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Bloomberg: Tech de saúde brasileira Sami obtém US$ 15,5 milhões para atacar “gigantes”

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A Sami, uma startup de tecnologia de seguro saúde no Brasil, está levantando US$ 15,5 milhões para enfrentar os maiores participantes do mercado.

A segunda rodada de investimentos na empresa vem do Monashees Gestão de Investimentos Ltda., do Redpoint eVentures LP e do Valor Capital Group LLC, fundo do qual o ex-embaixador dos EUA no Brasil Clifford Sobel é sócio.

No ano passado, o Redpoint e o brasileiro Canary investiram US$ 1 milhão na empresa com sede em São Paulo, fundada em 2018.

“Nós pretendemos atacar os monstros do mercado, empresas com receita de até R$ 20 bilhões”, disse o sócio fundador Guilherme Berardo em entrevista. Ele prometeu preços de 25% a 30% menores do que seus competidores ou até mais dependendo do “apetite de queima de caixa de nossos investidores”.

Como a Oscar Insurance Corp. nos EUA, a Sami tentará competir com grandes rivais, como o UnitedHealth, cuja unidade Amil no Brasil é um dos maiores planos de saúde do país em número de clientes.

O mercado de seguro saúde privado do Brasil é “muito concentrado”, com oito empresas responsáveis ​​por 80% dos cerca de R$ 250 bilhões de receita anual, estima Vitor Asseituno, médico que é presidente e sócio fundador da Sami.

“A Oscar é o nosso modelo”, disse Asseituno. A empresa de tecnologia de seguro saúde dos EUA é agora um unicórnio que atraiu investimentos de empresas como a Alphabet.

A Sami vai enfrentar as “gigantes” de seguro saúde do Brasil em um momento particularmente desafiador mesmo para os Golias.

O desemprego está aumentando à medida que a pandemia Covid-19 atinge grandes empresas, reduzindo a demanda por seguro saúde para funcionários.

A alta taxa de inflação do setor é outro problema, com os preços subindo cinco vezes mais do que os índices ao consumidor. Muitas empresas param de pagar seus prêmios ou mudam para seguradoras mais baratas à medida que os preços sobem.

As taxas de juros de 2%, em recorde de baixa, são outro desafio. As seguradoras costumavam depender da receita financeira obtida ao aplicar o dinheiro dos prêmios em títulos do Tesouro brasileiro com rendimentos de até 15% ao ano apenas alguns anos atrás.

A pandemia do Covid-19, no entanto, também ajudou a Sami a ultrapassar barreiras regulatórias e culturais.

“De repente, superamos tudo isso por causa do coronavírus”, disse Asseituno. A telemedicina, uma especialidade da Sami, agora não só é permitida no Brasil como se tornou a primeira escolha de muitos clientes.

Até agora, a Sami apenas fornecia análises de dados, tecnologia e telemedicina para outras empresas, incluindo concorrentes. Agora, tendo atendido aos requisitos de capital mínimo, a Sami se tornará a partir de novembro uma seguradora de saúde completa, com foco inicial para atender empresas de pequeno e médio porte.

Alan Warren, ex-diretor de tecnologia da Oscar, é sócio da Sami, assim como Sergio Ricardo, ex-presidente da Amil, e Paulo Veras, fundador da brasileira 99 Taxis Desenvolvimento de Software Ltda.

A estratégia da Sami é evitar o modelo tradicional de pagamento por serviço utilizado no Brasil, que os críticos afirmam criar incentivos para a realização de procedimentos e exames extras. Em vez disso, a seguradora definirá uma faixa de reembolso pré-estabelecida para seus hospitais, laboratórios e médicos, disse Asseituno.

“Podemos economizar muito dinheiro evitando procedimentos desnecessários e visitas ao pronto-socorro”, disse.

A Sami também pretende ajustar seus prêmios de acordo com a inflação, enquanto os preços do setor de seguro saúde hoje chegam a subir de quatro a cinco vezes mais do que os índices de preços. Tecnologia e análise de dados trazem transparência e ajudam a manter os custos sob controle, disse Berardo.

Asseituno estudou medicina na faculdade e, como estagiário, trabalhou na Rock Health Inc. na Califórnia, um fundo de capital de risco focado em startups de tecnologia de saúde. Ele conheceu os principais executivos da indústria em eventos organizados por sua empresa de eventos e feiras, a Live Healthcare, que vendeu em 2018.

Berardo, que estudou administração na Universidade de San Diego e trabalhou nas divisões de gestão de fundos e de gestão de fortunas da Merrill Lynch, foi cofundador de uma rede de hospitais no Brasil chamada Premium Care, que agora tem oito hospitais.

Ele teve menos sucesso com sua segunda startup, Dr. Agora.

Berardo conheceu Asseituno em 2017, quando tentava uma fusão para salvar a Dr. Agora. O negócio não aconteceu e a empresa quebrou. Asseituno ligou para Berardo poucos meses depois e, durante conversas em uma padaria em São Paulo, eles criaram a Sami.

Reprodução da matéria publicada no Yahoo!Finanças, por Cristiane Lucchesi, no dia 20/10/2020.

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