Para evitar queimaduras ou insolação e curtir o sol e o calor ao ar livre sem preocupações, seja na praia, na piscina ou em algum parque, sabemos que é fundamental usar protetor solar. Mas você sabia que o produto também deve fazer parte da sua rotina de cuidados diários com a pele – inclusive durante o inverno?
Isso porque, mesmo com o dia nublado, o sol continua emitindo os raios UVA e UVB, que podem ser bastante prejudiciais para a saúde cutânea. Até mesmo se você costuma ficar a maior parte do dia em um local fechado é necessário usar o protetor, visto que ele também ajuda a amenizar os danos que a luz artificial – de lâmpadas, celular, televisão, etc. – pode causar à pele.
O mercado de proteção solar é vasto, mas a diversidade de opções pode acabar confundindo o consumidor na hora de comprar. E se você é uma dessas pessoas que não sabe como escolher o produto ideal, não se preocupe: preparamos esse guia para te explicar tudo sobre o protetor solar e qual é a maneira certa de utilizá-lo:
- Qual a importância do protetor solar?
- Protetor solar facial
- Protetor solar para pele oleosa
- O que é FPS?
- Como escolher o protetor solar ideal?
- Qual o jeito certo de usar o protetor solar?
- Proteção solar na infância
- Manchas de sol
- Câncer de pele
Qual a importância do protetor solar?
Como o próprio nome sugere, o protetor solar oferece proteção à pele contra a radiação UVA e UVB, ambas emitidas pelo sol. Mas por que é necessário se proteger contra esses raios? Bom, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a radiação UVA aumenta o risco de câncer de pele e de fotoenvelhecimento – favorecendo o surgimento de manchas na pele, rugas e perda de colágeno -, pois atinge a pele em níveis mais profundos.
Já a radiação UVB é mais superficial, e pode provocar queimaduras e vermelhidão. E engana-se quem pensa que isso só acontece no verão. Mesmo com o clima frio, nublado ou chuvoso, cerca de 80% dos raios solares conseguem ultrapassar as nuvens e atingir a sua pele. Ainda que nesses períodos temos o costume de usar roupas que cobrem a maior parte do corpo, o nosso rosto está constantemente desprotegido.
Resumindo: o protetor solar é essencial para manter a saúde cutânea em dia, sendo um item indispensável na hora de cuidar da pele – especialmente a do rosto -, seja para prevenir doenças, seja para mantê-la com aspecto jovem e uniforme.
Protetor solar facial
Como dito anteriormente, o rosto é uma das partes do nosso corpo que mais fica exposta à radiação solar. Por isso, quando for montar seu kit de skincare, não se esqueça de incluir o protetor solar facial! É importante escolher um produto específico para a pele do rosto, que tende a ser mais sensível, e com FPS 30 ou maior.
Para quem tem o costume de usar maquiagem todos os dias, também há protetores faciais com cor, que podem facilitar a sua rotina e ainda evitam que a pele fique “pesada”, com muitas camadas de produto. São diversas formas disponíveis para se proteger contra a radiação solar, não é mesmo?
Protetor solar para pele oleosa
Esse é um assunto que gera bastante dúvidas. Afinal, o protetor solar pode aumentar um pouco a oleosidade cutânea, o que acaba preocupando pessoas que já possuem a pele oleosa. Felizmente, existem produtos específicos para esse tipo de pele, que possuem indicações do fabricante como ‘não comedogênico’, ‘oil-free’ ou ‘oil control’.
Outra ótima maneira de driblar a sensação de “peso” após aplicar o protetor é usar produtos mais fluidos e com textura leve, em forma de gel ou sérum, por exemplo.
O que é FPS?
Fator de Proteção Solar (FPS). Essa sigla é usada para indicar qual é o grau de proteção contra a radiação UVB – e, consequentemente, queimaduras – que o produto oferece. Por exemplo: se um protetor tiver FPS 30, isso significa que a pessoa que o usar levará 30 vezes mais tempo para ficar vermelha do que se estivesse sem nada.
