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Inteligência artificial na saúde: saiba como ela atua na medicina do futuro

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Você já deve ter ouvido falar sobre inteligência artificial (IA), certo? Esse assunto está cada vez mais em evidência, incorporando diversas modificações tecnológicas no mercado, até mesmo na área da saúde.

Com a capacidade de processar grandes quantidades de dados e aprender com eles, a IA está se tornando uma ferramenta valiosa para médicos, pesquisadores e profissionais de saúde em todo o mundo. 

Os avanços tecnológicos comprovam que é possível unir a modernidade aos procedimentos médicos, potencializando assim a qualidade dos serviços oferecidos. Mas até que ponto isso é vantajoso? O que as organizações públicas têm a dizer? 

Muitas pessoas ainda torcem o nariz para a inteligência artificial ou não conhecem as suas vantagens. No entanto, os avanços da medicina, a transformação digital e os estudos científicos já indicam um novo rumo para a medicina do futuro, e a inteligência artificial desempenha um papel fundamental nesse cenário.

Para se ter uma ideia, softwares já estão simulando habilidades cognitivas do cérebro humano para auxiliar na interpretação de dados e responder a comandos com agilidade. Vem com a Sami para entender mais:

  1. O que é inteligência artificial
  2. A inteligência artificial na medicina e na saúde
  3. Benefícios da inteligência artificial na saúde

O que é inteligência artificial

Estamos cada vez mais imersos no mundo da tecnologia. Hoje, basta procurarmos algo que teremos a resposta na palma da nossa mão, literalmente. O avanço da tecnologia nos possibilitou acesso a meios de comunicação cada vez mais eficazes, como smartphones, aplicativos de mensagens e chamadas e sistemas de software. 

Não precisamos ir longe para entender que hoje em dia é quase impossível fugir da tecnologia. Programas que respondem a comandos de voz, sites robotizados que dão respostas objetivas sem muito esforço e por aí vai. 

Em muitas casas, basta dizer um nome que luzes acendem, o ar-condicionado liga e o aparelho dita as notícias do dia. A inteligência artificial já está presente em diversos momentos da nossa vida.

Basicamente, a inteligência artificial ou IA é uma tecnologia que possibilita a criação de sistemas computacionais que funcionam com uma certa autonomia simulando o comportamento humano. Geralmente, a IA é treinada por meio da absorção de dados e informações retiradas de nós mesmos, quando pesquisamos por assuntos, postamos nossas opiniões e conversamos com outras pessoas de maneira online. 

A IA busca padrões e associações que permite que ela “preveja” o futuro e consiga tomar decisões mais assertivas. Ela envolve o uso de algoritmos e técnicas avançadas para permitir que computadores processem informações, aprendam com elas, tomem decisões e resolvam problemas de maneira semelhante aos seres humanos.

A IA tem aplicações em uma ampla gama de setores, incluindo saúde, transporte, finanças, indústria, entretenimento e muito mais. Com avanços recentes na capacidade computacional, a IA está desempenhando um papel cada vez mais importante em nossas vidas, impulsionando a automação, otimização de processos e solução de problemas complexos. 

A inteligência artificial na medicina e na saúde

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a IA é uma promessa que visa melhorar a prestação de serviços como um todo, inclusive na saúde, e que pode aumentar a qualidade da prestação de serviços e a precisão do diagnóstico. Porém, vale ressaltar que a IA não substitui um médico, muito menos um especialista. 

Além disso, com a IA, é possível fortalecer pesquisas em saúde, aprimorar medicamentos e auxiliar na triagem de doenças. Ela traz a possibilidade da detecção precoce de surtos de doenças ao associar um conjunto de dados e fatores ambientais. 

Para os pacientes, o ganho também acontece: a IA pode capacitá-los a terem maior controle sobre seus próprios cuidados de saúde e compreender melhor suas necessidades. 

No entanto, nem tudo é perfeito. Em um novo relatório, a OMS adverte contra o exagerado valor que estão atribuindo à IA e seus benefícios, especialmente quando isso ocorre às custas de investimentos para alcançar a cobertura universal de saúde.

Outro problema que tem sido estudado é quanto à privacidade. Ainda sobre o novo relatório, a OMS indica que pode haver riscos de coleta e uso antiético de dados de saúde, bem como preconceitos codificados em algoritmos e riscos da IA para a segurança do paciente.  

Portanto, de acordo com a organização, é fundamental que seu uso seja regulamentado para não subordinar direitos e interesses dos pacientes e comunidades ao comércio e controle social. 

Para garantir que a IA artificial na saúde funcione para o interesse público em todos os países, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estabelece seis princípios que precisam ser seguidos, como:

  • Proteção à autonomia humana: os seres humanos devem permanecer no controle dos sistemas de saúde e das decisões médicas. A privacidade e confidencialidade devem ser protegidas e os usuários precisam dar consentimento por meio de estrutura legal;
  • Promoção do bem-estar e segurança humana: a IA deve atender requisitos regulamentares de segurança, precisão e eficácia para casos de uso ou indicações bem definidas;
  • Transparência e explicabilidade: requer que as informações sejam publicadas ou documentadas antes do projeto, ou implementação de uma IA, sendo facilmente acessíveis e de consulta pública. 
  • Promoção de responsabilidade e prestação de contas: mesmo que a IA execute tarefas específicas, elas precisam ser usadas nas condições apropriadas e por pessoas capacitadas. 
  • Garantia da inclusão e equidade: seu uso e acesso precisa ser amplo e possível, independentemente de idade, sexo, gênero, renda, raça, etnia, orientação sexual, capacidade ou outras características protegidas por códigos de direitos humanos.
  • Responsiva e sustentável: avaliação contínua e transparência das funcionalidades da IA, bem como a capacitação para profissionais que necessitam se adaptar ao uso de sistemas de IA, que devem ser fornecidos por governo e empresas. 

Benefícios da inteligência artificial na saúde

Por mais que o avanço da IA ainda esteja sendo analisado, já existem áreas da medicina que a inteligência artificial contribui positivamente. São elas:

Diagnóstico preciso e personalizado: seus algoritmos são treinados com grandes conjuntos de dados clínicos, como registros de saúde, imagens médicas e históricos de pacientes visando identificar padrões e fazer diagnósticos precisos. 

Assistência cirúrgica avançada: a IA pode auxiliar cirurgiões em procedimentos complexos, fornecendo mais precisão e controle. Com o uso frequente, a IA permite que os robôs aprendam com experiências anteriores e realizem movimentos mais precisos, diminuindo riscos e aprimorando resultados. 

Monitoramento contínuo do paciente: com a IA, é possível analisar dados em tempo real e alertar profissionais de saúde em caso de qualquer anomalia. 

Descoberta de medicamentos: a IA está acelerando o processo de descoberta de novos medicamentos ao analisar bancos de dados e identificando moléculas promissoras para testes futuros. 

É fundamental desmistificar que a IA é somente relacionada a robôs e softwares inteligentes, porque ela vai além: já está presente em diversas máquinas de exames de uso comum e trazem benefícios para a população em geral.

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