação social, mudanças de comportamento e dificuldades de comunicação.

Pessoas dentro do quadro TEA tendem a manter pouco contato visual, bem como sentir dificuldades de compreender gestos. Em alguns casos, tendem a se interessar excessivamente por algum movimento, forma ou textura.

Desde o lançamento da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), em 2013, o autismo recebeu o nome de Transtorno do Espectro do Autismo justamente por não ter uma condição uniforme.

Sendo assim, o transtorno traz especificidades em cada tipo de pessoa. Com isso, há uma complexidade muito grande em relação aos sinais de autismo. Os mais comuns são:

  •  Dificuldade na comunicação
  • Dificuldades em iniciar conversas ou expressar sentimentos, a compreender gestos e expressões e atrasos na fala
  • Comportamentos diferenciados
  • Falas e movimentos repetidos, como agitar as mãos, repetir frases e alinhar brinquedos, necessidade de rotina controlada rigidamente, interesse excessivo por determinado tema e dificuldades com estímulos sensoriais, como música alta, cheiros, toques, texturas, entre outros

Por meio desses sinais, um profissional da saúde consegue diagnosticar o TEA, assim como entender em qual grau ele está, sempre levando em consideração os sinais apresentados.

Diagnosticado geralmente durante a primeira infância (dos 0 aos 6 anos), o autismo apresenta marcos de desenvolvimento que podem ser sinais de alertas para os responsáveis e os médicos, como:

  • Demora para desenvolver a fala;
  • Insistência por uma rotina;
  • Birras quando algo foge do controle;
  • Pouco ou nenhum contato visual.

Graus de autismo: autismo leve existe?

Popularmente chamado de autismo leve, o TEA pode ser classificado em até três níveis, do 1 ao 3, sendo:

  • Autismo nível 1: possui menor necessidade de apoio durante o dia a dia
  • Autismo nível 2: conhecido como autismo moderado, esse nível requer alguns cuidados na rotina.
  • Autismo nível 3: popularmente chamado de autismo severo, esse nível de autismo necessita de acompanhamento diário para realizar tarefas cotidianas.

Mas por que essa classificação é necessária? A classificação de nível tem como função a compreensão da necessidade de suporte que a pessoa com o transtorno vai precisar ter durante o dia a dia e suas atividades diárias, bem como social.

É importante ressaltar que o nome “autismo leve” não existe dentro da classificação do Manual de Transtornos Mentais, servindo apenas para facilitar o entendimento da população geral.

Ao contrário do que muitos pensam, a classificação do autismo não tem a ver com a intensidade das crises, características e dificuldades. 

Assim como nos outros níveis, o autismo nível 1 deve contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar com psicólogo, terapeuta ocupacional, enfermeiro, fonoaudiólogo e nutricionista.

Quais são as causas do autismo?

Existem alguns mitos em torno do transtorno que são bastante divulgados, mas não têm veracidade. Entre eles que o autismo pode ter uma causa.

No entanto, não existe causa única e determinada para o autismo. Até os anos 80, muitos consideravam que o transtorno era adquirido por fatores ambientais.

Tudo o que temos comprovado hoje é que o autismo é resultado de uma série de alterações cerebrais. A maioria dos médicos acredita que os fatores genéticos apresentam cerca de 90% das causas do autismo, enquanto o restante fica por conta dos fatores ambientais.

Mesmo com muitos médicos divulgando essas condições genéticas, nada é comprovado. É provável que existam muitas mutações genéticas que possam causar o autismo e não uma em específico.

Dia do autismo e sua importância

Marcado pelo dia 2 de abril, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo teve sua data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) a fim de chamar a atenção para o transtorno que atinge mais de 70 milhões de pessoas no mundo.

A data é muito importante devido a necessidade da inclusão social de pessoas com autismo e com a intenção de promover bate-papos, palestras e ações ao redor do mundo.

A necessidade de criar soluções inclusivas e assegurar que os direitos da Constituição fossem garantidos, faz com que a data se torne relevante e fundamental ao redor do mundo. 

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