Mas vale lembrar que o FPS oferece proteção apenas contra os raios UVB. Ainda não há um consenso sobre a classificação que ajuda a proteger da radiação UVA. Por isso, é preciso procurar produtos que informem na embalagem ter máxima proteção contra radiação UVA/UVB.
Como escolher o protetor solar ideal?
Para escolher o protetor solar ideal para você é preciso analisar algumas variáveis, como a tonalidade e o tipo da sua pele. O recomendado é usar produtos com FPS a partir de 30, e ir aumentando o fator à medida que o tom da pele fica mais claro. Para peles oleosas, por exemplo, o ideal é usar protetores livres de óleo.Também deve ser avaliado se o produto é à prova d’água ou não.
Além da composição, outro ponto importante de levar em consideração é a consistência – se é em creme, gel, loção ou spray. Isso porque há situações que exigem um produto mais fluido ou um mais resistente. Pessoas com pele oleosa, por exemplo, precisam usar o em gel. Já aquelas que praticam bastante exercício físico ou suam muito, devem evitar o protetor solar em gel e priorizar as outras opções.
Qual o jeito certo de usar o protetor solar?
Esse é um ponto importante quando o assunto é protetor solar. Afinal, não adianta comprar o produto ideal e não usá-lo na frequência certa! O filtro deve ser utilizado todos os dias, de 3 em 3 horas, independente do clima.
Contudo, em casos de exposição solar excessiva, suor intenso ou contato com a água do mar ou piscina, a recomendação é passar o protetor a cada 2 horas, considerando que a primeira aplicação deve ser feita aproximadamente 30 minutos antes da exposição ao sol.
A quantidade de produto utilizado também é importante. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a recomendação é:
- 1 colher de chá de protetor solar no rosto, no pescoço e na cabeça;
- 1 colher de chá de protetor para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás;
- 1 colher de chá para cada braço;
- 1 colher de chá para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna.
E lembre-se de espalhar bem por toda a pele. Passar o produto de maneira uniforme ajuda a preservar a sua eficácia.
Proteção solar na infância
As crianças estão naturalmente mais expostas aos raios solares, como indica a Sociedade Brasileira de Pediatria. E não tinha como ser diferente, já que elas aproveitam bastante o tempo ao ar livre. Cuidar da proteção solar na infância, no entanto, vai além de evitar insolação ou queimaduras na pele dos pequenos.
Essa medida também é essencial para prevenir que a criança sofra com envelhecimento precoce e potencial surgimento de câncer no futuro. Afinal, a radiação é acumulativa. Isto é: a luz solar recebida desde a infância até a idade adulta só mostrará seus prejuízos a longo prazo.
Manchas de sol
Entre os efeitos negativos da radiação solar estão as manchas na pele. Elas surgem porque, para se proteger dos raios ultravioleta, o corpo começa a produzir mais melanina, podendo acumular pigmento em algumas regiões da pele e causar o seu escurecimento. Os principais tipos de manchas provocadas pelo sol são:
- Melasma;
- Sardas;
- Melanose;
- Fitofotodermatose (mancha do limão).
Câncer de pele
A exposição excessiva ao sol associada a proteção solar inadequada é considerada um grande fator de risco para o surgimento do câncer de pele, principalmente do melanoma. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, normalmente, esse tipo de tumor surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar (em mulheres, nas pernas; nos homens, no tronco; e no pescoço e no rosto em ambos os sexos).
O melanoma é o câncer de pele menos frequente, mas é o que possui o pior prognóstico e o índice de mortalidade mais alto. Ainda assim, com a detecção precoce da doença, as chances de cura são de mais de 90%!
De modo geral, esse tipo de câncer de pele é semelhante a uma pinta ou um sinal na pele, com tons acastanhados ou enegrecidos; mas que muda de cor, de formato ou de tamanho, além de sangrar. Ao observar algum desses sinais, procure um time de saúde imediatamente.