Início Alimentação Glúten faz mal? Veja o que a ciência diz

Glúten faz mal? Veja o que a ciência diz

Autor

Data

Categoria

É bem provável que você já tenha visto por aí dietas consideradas “milagrosas”. Restritivas e polêmicas, essas dietas podem não ter comprovação científica e fazerem mal à saúde.

Entre as dietas restritivas mais comuns que vemos serem bastante divulgadas é a “glúten-free”. Você já ouviu falar? Visto muitas vezes como vilão, o glúten garante uma boa textura para diversos alimentos, como por exemplo o pão.

Por mais que o alimento seja muito utilizado nas cozinhas, foi somente nos últimos 20 anos que ele passou a ser visto como o vilão da saúde, na maioria das vezes influenciado por celebridades e conhecidos em redes sociais.

Para se ter uma ideia, de acordo com pesquisas, as vendas dos produtos com o rótulo “sem glúten” crescem 30% ao ano desde 2004. Mas será que o glúten é mesmo o vilão da história? Vem descobrir.

  1. O glúten faz mal?
  2. Doença celíaca (DC)
  3. Alergia ao glúten
  4. Sensibilidade não-celíaca
  5. Cortar glúten emagrece?
  6. Quais são os principais alimentos que têm glúten?
  7. Como saber se tenho intolerância ao glúten?

O glúten faz mal?

Contrariando muitas embalagens de alimentos que pregam que o glúten é um vilão, ainda não há comprovação científica de que o glúten faz mal à saúde.

No entanto, ele não pode ser consumido em três casos específicos: pessoas que possuem doença celíaca, alergia ou sensibilidade não celíaca.

Vamos entender melhor:

Doença celíaca (DC)

Os alimentos que ingerimos passam por nosso estômago e depois para o intestino, onde ocorre a absorção de nutrientes.

É nessa fase que uma pessoa celíaca observa complicações: devido ao seu sistema imunológico, o corpo enxerga o glúten como um invasor a ser combatido, inflamando as microvilosidades da parede do intestino e impossibilitando a absorção de nutrientes importantes para o funcionamento do corpo, como o ferro e as vitaminas.

Durante esse processo, alguns sintomas podem ser comuns: vômitos, diarreia, perda óssea e até desnutrição. Em alguns casos, os sintomas são confundidos com a intolerância à lactose devido às feridas intestinais, quando o corpo passa a não absorver as proteínas do leite devido às feridas provocadas pela doença celíaca.

Alergia ao glúten

Diferente da doença celíaca, a alergia ao glúten não gera uma resposta autoimune do organismo, mas apresenta diversos sintomas ao consumo, como: espirros, dificuldade para respirar, alergias na pele com coceiras e, em casos mais complicados, anafilaxia.

Quem possui alergia ao glúten, além de não poder consumir alimentos com o componente, também precisa passar longe de cosméticos ou produtos que possuem glúten na formulação.

Sensibilidade não-celíaca

Já a sensibilidade não-celíaca não chega a causar uma resposta autoimune como a doença celíaca. Por outro lado, também causa uma aversão ao componente com sintomas relacionados à fadiga e à inflamação do intestino.

Para pessoas que não sofrem de nenhuma das alterações acima, cientistas continuam à procura dos malefícios do glúten, mas ainda sem nenhum dado comprovado.

Segundo a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, não existe nada que comprove, em pessoas que não possuem doença celíaca, não-celíaca ou alergia, algum benefício das dietas restritivas ao glúten.

Pelo contrário, se consumido de maneira correta, o glúten chega ao intestino delgado e ajuda na proliferação e renovação de bactérias do bem que auxiliam na digestão alimentar.

Cortar glúten emagrece?

Você já deve ter ouvido por aí que dietas glúten-free emagrecem, mas será? Estudos ainda não comprovaram nenhuma relação com uma dieta sem o glúten e o emagrecimento.

O que pode acontecer é que o glúten é muito comum em alimentos processados e ricos em carboidratos, que, quando consumidos em excesso, levam ao ganho de peso. Por isso, quando retiram o “glúten”, na verdade os alimentos ricos em carboidratos e industrializados, da dieta, ocorre a perda de peso.

No entanto, para remover os alimentos que contenham glúten na formulação será necessário substituí-los para que não haja prejuízo nutricional. Por exemplo, caso queira tirar o pão da dieta, o ideal é substituir por uma tapioca.

Recomendamos que antes de começar uma dieta restritiva procure um nutricionista para avaliar o seu caso. Combinado?

Quais são os principais alimentos que têm glúten?

Você pode observar que uma dieta sem glúten pode levar ao emagrecimento justamente por cortar alimentos que possibilitam o ganho de peso se forem consumidos de maneira exagerada.

Observe abaixo os principais alimentos que consumimos no dia a dia ricos em glúten:

  • Embutidos;
  • Molhos industrializados para salada;
  • Sorvetes industrializados;
  • Trigos e seus derivados;
  • Cevada e seus derivados;
  • Centeio e seus derivados;
  • Aveia.

Como saber se tenho intolerância ao glúten?

A intolerância ao glúten é mais branda que a DC ou alergia, mas ainda é capaz de causar desconfortos para quem tem.

Podendo surgir em crianças ou adultos, a intolerância ao glúten acontece devido à dificuldade de o organismo digerir o composto. Quando a intolerância é grave, exames são necessários para distinguir a diferença entre uma alergia, doença celíaca ou não-celíaca.

Se você desconfia que tem intolerância ao glúten, o ideal é procurar um médico para buscar orientações mais assertivas.

Alguns sintomas imediatos e comuns da intolerância ao glúten:

  • Excesso de gases e barriga inchada após comer alimentos que contenha glúten, como pão ou macarrão, ou tomar cerveja;
  • Períodos alternados entre diarreias ou prisão de ventre;
  • Cansaço excessivo e até tonturas após refeições;
  • Enxaquecas cotidianas que surgem após uma refeição;
  • Manchas vermelhas na pele que podem ou não coçar;
  • Dor nos músculos e nas articulações.

Caso observe algum dos sintomas acima, é fundamental procurar um gastroenterologista para avaliar o seu caso e o motivo do seu mal-estar. 

Ei, RH! Quer economizar até30% no plano da sua empresa?

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

4 dicas para cuidar da saúde mental feminina no trabalho remoto

Dupla jornada, responsabilidades com a vida familiar e salário desigual são alguns dos motivos que levam a diagnósticos de distúrbios relacionados à...

Obesidade sem tabu ou gordofobia: tudo que precisamos saber

Em 4 de março é celebrado o dia mundial da obesidade, instituído pela OMS para conscientizar a todos sobre os riscos de...

IMC: entenda as faixas e o peso ideal

O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta utilizada na área da saúde para avaliar a relação entre peso e altura de uma pessoa e, assim, classificar seu estado nutricional em categorias.

Etarismo: o que é, impactos na vida do idoso e a importância da pirâmide etária

o etarismo se refere a estereótipos, preconceitos e discriminação direcionada às pessoas com base na idade que elas têm.

Pluralidade cultural: o papel do pluralismo nas empresas

A pluralidade é um tema importante nos dias atuais, onde as fronteiras entre as nações se tornam cada vez mais fluidas e o mundo cada vez mais globalizado.
Ei, RH!Já conhece o planode saúde com foco emretenção de talentos?
×