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Infarto: fatores de risco e como prevenir

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Você já deve ter ouvido a seguinte expressão para se referir a uma situação de medo ou estresse: “tomei um baita susto e quase tive um infarto”. Mas, ao contrário do que diz o ditado,  não é preciso estar em uma situação de estresse ou pressão para se ter um infarto do miocárdio. O ataque do coração pode acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar, mesmo quando a pessoa está tranquila ou em repouso.

Dentre os sintomas do infarto, a dor forte no peito é o sinal de alerta mais comum. Mas não é o único. Aliás, de acordo com um estudo da Associação Americana do Coração, 20% dos infartos são silenciosos e descobertos somente depois, na realização de alguns tipos de exames. 

No texto abaixo, você vai entender quais os tipos de infarto, sintomas, tratamento e, sobretudo, quais são os fatores de risco. Assim como em todas as doenças cardiovasculares, boa parte das causas do infarto estão muito relacionadas ao estilo de vida. Isso significa que mudanças de hábitos podem evitar o ataque cardíaco.

Vamos entender melhor sobre o tema? Veja abaixo os tópicos que vamos abordar:

  1. O que é infarto?
  2. Quais são os tipos de infarto?
  3. Quais são os sintomas do infarto?
  4. Os sinais de infarto são diferentes em homens e mulheres?
  5. Quais são as causas do infarto?
  6. Qual o tratamento para infarto?
  7. Qual a diferença entre infarto e AVC?
  8. O infarto pode acontecer em pessoas jovens? 
  9. O que é infarto fulminante?
  10. Infarto: como evitar?

O que é infarto?

O infarto agudo do miocárdio acontece quando as artérias coronárias, que levam sangue e oxigênio para o coração, ficam completamente entupidas. Com isso, o fluxo sanguíneo é bloqueado repentinamente ou fica tão baixo que não é o suficiente para o funcionamento mínimo do coração. 

A principal causa do entupimento das artérias coronárias é o acúmulo de placas de gordura. Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo.

O infarto pode acontecer em partes diferentes do coração, dependendo do vaso que estiver obstruído. Pode ser leve, moderado e grave, de acordo com a região afetada do coração e o tempo de socorro e tratamento.

Quais são os tipos de infarto?

  • Tipo 1: Esse tipo de infarto é o mais comum e ocorre quando uma placa de gordura se rompe e forma um coágulo que impede a passagem de sangue na artéria afetada;
  • Tipo 2: É o infarto ocasionado devido a um desequilíbrio na oxigenação do músculo do coração. Pode acontecer por conta de processos cirúrgicos, quadros de anemia profunda e queda da pressão arterial;
  • Tipo 3: Chamado de infarto fulminante, é aquele que acontece de forma súbita e onde geralmente a pessoa vem a óbito antes mesmo de ser socorrida;
  • Tipo 4: São aqueles que acontecem após uma angioplastia ou por trombose do stent (pequeno tubo colocado dentro da artéria para evitar seu entupimento). Na angioplastia isso ocorre quando, durante o procedimento, fragmentos de gordura obstruem vasos menores. No segundo caso, um coágulo ao redor do stent é formado.
  • Tipo 5: É o infarto que ocorre após uma cirurgia de ponte de safena.

Quais são os sintomas do infarto?

Embora os sinais de infarto possam variar de pessoa para pessoa, é possível destacar os mais comuns:

  • Forte dor no peito, parecida com um aperto, que pode ser prolongado e causar uma sensação de peso;
  • Dor que irradia para o braço esquerdo e até mesmo para o queixo, acompanhada de mal estar;
  • Falta de ar, principalmente em idosos;
  • Palidez e sensação de desmaio;
  • Sudorese e tontura;
  • Lábios, mãos ou pés com uma cor ligeiramente azulada;

Mas, como dito acima, nem todo mundo percebe os sintomas. Pessoas com baixa sensibilidade à dor também podem ter o chamado infarto silencioso, que corresponde a 20% dos casos. 

Os sinais de infarto são diferentes em homens e mulheres?

Sim. Homens geralmente sentem dor forte no peito, como um aperto ou pressão, que pode irradiar para os braços, o estômago e a mandíbula. Quanto às mulheres, uma parte delas não relata a típica dor intensa no peito, mas experimenta dores parecidas com uma queimação, além de enjoos, falta de ar, cansaço e batimentos cardíacos desregulados.

Quais são as causas do infarto?

Os fatores de risco mais conhecidos estão associados diretamente ao sexo e a idade. O pico de incidência em homens costuma ser a partir dos 45 anos. Já em mulheres, é por volta dos 55 anos e tem relação com a menopausa. Nessa fase da vida da mulher, existe uma perda da proteção do estrogênio, hormônio que protege o coração ao estimular a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo.

