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Doença de Parkinson tem cura? Confira os sintomas e como tratar

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Você sabia que a doença de Parkinson (ou Mal de Parkinson) é a segunda doença degenerativa mais comum do sistema nervoso central, ficando atrás somente do Alzheimer? Considerada uma condição neurológica, crônica e progressiva, a doença de Parkinson é mais comum entre os 55 e 60 anos, e tem a prevalência aumentada a partir dos 70 anos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. Já no Brasil, a estimativa é de que mais de 200 mil pessoas sofram com o Mal de Parkinson. 

Levando em conta que a tendência da população brasileira é envelhecer mais e mais nas próximas décadas, dá para ter uma ideia do impacto social e econômico desta enfermidade em um futuro não muito distante. Se você sabe ou suspeita que algum conhecido tenha Parkinson, confira os tópicos a seguir. A Sami preparou um guia completo sobre a doença! Vem com a gente:

  1. Doença de Parkinson: o que é? 
  2. Parkinson: sintomas
  3. O que leva uma pessoa a ter mal de Parkinson? 
  4. Quais são as 5 fases do Parkinson?
  5. Diagnóstico de Mal de Parkinson
  6. Doença de Parkinson tem cura? 

Doença de Parkinson: o que é? 

A doença de Parkinson (ou Mal de Parkinson) é uma condição neurológica que prejudica o movimento corporal, provocando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e até mesmo alterações na fala e na escrita. Essa doença surge após a degeneração de células localizadas em uma área do cérebro chamada de substância negra. 

Isso porque essas células são as responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que leva as informações do cérebro para as outras partes do corpo e, entre outras funções, controla os movimentos. E aí, quando essa substância está em falta ou com baixas concentrações, surgem os sintomas característicos da doença de Parkinson. 

Parkinson: sintomas

Os principais sintomas da doença de Parkinson são tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar arrastando os pés e postura inclinada para frente – devido a problemas no equilíbrio e na marcha. 

O tremor costuma afetar os dedos ou as mãos, assim como o queixo, a cabeça ou os pés. Dependendo da fase da doença, esses sintomas podem atingir apenas um lado do corpo ou os dois, ou até mesmo ser mais intenso num lado do que no outro. Geralmente, esse tremor acontece quando a pessoa está em repouso. 

E não existe uma regra para esse tremor se manifestar. Ele pode sumir durante o sono, ficar mais intenso quando a pessoa fica nervosa ou desaparecer por completo quando ela está descontraída.

A lentidão de movimentos, por sua vez, pode ser um dos maiores desafios para quem tem a doença. Afinal, não é fácil se adaptar a uma nova rotina de limitações, considerando que o tempo e a dificuldade para fazer tarefas que antes eram banais – como comer, se vestir, tomar banho, escrever e andar – vão aumentando com o avançar da doença. 

Existem ainda outros sintomas que podem estar associados ao início da doença, como: 

  • Rigidez muscular; 
  • Distúrbios da fala;
  • Dificuldade para engolir;
  • Depressão;
  • Dores;
  • Tontura;
  • Distúrbios do sono, respiratórios e urinários.

O que leva uma pessoa a ter mal de Parkinson? 

Como dito anteriormente, a principal causa da doença de Parkinson é a morte das células cerebrais situadas numa região conhecida como substância negra. Mas o que pode provocar a morte dessas células? 

Ainda não se sabe ao certo quem é o responsável por essa degeneração, mas existem três variáveis que possuem forte influência no desenvolvimento da doença: idade, condições genéticas e fatores ambientais. Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina – e esse processo pode ser mais acelerado em algumas pessoas. 

Além disso, estima-se que aproximadamente 10% das pessoas com doença de Parkinson possuem parentes que têm ou já tiveram a doença. E quanto aos fatores ambientais, há evidências científicas que mostram que o contato constante com químicos tóxicos, metais pesados e pesticidas pode provocar a morte dos neurônios responsáveis pela produção da dopamina.

Quais são as 5 fases do Parkinson?

A doença de Parkinson é dividida em cinco fases. São elas:

1. Estágio inicial

Nessa fase, os sintomas são leves e ainda não prejudicam tanto o dia a dia do paciente. Normalmente são tiques e tremores em um lado só do corpo, além de alterações na postura, perda de equilíbrio, problemas na marcha e perda da expressão facial. 

2. Progressão Bilateral

No estágio 2, os sintomas citados acima começam a atingir os dois lados do corpo – por isso é chamado de progressão bilateral. Além disso, a fala começa a perder um pouco da nitidez e atividades comuns do dia a dia, como andar, levantar, sentar e deitar, começam a ficar mais difíceis de serem executadas, considerando o comprometimento da marcha e a rigidez muscular. 

3. Instabilidade Moderada

Na terceira fase da doença de Parkinson começam os sintomas de lentidão e perda de equilíbrio e de reflexos. Ações simples como se alimentar ou se vestir ficam bem mais complicadas de fazer sozinho. 

Como nesse estágio é praticamente impossível andar em linha reta ou ficar em pé sem pender para os lados, é comum que a pessoa sofra quedas com frequência. Dependendo da idade e da intensidade da queda, isso pode causar dores nas costas bem preocupantes.

4. Instabilidade Grave

Na fase quatro, os sintomas ficam mais graves e incapacitantes, dificultando que a pessoa viva de forma independente. Aqui, é essencial que o paciente com Parkinson tenha assistência contínua durante as tarefas rotineiras, seja para tomar banho seja na hora de deitar para dormir. Esse período também costuma ser acompanhado por mudanças drásticas de humor, devido às alterações na qualidade de vida. 

5. Totalmente Dependente

O próprio nome já indica. Nessa fase, os sintomas já estão tão avançados que o paciente com Parkinson não consegue mais andar ou permanecer em pé sozinho, podendo ficar acamado ou depender do auxílio de uma cadeira de rodas. A saúde mental também fica prejudicada, e a pessoa pode até apresentar alucinações por causa dos remédios. Por isso, é fundamental ter um suporte profissional experiente contínuo.  

Diagnóstico de Mal de Parkinson

Apesar de ainda não existir um teste específico que identifique a presença do Mal de Parkinson, para diagnosticar esta doença é importante avaliar a história clínica da pessoa (como os sintomas e o histórico familiar) e realizar um exame neurológico capaz de identificar a degeneração celular causadora da doença. 

Doença de Parkinson tem cura?

Infelizmente, ainda não existe uma cura para a doença de Parkinson. Mas existem algumas medidas que ajudam a amenizar ou até mesmo acabar com os sintomas e ainda reduzir a progressão da doença. 

Normalmente, o tratamento de Mal de Parkinson é feito à base de medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional e, em alguns casos, cirurgia. A fonoaudiologia também é essencial para quem tem problemas com a fala e com a voz causados pela doença.

Alguns hábitos também podem ajudar no tratamento dos sintomas do Parkinson, como praticar atividade física (importante incluir exercícios de musculação), fazer trabalhos manuais (para exercitar os movimentos precisos) e ginástica facial, ler livros, escrever histórias e manter o convívio social. Além de atuar na redução dos sintomas, essas atitudes ajudam a melhorar a qualidade de vida de quem possui a doença.

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