Qual a idade certa para fazer uma mamografia? Devo ir todo ano? Soube de casos de câncer de mama na minha família, preciso me preocupar? Estas são algumas das preocupações comuns que tendem a surgir quando o assunto é Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, um tumor maligno que acomete mais de 65 mil pessoas por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A necessidade de prevenção e rastreamento é importante, considerando que o tratamento precoce é a chave para uma taxa de cura mais alta. Mas, há muito mais o que se fazer além de ir ao médico e realizar exames – autoconhecimento e bons hábitos também são essenciais para essa tarefa.
Nos tópicos a seguir, entenda a importância do mês colorido e como colocar em prática atitudes que são fundamentais para prevenir o câncer de mama:
- O que significa Outubro Rosa?
- Como surgiu o Outubro Rosa?
- O que é câncer de mama?
- Cuidado com os sinais de alerta
- Como prevenir o câncer de mama?
- Dúvidas frequentes sobre o câncer de mama
- A Sami é o plano de saúde que cuida de você por completa
O que significa Outubro Rosa?
O Outubro Rosa é um movimento conhecido mundialmente por conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O mês colorido visa compartilhar informações de qualidade e contribuir para a redução da mortalidade de um dos cânceres mais incidentes em mulheres de todas as regiões do país – fica atrás somente dos tumores de pele não melanoma, como indica o INCA.
“O mês de conscientização é sim muito importante, porque destaca a importância do cuidado com a saúde. Não podemos esquecer que a prevenção ainda é o melhor caminho para evitar doenças como o câncer”, diz Gustavo Landsberg, médico e líder de Gestão de Saúde Populacional da Sami, operadora de saúde de São Paulo.
Recentemente, o mês também foi atribuído a conscientização sobre o câncer de colo do útero – também abordado no começo do ano, durante o Março Lilás. Contudo, vale ressaltar que o Outubro Rosa não é voltado apenas para o público feminino. Apesar da incidência ser menor, representando apenas 1% de todos os casos, o câncer de mama também pode afetar os homens – com sintomas, fatores de risco e formas de tratamento similares.
Como surgiu o Outubro Rosa?
O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos, na década de 1990. Tudo começou com a primeira Corrida pela Cura, em Nova York, quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure distribuiu aos participantes um laço cor de rosa. Desde então, o mês “usa” esse lacinho como marca registrada.
Com o tempo, a ação foi ganhando popularidade e força pelo país, até ultrapassar as fronteiras entre as nações e se espalhar pelo mundo – chegando ao Brasil em 2002. O INCA iniciou a sua participação no movimento em 2010, e segue até os dias atuais promovendo eventos técnicos, debates e apresentações sobre o Outubro Rosa.
O que é câncer de mama?
O câncer de mama é caracterizado pelo crescimento anormal, acelerado e desordenado de células cancerígenas no tecido mamário. Ainda não se sabe ao certo o que provoca o surgimento dessas células, mas as alterações genéticas estão entre os principais fatores de risco da doença, junto com idade avançada, menstruação precoce, anticoncepcionais, reposição hormonal, menopausa tardia, colesterol alto, obesidade e gravidez tardia.
Os sintomas de câncer de mama são essencialmente locais, podendo se estender para a axila. Do estágio inicial ao avançado, os sinais de alerta costumam incluir:
- Nódulo endurecido, fixo e indolor (na maioria das vezes) na mama;
- Pele da mama enrugada, com vermelhidão e irritação;
- Inchaço em toda ou em parte de uma mama, principalmente na área atingida pelo tumor;
- Dor no mamilo;
- Mamilo invertido (com retração);
- Secreção sanguinolenta ou serosa pelo mamilo, que chega a sujar a roupa;
- Nódulo na axila;
- Feridas na mama (em casos mais avançados).
Cuidado com os sinais de alerta
A atenção aos sinais do corpo é essencial para o rastreamento precoce dessa doença, e garante tratamentos menos agressivos. No entanto, a má interpretação de sinais e a falta de conhecimentos sobre as recomendações médicas podem levar pacientes a preocupações e procedimentos desnecessários – o que reforça a importância da existência do Outubro Rosa.
Sabemos, por exemplo, que, mesmo sendo um sintoma de câncer de mama, a maioria dos nódulos nas mamas são benignos; ou seja, não indicam nenhum tipo de câncer. Somente a avaliação de um time de saúde especializado é capaz de fazer essa diferenciação. Por isso, é sempre necessário procurar orientação médica.
“Nós sempre reforçamos a importância de se manter uma vida saudável e buscar fazer os exames de rotina dentro dos prazos recomendados. Nossa preocupação é não expor pacientes a risco de hipermedicalização nem recomendar práticas sem base científica”, diz Landsberg.
Como prevenir o câncer de mama?
De acordo o INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, como praticar atividade física, evitar fumar de forma ativa ou passiva e manter o peso corporal adequado. A obesidade e o sedentarismo estão entre os principais fatores de risco apontados pela instituição, assim como o tabagismo e o alcoolismo.
O autoconhecimento também pode ser relevante para o rastreamento da doença. Afinal, conhecer o seu corpo irá ajudar a reconhecer mais facilmente os sinais característicos do câncer de mama, como nódulos (caroços) fixos e indolores, alterações e inchaços em toda a região dos seios e das axilas.
Para realizar essa identificação, o autoexame pode ser um bom aliado. Mas, nesse quesito, a mamografia é importante, considerando que é o único exame de imagem capaz de fazer um rastreamento precoce do câncer de mama com eficácia comprovada na redução de mortalidade pela doença.
A mamografia é feita através de um raio-X específico, chamado de mamógrafo. Ela consegue identificar lesões benignas ou câncer, diferenciadas pela classificação internacional de BI-RADS, que varia de inconclusiva a sabidamente com tumor. O grande diferencial da mamografia, no entanto, está na funcionalidade de detectar possíveis alterações malignas antes mesmo delas se tornarem palpáveis no autoexame.
Dúvidas frequentes sobre o câncer de mama
Para ajudar a fomentar a conscientização sobre o câncer de mama, separamos algumas dúvidas frequentes acerca do assunto para serem respondidas pelo médico e líder de Gestão de Saúde Populacional da Sami; confira abaixo:
Qual a idade certa para fazer o exame de mamografia?
A partir dos 50 e até os 69 anos de idade é recomendado o rastreamento (quando não há sinais ou sintomas) a cada 2 anos.
Qual a relação da gravidez e da amamentação com o câncer de mama?
Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer. Nunca ter amamentado pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença, como também a gravidez após os 30 anos de idade ou não ter filhos.
Qual a influência dos anticoncepcionais?
O uso de contraceptivos hormonais (estrogênio/progesterona) – como pílula anticoncepcional, injeção hormonal e DIU – está entre os fatores que influenciam o surgimento do câncer de mama.
Casos na família representam maior risco de desenvolvimento do câncer?
Sim, principalmente quando são parentes de primeiro grau (mãe e filha, por exemplo). Nesses casos, é recomendado realizar os exames preventivos 10 anos antes do caso mais precoce da família. Isso significa que, se sua mãe teve câncer de mama aos 40 anos, é necessário que você faça o rastreamento já aos 30 anos.
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