Além de sexo e idade, há os fatores de risco considerados evitáveis. São evitáveis porque cada um de nós pode se comprometer a cultivar hábitos de vida que excluam ou mantenham esses fatores de risco sob controle. São eles:

  • Tabagismo;
  • Estresse
  • Sedentarismo;
  • Colesterol alto;
  • Pressão alta;
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Drogas e álcool

Qual o tratamento para infarto?

O tratamento para o infarto vai depender de variáveis como extensão e localização da área obstruída, tempo para o socorro, condições prévias de saúde da pessoa. Mas, de forma geral, os procedimentos consideram: 

  • Desobstrução da artéria entupida, o que pode ser feito por meio de medicamento próprio ou de procedimentos como angioplastia;
  • Pacientes com lesões muito graves nas coronárias podem precisar de uma cirurgia chamada ponte de safena, para substituir as artérias doentes;
  • Uma forma comum de tratamento é utilizar um cateter para desobstruir a artéria e implantar no local um stent, uma espécie de tubo de metal que mantém o vaso aberto e permite a passagem do sangue.

A partir daí, o tratamento deve ser contínuo e pode incluir: 

  • Medicamentos para prevenir coágulos no sangue;
  • Remédios para reduzir a carga de trabalho do coração;
  • Medicamentos  para reduzir o colesterol.

Uma pessoa que sofreu infarto precisa ter atenção redobrada aos fatores de risco evitáveis. A mudança de hábitos é fundamental para prevenir recorrências e melhorar a qualidade de vida.

Qual a diferença entre infarto e AVC?

Em ambas as doenças, há interrupção do fluxo sanguíneo e funcionamento normal dos órgãos. A diferença é que o AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem. Já no infarto, o entupimento ou rompimento acontece nas artérias do coração.

O infarto pode acontecer em pessoas jovens? 

Sim, e o percentual tem crescido ano após ano. Um estudo do Colégio Americano de Cardiologia mostra que nos Estados Unidos o número de infartos está estável entre os mais velhos, mas cresce 2% ao ano entre adultos jovens. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que entre 2010 e 2019 houve um aumento de cerca de 59% nas internações de pessoas de até 39 anos por infarto e de 9% nas mortes.  

Ao contrário do que tem acontecido com as faixas etárias mais idosas, nas quais se observa melhor controle dos fatores de risco, em jovens há um aumento nos números de obesidade e de hipertensão. As duas condições são resultantes do sedentarismo, estresse e má alimentação, um tripé de maus hábitos que infelizmente acompanha boa parte dos jovens adultos. 

O que é infarto fulminante?

Infarto fulminante é o tipo de infarto que leva a pessoa a morrer antes que haja tempo do atendimento médico. No infarto fulminante, o coração torna-se incapaz de bombear o sangue adequadamente e causa um colapso circulatório, situação na qual os órgãos e tecidos do corpo não recebem sangue adequadamente. Cerca de 15% dos infartos se manifestam com morte súbita, não dando chance ao paciente.

Infarto: como evitar? 

Como toda doença cardiovascular, a adoção de hábitos saudáveis é a forma mais eficaz de prevenir um infarto. Todos sabemos que mudar a rotina não é uma tarefa simples, ainda mais com o volume de demandas que temos de administrar diariamente. Mas é preciso ter consciência de que o “único remédio” capaz de proteger o coração é uma vida comprometida com o bem-estar físico e mental.

Abaixo uma lista com dicas importantes que podem salvar vidas, de acordo com a Associação Americana do Coração. Confira-as abaixo:

  • Deixe o cigarro de lado. Fumantes apresentam até 50% mais chance de acumular placas de gordura, cálcio e outras substâncias nas artérias. A nicotina também tem um efeito vasoconstritor, impedindo que as artérias se dilatem quando necessário para aumentar o fluxo de sangue;
  • Mantenha uma alimentação saudável, rica em fibras, frutas, legumes e verduras. Consuma menos gordura de carnes, laticínios e alimentos processados;
  • Faça atividades físicas regularmente. Segundo a OMS, 30 minutos de caminhada diariamente são suficientes para reduzir o risco de doença coronariana;
  • Se estiver acima do peso, invista em uma reeducação alimentar para vencer o sobrepeso de forma gradativa e perene;
  • Risque o consumo de álcool e drogas. Se precisar, peça ajuda médica ou de especialistas na busca por abandonar de vez hábitos nocivos e que podem ser fatais;
  • Aprender a gerenciar o estresse: uma boa dica é praticar atividades como a meditação. Cientistas das Universidades de Clemson e da Geórgia, ambas nos Estados Unidos, concluíram que a meditação pode ajudar na diminuição da pressão sanguínea e, consequentemente, no risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
  • Leve a sério a importância de ter um sono de qualidade e momentos de lazer

A adoção de hábitos saudáveis é o primeiro passo em busca de uma vida melhor. Afinal, se podemos evitar doenças, problemas e complicações, e ainda garantir bem-estar e qualidade de vida, por que não começar agora? Fale com o seu time de saúde para receber as orientações que mais se encaixam com a sua realidade e o seu histórico.

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