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O que são, para que servem e como atuam os hormônios femininos?

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 Da adolescência à menopausa, toda mulher vivencia as mudanças do corpo influenciadas pelos hormônios. Alguns mais ligados à fertilidade, outros ao desejo feminino, já alguns relacionados ao estresse ou gravidez, são diversos hormônios femininos fundamentais para o desenvolvimento e saúde da mulher.

Os hormônios são uma espécie de mensageiros que carregam informações de um órgão para o outro, bem como para os tecidos do organismo. O mau funcionamento dos hormônios pode impactar consideravelmente a saúde de uma mulher, pois são eles que determinam diversas funções corporais.

Substâncias químicas produzidas por glândulas do sistema endócrino, os ovários, e por neurônios, os hormônios entram em atividade na adolescência e sofrem variações até a idade mais avançada. A maioria das mulheres sentem alterações dos hormônios no decorrer dos dias. Pequenas mudanças, que podem passar despercebidas, podem ser provocadas por eles, como: estresse menstrual, dor e inchaço na mama, retenção de líquido, mudanças de humor e etc.

Os hormônios mais conhecidos popularmente são os hormônios sexuais femininos, o estrogênio e a progesterona. Produzidos pelos ovários durante toda a vida reprodutiva, eles ganham mais atenção por serem importantes no desejo feminino, assim como na fertilidade. Mas, além desses, existem outros hormônios fundamentais para o equilíbrio da saúde da mulher.

  1. Entenda a importância da progesterona
  2. Creme de progesterona: para que serve e como funciona?
  3. Qual a função do estrogênio?
  4. Tudo sobre a testosterona: o hormônio do desejo feminino
  5. Cortisol e a melatonina: por que eles precisam da sua atenção?

Entenda a importância da progesterona:

Progesterona é o principal hormônio responsável por regular o ciclo menstrual. É ele quem prepara o útero para receber o óvulo fertilizado para que ele não seja expulso pelo próprio organismo. Essencial para a gravidez, os níveis de progesterona aumentam após a ovulação e se mantêm altos para continuar o desenvolvimento da parede do útero.

Sabe a menstruação e a famosa cólica menstrual? É a progesterona que causa, ou melhor, a falta dela. Caso não haja gravidez, os ovários param de produzir o hormônio, o que leva a destruição desse revestimento que a progesterona causa, sendo eliminado pela menstruação, e, assim, o útero é renovado.

A deficiência da progesterona causa infertilidade, irregularidade do ciclo menstrual e aborto por repetição. No entanto, seu excesso também não traz benefícios: prejudica a pele por meio de acnes, humor depressivo, dores nas articulações, constipação, sonolência e fadiga.

Creme de progesterona: para que serve e como funciona?

Famoso por prometer grandes mudanças no organismo feminino, o creme de progesterona é um tratamento conhecido e disponível sem a necessidade de receita médica (mas a Sami indica que você consulte um ginecologista para usar medicamentos, combinado?).

No mercado, existem algumas maneiras de repor a progesterona quando ela está baixa, com pílulas, cápsulas ou em creme. Conhecido por progesterona tópica ou transdérmica, o creme pode ser também em forma de gel e formulado, sempre, à base do hormônio com rápida absorção na pele.

Cremes convencionais no mercado das indústrias farmacêuticas podem prometer: tratamento para fertilidade, tratamento para a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e aliviar os sintomas da menopausa, bem como manter a gravidez.

No entanto, é importante ressaltar que o creme de progesterona não foi aprovado pelo conhecido órgão governamental dos EUA que faz o controle de cosméticos, produtos e equipamentos médicos, a Federal Drug Administration (FDA).

Além disso, o uso do creme de progesterona não pode substituir outras formas de tratamento, como remédios via oral ou sistema intrauterina, como o DIU. Isso porque o uso na pele tem absorção de apenas 10%, o que é baixa comparado com outros meios de utilizar o medicamento.

De acordo com estudos e pareceres de sociedades de medicina, usar apenas o creme de progesterona pode levar a falta de proteção do tecido uterino, aumentando o risco de tumor no endométrio.  

Qual a função do estrogênio?

Principal hormônio feminino, o estrogênio é responsável por promover o desenvolvimento das características sexuais da mulher, assim como promover o crescimento uterino. O aumento de músculos, mamas, coxas e glândulas é provocado pelo estrogênio por meio da distribuição de gordura.

Durante a adolescência, que é o período onde mais se observa mudanças no corpo feminino, o estrogênio é o principal hormônio. É ele quem define as características sexuais dos órgãos, como crescimento de pelos, mamas e vagina. Além disso, ele é o hormônio que deixa a mulher com a aparência mais bonita: atua no brilho do cabelo, textura da pele e timbre de voz.

Sua deficiência pode causar osteoporose, suores noturnos, falta de memória, infertilidade e insônia. Já seu excesso pode causar dor de cabeça, maior risco de desenvolver trombose, náuseas e vômitos.

Tudo sobre a testosterona: o hormônio do desejo feminino

Mais conhecidos nos homens, justamente por terem níveis elevados do hormônio no corpo, a testosterona também é um hormônio de grande importância para a mulher: fundamental para a saúde sexual da mulher e também presente na circulação sanguínea.

Além disso, a testosterona ajuda a promover o crescimento muscular e óssea. Quando há excesso de testosterona no organismo feminino é mais fácil perceber quando comparado a outros hormônios, isso porque seu excesso pode causar comportamento agressivo, exagero no crescimento de pelos pubianos, perda de cabelo e sinais de virilização, como alteração na tonalidade da voz. Por outro lado, sua deficiência causa diminuição da libido, perda de massa muscular, anemia e aumento de gordura corporal.

Cortisol e a melatonina: por que eles precisam da sua atenção?

O cortisol é o hormônio produzido pelas suprarrenais e responsável por diversas ações anti-inflamatórias, especialmente em relação a alergias e alguns tipos de câncer, bem como respostas imunes.

O excesso de cortisol pode causar perda de cabelo e cicatrização lenta. No entanto, sua deficiência causa fadiga, insônia e ansiedade, problema que acomete a maioria dos brasileiros.

Assim como o cortisol é um hormônio importante para regular o sono, a melatonina, produzida na glândula pineal, está diretamente relacionada com a estabilidade do sono. Popularmente conhecido como “hormônio do sono”, sua deficiência também pode provocar ansiedade e estresse, falência ovariana precoce e distúrbio de ovulação.

Agora, a Sami quer saber: você tem feito exames de rotina com frequência? Tem acompanhado seu ciclo menstrual?

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