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Doenças no sangue: conheça as principais

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O sangue está presente em todo nosso organismo, representando cerca de 8% do nosso peso corporal. Quando alguma doença altera sua composição ou prejudica as estruturas da corrente sanguínea, a saúde de todos os sistemas do corpo humano – do cardiovascular ao respiratório – fica em risco.

Conhecidas como doenças no sangue, dependendo da gravidade, essas patologias podem levar a óbito. A seguir, confira os sintomas e tratamentos para as quatro principais doenças no sangue (anemia, hemofilia, leucemia e trombose):

  1. Anemia
  2. Hemofilia
  3. Leucemia
  4. Trombose

Anemia

A anemia é caracterizada pela redução da quantidade de hemoglobina (glóbulos vermelhos) no organismo. Esses glóbulos têm o importante papel de transportar o oxigênio até os órgãos através da corrente sanguínea. 

Esta doença no sangue pode ser classificada entre aguda ou crônica, dependendo da duração e da causa – se é adquirida ou hereditária. A primeira é causada por alimentação carente em ferro e vitamina B12 ou sangramento excessivo, e a segunda se desenvolve devido a defeitos congênitos na produção de glóbulos vermelhos.

Entre os principais sintomas de anemia podemos destacar:

  • Falta de ar;
  • Falta de apetite;
  • Apatia;
  • Fadiga generalizada;
  • Palidez na pele e nas mucosas, como olhos e gengivas;
  • Olhos amarelados;
  • Tontura;
  • Formigamento nas mãos e pés, assim como esfriamento dessas extremidades;
  • Sonolência;
  • Dor muscular;
  • Taquicardia.

Crianças, adolescentes no início do período menstrual, mulheres em idade reprodutiva, grávidas ou puérperas, idosos e pessoas que estão amamentando ou fizeram cirurgia bariátrica têm mais chances de desenvolver anemia.

O tratamento pode envolver suplementação, medicações específicas e até transfusão de sangue. De qualquer forma, é muito importante manter uma dieta saudável e rica em ferro – e claro, fazer acompanhamento contínuo com um time de saúde.

Hemofilia

A hemofilia é uma doença causada por uma mutação – hereditária ou adquirida – do cromossoma X, que prejudica o processo de coagulação do sangue. Por isso, sua principal característica são sangramentos prolongados que, muitas vezes, surgem de forma repentina

Quando sofremos uma lesão, o corpo ativa algumas “barreiras” que provocam a coagulação do sangue para evitar uma hemorragia. Em pessoas com hemofilia, porém, algumas dessas barreiras estão em falta ou com tamanho reduzido (por causa das alterações no cromossoma X). E aí, o sangramento demora mais do que o normal para coagular ou, em casos mais avançados, resulta em uma hemorragia grave. 

Se a origem da hemofilia for hereditária, ela pode se manifestar desde a infância. Agora, se for hemofilia adquirida, é mais comum em idosos e mulheres jovens, principalmente durante a gravidez ou no pós-parto. Os principais sintomas dessa doença no sangue são:

  • Sangramentos espontâneos na gengiva ou nariz;
  • Sangramento intenso durante o nascimento dos primeiros dentinhos;
  • Sangramentos espontâneos nas articulações, especialmente no joelho, no tornozelo, no cotovelo, no ombro e no quadril;
  • Dificuldade para cicatrização de ferimentos;
  • Manchas roxas na pele (sangramentos internos);
  • Menstruação excessiva e prolongada;
  • Inchaço e dor nas articulações;
  • Hemorragias após cirurgias, extração de dentes ou traumas – até mesmo os mais leves.

O tratamento para hemofilia consiste em repor os fatores que estão faltando na composição do sangue. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece hemocentros que distribuem gratuitamente a medicação necessária para realizar essa reposição.

Leucemia

A leucemia é um tipo de câncer que atinge as células-tronco da medula óssea, responsáveis pela criação dos glóbulos brancos (leucócitos), dos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e das plaquetas.

Existem mais de 12 tipos de leucemia, mas o quatro principais são: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). Alguns tipos são assintomáticos, mas outros se manifestam através de:

  • Febre ou calafrios;
  • Anemia;
  • Palidez;
  • Fadiga;
  • Fraqueza;
  • Infecções frequentes ou graves;
  • Perda de peso repentina;
  • Aumento do fígado ou aumento do baço;
  • Sangramentos sem motivo aparente, principalmente na pele e na gengiva; 
  • Hematomas;
  • Hemorragias nasais recorrentes;
  • Manchas vermelhas minúsculas na pele;
  • Sudorese noturna;
  • Dor nos ossos ou articulações.

O tratamento para leucemia é feito em etapas e pode incluir quimioterapia e transplante de medula óssea. O primeiro passo é conseguir a remissão completa da doença – quando os exames de sangue e da medula óssea não mostram mais nenhuma célula anormal.

Depois, é importante continuar com o tratamento para não ter recaídas. Existem estudos que mostram que as células leucêmicas podem continuar no organismo por um tempo, mesmo depois da quimioterapia. Para se ter uma ideia, nas leucemias linfóides, as células podem durar mais de dois anos, e nas mielóides, menos de um ano.

Trombose

A trombose é considerada uma doença no sangue pois ela provoca formação de coágulos em regiões sem sangramento. Essa coagulação indevida causa uma inflamação na parede do vaso sanguíneo, podendo ser aguda (nesse caso, curada naturalmente pelo organismo) ou crônica, com a necessidade de tratamento.

Inicialmente, a trombose é uma condição local. Porém, se algum fragmento do coágulo se “soltar” e andar pela corrente sanguínea, a doença pode acometer outros órgãos, como os pulmões, o coração e o cérebro, causando obstrução das veias. Quando isso acontece, o quadro é considerado grave e pode levar a óbito.

A trombose costuma ser uma doença silenciosa. Entretanto, quando há presença de sintomas, geralmente inclui:

  • Dor;
  • Inchaço local;
  • Aumento da temperatura das pernas;
  • Vermelhidão ou manchas roxas na pele;
  • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.

Se for uma trombose aguda, não é preciso fazer tratamento. Em quadros crônicos, porém, pode ser recomendado o uso de anticoagulantes, de meias de compressão, dependendo da região atingida, ou até mesmo cirurgia. 

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