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Refluxo gastroesofágico: sintomas, causas e como tratar

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O refluxo gastroesofágico é mais comum do que parece. Segundo o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), essa condição afeta cerca de 25 milhões de brasileiros. É muita gente com a qualidade de vida afetada por uma doença crônica que causa sintomas como azia, regurgitação ácida, dor no peito e tosse seca.

Essa doença pode afetar tanto os adultos quanto as crianças, é um dos problemas mais frequentes que levam as pessoas a se consultarem com um gastroenterologista. Apesar de ser uma condição comum, o refluxo não é normal – e pode oferecer grande risco à saúde. Afinal, dependendo da frequência, ele pode provocar uma forte inflamação na parede do esôfago, chamada de esofagite.

Quer saber mais sobre as causas e formas de tratamento do refluxo gastroesofágico? Confira os tópicos a seguir:

  1. Refluxo gastroesofágico: o que é?
  2. Refluxo: sintomas
  3. O que causa refluxo?
  4. Como diagnosticar refluxo gastroesofágico?
  5. O que é bom para refluxo?
  6. Como tratar refluxo

Refluxo gastroesofágico: o que é?

O refluxo gastroesofágico é, basicamente, o retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago (seja ele líquido, sólido ou gasoso) para o esôfago. Para entender como isso acontece, vamos te explicar a base do processo digestivo:

  1. Os alimentos são mastigados na boca e passam pela faringe;
  2. Depois, seguem pelo esôfago, um tubo que desce pelo tórax na frente da coluna vertebral;
  3. Por fim, caem no estômago, situado no abdômen, onde são digeridos pelos ácidos estomacais.

Existe uma válvula entre o esôfago e o estômago que se abre para os alimentos passarem e se fecha imediatamente para impedir que o suco gástrico penetre no esôfago. Isso porque a mucosa que reveste o órgão não está preparada para receber uma substância tão irritante. O refluxo gastroesofágico surge justamente quando há algo de errado com essa válvula (chamada de esfíncter esofágico inferior).

Segundo o Ministério da Saúde, crianças pequenas podem sofrer com episódios de refluxo por causa da fragilidade dos tecidos existentes na transição entre o estômago e o esôfago. Mas, na maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente.

Agora, em adultos, esse problema na válvula pode surgir devido a hábitos alimentares e de vida ruins, como tabagismo, alimentos gordurosos, obesidade, uso de alguns medicamentos e outros fatores que você vai saber com mais detalhes nos próximos tópicos.

Refluxo: sintomas

Quando o material que está no estômago volta para o esôfago, provocando o refluxo gastroesofágico, podem surgir sintomas como:

  • Azia;
  • Queimação, que começa na boca do estômago e pode se estender até a garganta;
  • Dor torácica intensa, que pode ser confundida com dor do infarto do miocárdio;
  • Tosse seca, principalmente depois de comer;
  • Sensação de peso no estômago;
  • Sensação de bolo na garganta;
  • Dificuldade para engolir os alimentos;
  • Laringite;
  • Crises de asma ou infecções de vias aéreas superiores de repetição (acredita-se que o refluxo gastroesofágico está presente em 30% a 89% dos pacientes portadores de asma brônquica).

Os sintomas começam minutos ou poucas horas após a refeição, e podem piorar caso a pessoa se abaixe para pegar algo no chão ou deite logo após a refeição. Percebeu algum desses sinais depois de comer? Procure um time de saúde.

O que causa refluxo?

Em crianças, o refluxo gastroesofágico pode se desenvolver devido à fragilidade da musculatura da válvula que separa o esôfago do estômago. Agora, em adultos, a condição é causada pelo enfraquecimento ou relaxamento anormal dessa válvula. Mas o que provoca essa alteração no esfíncter esofágico inferior?

Existem diversos fatores, como hérnia hiatal, obesidade, gravidez, diabetes, excesso de alimentos gordurosos, ácidos ou picantes, fazer refeições volumosas antes de deitar, aumento da pressão intra-abdominal, bebidas cafeinadas, álcool e tabagismo

O estresse também pode aumentar a produção de ácido no estômago e, consequentemente, prejudicar o funcionamento do esfíncter. Além disso, alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides, relaxantes musculares e medicamentos para pressão arterial, podem contribuir para o surgimento da doença.

Como diagnosticar refluxo gastroesofágico?

Além de observar os sintomas, para diagnosticar o refluxo gastroesofágico, o time de saúde pode solicitar a realização de alguns exames, como a endoscopia digestiva alta, a pHmetria e a esofagomanometria. A endoscopia digestiva alta ajuda a analisar as paredes do esôfago, estômago e início do intestino e identificar a possível causa do refluxo.

Já a pHmetria relaciona os sintomas apresentados com alterações da acidez do suco gástrico para determinar o número de vezes que ocorre o refluxo. Por último, a esofagomanometria mede as pressões dos esfíncteres esofágicos superior e inferior, em repouso e durante a ingestão de água, para identificar possíveis alterações nessa musculatura.

O que é bom para refluxo?

No momento de crise, alguns alimentos ajudam a amenizar os sintomas de azia, queimação, tosse e dor, como maçã e pêra sem casca. Além de líquidos como água gelada, chá de funcho ou gengibre e suco de batata crua, couve, maçã, mamão e linhaça.

Mas, de modo geral, existem algumas práticas essenciais para prevenir o refluxo, como:

  • Evitar alimentos gordurosos e bebidas cafeinadas ou alcoólicas, pois eles favorecem o retorno do conteúdo gástrico;
  • Para de fumar;
  • Se for o caso, perder peso;
  • Não usar cintos ou roupas apertadas na região do abdômen;
  • Não deitar logo após as refeições;
  • Fazer mais de uma refeição ao longo do dia, como café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar, para evitar comer muito de uma vez só;
  • Fazer refeições mais leves;
  • Comer sem pressa e mastigar bem os alimentos;
  • Aumentar a salivação com gomas de mascar ou balas duras, pois a saliva pode aliviar a dor.

Como tratar refluxo

O tratamento para refluxo gastroesofágico pode ser clínico ou cirúrgico, com uso de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e melhoram a musculatura do esôfago. De qualquer forma, é fundamental mudar os hábitos alimentares, praticar atividade física, controlar o estresse e se livrar do tabagismo, se for o caso.

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