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O que fazer no tédio: saiba como isso pode afetar sua vida profissional

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É normal, e até saudável, sentir tédio às vezes. Isso faz parte da nossa vida e regula nossa ansiedade por sempre precisar viver algo novo. No entanto, se o tédio se tornar algo crônico, pode causar desconforto e ser prejudicial.

Pensando nisso, vamos entender melhor o que é o tédio, por que sentimos e como ele pode afetar a nossa vida pessoal e profissional? De quebra, que tal algumas dicas para acabar com o ócio exagerado?

Por que sentimos tédio? É normal?

O tédio pode significar uma sensação de cansaço e estresse. Já em outros casos, sinaliza alguns problemas ainda mais profundos, como o vazio interior.

É importante cada indivíduo avaliar o momento em que o tédio acontece, geralmente isso nos traz respostas importantes sobre nós mesmos.

A questão é que nesse período que passamos em quarentena, durante a pandemia da Covid-19, nos sentimos mais entediados que o normal. Afinal, possivelmente já tínhamos esgotado todas as maneiras de acabar com ele dentro de casa.

De acordo com pesquisas, existem algumas causas que nos levam ao tédio, como: falta de energia, ambiente inadequado, procrastinação e falta de motivação. Tédios muito frequentes, principalmente quando causados pela falta de motivação, precisam de um cuidado maior. Em alguns casos pode indicar outras doenças relacionadas a síndromes mentais, como depressão, ansiedade e burnout.

O tédio também pode vir acompanhado pela culpa, em casos de procrastinação. O famoso “vou deixar para depois” pode causar um tédio misturado ao remorso de que é necessário produzir algo, mas não consegue.

Lidar com tédios comuns é saudável. Afinal, quem nunca sentiu tédio ao esperar em uma fila? Ou no consultório médico? Esse tipo de tédio é saudável e costuma nos dar a pausa que precisamos, quando não acontecem frequentemente. Outro tipo de tédio saudável ocorre quando você termina uma reunião e ainda faltam alguns minutos para começar a outra, por exemplo. Esse meio tempo entre tarefas costuma causar tédio, mas é necessário para nos frear na correria do dia a dia.

O que fazer no tédio?

Quando o tédio passa a incomodar demais ou vir acompanhado de algum outro sentimento, como a culpa, precisa ser observado por um profissional, como o psicólogo. Como visto acima, o tédio pode esconder problemas maiores e que precisam ser investigados.

No entanto, alguns períodos do dia o tédio é normal, o que não deixa de ser chato. Pensando nisso, selecionamos algumas dicas de atividades que você pode fazer enquanto não suporta mais o ócio. Vamos lá?

1. Não pegue nas redes sociais

O mais comum de fazermos quando estamos com tédio é mexer no celular, mas existem outras maneiras saudáveis de investir o tempo. Por isso, não se renda ao impulso de dar uma olhada nas redes sociais e acabar perdendo horas do seu dia preso no mundo virtual.

2. Encare seu tédio

Aceitar que o tédio faz parte do nosso cotidiano é saudável. Como visto, é uma maneira de regular o nosso estresse e correria do dia a dia. Portanto, viva o seu tédio: tente pensar em algo que goste, aproveite o descanso e faça mudanças de planos e hábitos.

3. Leia um livro

Sabe aquele livro que você deixou encostado na estante ou então na biblioteca do Kindle? Resgate e comece uma leitura. Nosso cérebro precisa ser freado com mudanças que conseguimos absorver de forma saudável. Vamos entender melhor: ao passar horas nas redes sociais, consumimos mais informações que nosso cérebro é capaz de digerir. Com isso, acabamos mentalmente cansados, estressados e ansiosos.

4. Cuide de você

Aproveite esse momento de tédio para cuidar de você: faça uma massagem no cabelo, tome um banho demorado e relaxante, cuide da sua pele e unhas. Além disso, você também pode ouvir uma playlist que ama e sentir a música. Que tal dançar?

5. Vá caminhar

Outra opção saudável para a mente e o corpo é praticar caminhadas. Aproveite o tempo ocioso para dar uma volta! Observe o caminho que percorre e esteja mentalmente presente. Você perceberá o quanto isso mudará o seu dia.

O tédio pode ser um aliado da saúde

O tédio, quando em doses saudáveis, pode ser um bom amigo da nossa criatividade, por exemplo. É no período de tédio que o nosso cérebro se desliga das atividades que nos deixam estressados e ansiosos e nos tornam mais propensos a ter pensamentos criativos.

Se pararmos para analisar, é na hora do banho, caminhando ou limpando a casa que temos aquela ideia genial. Justamente porque esse é o momento que nosso cérebro consegue se desconectar.

Por isso, é importante saber distinguir o tédio saudável do crônico. Esse último faz você se sentir inútil e afeta negativamente toda a sua vida. 

Quando o tédio é um vilão?

O tédio muitas vezes esconde um problema maior, como a depressão. Momentos de frustração, ociosidade e culpa podem surgir no momento em que o tédio toma conta.

Caso você sinta tédio frequentemente por não conseguir realizar suas atividades, mesmo que seja procrastinando, vale a pena procurar um profissional da área da saúde mental.

O dia a dia sem grandes novidades nos faz buscar meios de nos entreter de maneiras pouco saudáveis, como: dormir mais, passar muito tempo nas redes socais, comer besteiras em grandes quantidades e por aí vai.

Nosso relógio biológico pode ser desconfigurado se passarmos a tirar diversos cochilos durante o dia. Ao cair a noite, estamos mais dispersos e acabamos dormindo mal. Isso se torna um hábito que prejudica tanto a saúde física como a mental.

Síndrome de Boreout: o tédio no meio profissional

Pouco conhecida, a síndrome de boreout também pode ser chamada de trabalhador entediado e tem praticamente os mesmos malefícios que a síndrome de burnout.

Quando o profissional se torna ocioso de modo não saudável no trabalho, costumamos pensar que ele pode se dedicar mais a alguma outra tarefa ou se prontificar em novas demandas, mas não é isso que acontece.

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Lancashire, na Inglaterra, profissionais que sofrem com essa síndrome do tédio no trabalho têm o desempenho profissional prejudicado.

A síndrome é caracterizada por um distúrbio psicológico que ocorre quando há baixa carga mental e de energia durante o trabalho. Isso pode acontecer mesmo quando o profissional está satisfeito com a sua profissão e emprego, mas é mais comum em indivíduos que aceitam algum tipo de trabalho que não o realiza para suprir uma necessidade econômica – vira uma bomba-relógio.

Além disso, a síndrome de boreout se diferencia da preguiça ou má vontade. No caso da síndrome, o tédio profissional acontece por falta de motivação, conexão com a empresa e desvalorização. O profissional se sente apático para realizar suas tarefas e, cada vez mais, desinteressado, justamente por não sentir parte de uma mudança importante na empresa.  

Esse problema precisa ser tratado por um profissional, como o psicólogo, e ser abordado de maneira clara e simples para o paciente, com vistas ao tratamento.

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